A2000-12

BOAS FESTAS COM POUCA "CARIDADE" MUITO ÓDIO E ENORME GRATIDÃO …

Entrei num super-mercado e fui assediado por uma campanha de caridade … recordei a notícia de que só 20% dos donativos para a Somália chegou aos pobres. Os restantes 80% foram alimentar mafia e corrupção italiana. Mas um amigo, daqueles que considero acima de qualquer suspeita não só pela formação como pela cultura geral, (ex-seminarista, advogado pela universidade de Oxford, ex-porta-voz da imprensa do Vaticano), afirmou-me que das ofertas para os países pobres só 6% chega realmente aos pobres. Os restantes 94% ficam nos países ricos ou vão para os ricos dos países pobres.

Eu era muito caridoso: conheci um jovem mulato de Cabo Verde que precisava de ajuda, ajudei-o e pedi colaboração a familiares e amigos para o ajudarem. Roubou-me a mi e aos familiares e amigos e fiquei tão revoltado que quase me tornei racista. Um "amigo" dos tempos da universidade apareceu-me dez anos depois com as lágrimas nos olhos dizendo-me: "fui um grande advogado mas fui vítima de um vigarista e nem sequer posso entrar em Portugal … tenho de permanecer no estrangeiro até mostrar que sou inocente e entrar em Portugal de cabeça erguida … a minha mulher está grávida e não tenho meios de lhe dar de comer … és dos poucos amigos em quem confio e a quem posso recorrer …"

Alojei-o e alimentei-o a ele e à mulher durante cerca de meio ano. Em troca do bem que lhe fiz vigarizou-me, ameaçou-me em estilo mafioso, destruiu-me economicamente, profissionalmente e psicologicamente. Com a "justiça" tradicional aumentei a minha ruína económica para conseguir uma condenação fantoche: foi condenado em Itália à prisão e ao pagamento de uma parte das vigarices mas bastou mas bastou fugir para Portugal para não pagar nem ir para a prisão.

Convenci meus irmãos a cedermos uma quinta a uma associação de recuperação de marginais e toxico-dependentes. Primeiro tivemos que afrontar os protestos das aldeias vizinhas porque roubavam, depois roubaram-nos tudo o que tinha valor, incluso um grande armário de nogueira, uma máquina de lavar, um grande frigorífico e uma enorme pedra de moinho antigo. Desapareceram sem entregarem as chaves, mudam continuamente de número de telefone, numa das muitas tentativas para contactar os responsáveis disseram que pagavam tudo mas não foi possível contactá-los de novo. Coisas com alto valor simbólico e bens que custaram muito a ganhar aos meus pais e avós trabalhando 16 horas por dia sem férias nem fins de semana a não ser uma hora para irem à missa aos domingos, bens que foram economizados com muito trabalho e sacrifício serviram para alimentar parasitas. Mais uma vez fui considerado o tonto da família.

Tudo isto alterou a minha personalidade: em vez de generosidade sinto ódio e revolta contra os que vivem no luxo roubando ou parasitando o fruto do trabalho dos outros. E odeio as injustiças e fantochadas do sistema policial e judicial tradicionais que em vez de fazerem justiça e ajudarem as vítimas ainda as castigam com estúpidas e ineficientes burocracias.

Hoje penso que a melhor esmola que eu posso dar è contribuir para que as esmolas não sejam necessárias, haja melhor justiça e a caridade chegue realmente a quem precisa. O meio mais lógico e eficiente seria com uma melhor justiça. Em vez de dar esmolas ofereço o meu trabalho nestes escritos esperando contribuir para uma melhor justiça, para um mundo melhor.

As injustiças de que fui vítima, o que sofri em troca de fazer bem, transtornaram a minha personalidade. Se não fosse a educação e a base moral que recebi talvez já tivesse cometido alguma loucura para me vingar. Aprendi que a vingança è um mal, um pecado. Hoje penso que pior mal e pior pecado è a falta de justiça. Se as injustiças permanecerem premiadas aumentarão cada vez mais. Hoje luto por uma revolução do sistema policial e judicial que produza uma revolução social.

Recebi muito na vida não só de familiares e amigos como de anónimos benfeitores de instituições religiosas como os Missionários de S. João Baptista onde estudei 12 anos. Muito se faz com a caridade de boa gente mas muito mais se poderia fazer se não houvesse alguns a envenenar os frutos dos bem intencionados.

Com enorme gratidão para com todos os que me ajudaram torno públicas as minhas ideias esperando que contribuam para um mundo melhor. Aproveito para referir algumas obras que me merecem toda a confiança e para as quais me parecem bem empregues os donativos:

MISSIONÁRIOS DE S. JOÃO BAPTISTA: nascidos na Alemanha inicialmente como apoio aos pobres sem teto espalharam-se pelas regiões mais pobres do mundo exercendo uma monumental obra de instrução e apoio aos mais desfavorecidos.

ASSOCIAZIONE MAGO SALES: um padre ilusionista, (seguindo o exemplo de D. Bosco, fundador dos salesianos), com seus espectáculos e várias actividades ajuda as crianças pobres de várias partes do mundo. (Pode enviar-se dinheiro para a conta dos correios: C/C n. 37533106 em nome da ASSOCIAZIONE MAGO SALES C/O DOM SILVIO MANTELI – VIA PAISIELLO 37 – 10154 TORINO ITÁLIA). www.sales.it, sales@sales.it .

CASA DO GAIATO: fundada pelo Padre Américo procura dar uma família a cranças que a perderam. Sede: Casa do Gaiato de Coimbra, tel.:239532125.

AS INJUSTIÇAS DA "JUSTIÇA" TRADICIONAL E COMO UM ANALFABETO FARIA MELHOR EM 5 MINUTOS DO QUE SÁBIOS DOUTORES EM 5 ANOS

Passaram mais de 5 anos de um acidente que me destruiu o carro. Fui chamado de Itália onde vivo actualmente para vir testemunhar no julgamento em Portugal porque as companhias de seguros não querem pagar ou não se entendem quanto às responsabilidades. Parece que um carro avariou na auto-estrada e o condutor em vez de aproveitar a embalagem para estacionar na margem à direita estacionou na esquerda. Deve ter batido nele um outro, depois um terceiro bateu não sei em qual, só sei que vi um vulto atravessar à minha frente da direita para a esquerda e não consegui evitá-lo.

O carro ficou sem concerto. A companhia de seguros avaliou-o em 650 contos, embora eu nem com o dobro comprasse um carro idêntico, avaliou os salvados em 150 contos podendo eu dispor deles. Só os consegui vender por 75 contos. Só me daria 500 contos se viessem a ser comprovadas responsabilidades, mas depois recusou-se a pagar. Assim se compreendem os luxos e lucros das companhias de seguros.

À entrada do tribunal encontrei um amigo que conhecera o meu carro e se dispusera a testemunhar sobre o valor do carro. Mas entretanto conseguira um emprego como segurança e tinha medo que o facto de ir testemunhar lhe prejudicasse o trabalho. Escreveu uma carta dizendo que não queria testemunhar. Eu já não tinha o seu contacto e como não recebeu nenhuma informação perdeu meio dia para nada: já se tinha prescindindo do seu testemunho e já não era possível readmiti-lo. Nestes pormenores se vê como a justiça acaba por depender de preconceitos e burocracias.

Passada cerca de uma hora da chamada apareceu a mesma jovem a dizer que o julgamento tinha sido adiado e todas as testemunhas ficavam desde já notificadas para comparecer outro dia passados mais de 5 meses. Uma das testemunhas com ar muito zangado e muito agressivo começou a perguntar à menina quem lhe pagava as despesas e o tempo de vir ali pela 4ª vez para nada e a quem poderia pedir responsabilidades. As outras testemunhas colocaram-se ao seu lado e olhavam para a jovem como quem quer resposta para a mesma pergunta: quem paga os danos das testemunhas se deslocarem aos julgamentos? A jovem aterrorizada pediu para esperarem um momento e foi chamar uma advogada que com seu sorriso e sua simpatia conseguiu acalmar os ânimos: depois de o escutar explicou que o caso estava muito complicado porque passados 5 anos as pessoas já se não lembram bem do que viram e há diferentes versões … não se sabe exactamente quem bateu em quem e talvez se consiga um acordo sem ir a julgamento.

Devo fazer mais uma viagem de Itália a Portugal para dizer ao senhor juiz no palco do tribunal que conduzindo normalmente na auto-estrada apenas me recordo de ter visto um vulto atravessar à minha frente da direita para a esquerda. Já escrevi isso, posso dize-lo ao telefone … mas para o sistema judicial tradicional è preciso dize-lo nesse teatro dos tribunais onde geralmente è mais fácil a um marginal levar uma falsa testemunha a dizer mentiras do que um honesto cidadão levar outro honesto cidadão a dizer verdades. Pedi a um muito honesto mecânico, daqueles que vão à missa todos os domingos e por nada deste mundo testemunharia falso, que viu o carro e conhecia o valor, para testemunhar sobre o valor. Respondeu-me logo que lhe pedisse qualquer favor menos esse. Fez questão de me mostrar uma convocatória para testemunhar num outro caso onde já tinha perdido 3 dias e continuava a ter de voltar porque senão poderia pagar até 200 contos. Sendo mecânico por conta própria com muitas despesas e impostos cada dia que tem de fechar a oficina perde muito. Quem lhe paga os danos?

Imaginemos um drogado marginal que passa a vida a roubar com outros. Para eles não há preconceitos morais de testemunhar falso, por irem a um tribunal não perdem nenhum dia pois podem roubar pelo caminho antes e depois. Por espírito de solidariedade e pelas condições económicas, morais e psicológicas estou plenamente convencido que na situação actual è muito mais fácil a um marginal conseguir testemunhas falsas do que a um honesto cidadão conseguir honestas testemunhas.

A dita "Justiça" tradicional transforma-se assim num palco de injustiças: as leis obrigam-me a pagar seguros do carro mas quando fico sem ele num acidente em que não tive culpa tenho de andar mais de 5 anos a caminho de advogados e tribunais para eventualmente receber uma ajuda para as despesas. Eu penso que até este momento nem com 2.000 contos me pagariam os danos resultantes daquele acidente. Na melhor das hipóteses receberei menos de metade.

Imaginemos agora como numa "NOVA JUSTIÇA", como eu a idealizo, até um analfabeto, em 5 minutos, faria melhor justiça, ou ao menos menores injustiças, do que vários sábios doutores, em 5 anos, condicionados pela estúpida máquina judicial tradicional: um "polícia-juiz-de-bom-senso", (pj), que até poderia ser analfabeto, bastaria conhecer as leis mais usuais referentes aos acidentes ou estar munido de um telefone para perguntar a um advogado especialista disponível pelo Estado para lhes dar apoio. De gravador na mão perguntaria às testemunhas o que tinham visto. Eu dizia o que tinha visto em menos de meio minuto. Com poucos minutos gravava o essencial para a reconstrução do acidente. Vendo a posição dos carros e as marcas de tinta deixadas conferia se tinha lógica a sua reconstrução do acidente, gravava-a e dava a confirmar aos intervenientes ou testemunhas. Com os seus conhecimentos e o seu bom senso de justiça emitiria o seu julgamento imediato. Em caso de dúvida telefonaria ao advogado de apoio.

Estou convencido que até um analfabeto faria melhor justiça em 99% dos casos de pequenas injustiças que ao entrarem na estúpida máquina judiciária se transformam em grandes injustiças. E para os casos em que essa justiça imediata funcionasse mal deviam responsabilizar-se os culpados e não sacrificar inocentes como acontece com as testemunhas que se dispõem a colaborar.

Na prática começaria por seleccionar 50% dos mais honestos e inteligentes policias que passariam a acumular mais ordenado, mais regalias e maiores responsabilidades: julgarem de imediato todas as questões em que até o melhor julgamento tardio acaba por ser mais injusto do que um mau julgamento imediato. Se o julgamento è mau pode depender de falsas declarações, da incompetência do "polícia juiz", (pj), ou da falta de dados e dificuldade do caso. Se os autores das falsas declarações propositadas pagassem as consequências: investigações para se chegar à verdade, danos às testemunhas, custos dos tribunais, juros de mora, etc., acabariam por ser tão penalizados que tenderiam a corrigir-se o mais depressa possível. Os "polícias-juizes-de-bom-senso", (pjs), mais competentes subiriam e os outros que se mostrassem menos competentes poderiam perder privilégios.

Ao contrário da "Justiça" tradicional que em geral funciona como um árbitro que dá a vitória ao mais forte, uma "NOVA JUSTIÇA" poderia ser o melhor meio de transformar a sociedade.

 

JUSTIÇA NA ESCOLA E NOS TRIBUNAIS TRADICIONAIS …

Uma professora contou-me:

- "Já não suporte o ambiente escolar. Sinto-me no limite das minhas forças. Sinto-me à beira de um esgotamento nervoso. Não sei se devo ir ao médico ou pedir a reforma antecipada. Não suporto esta nova geração de jovens que humilham os professores. A mi mandaram-me à merda. A uma jovem professora um aluno recusou-se a fazer o que ela dizia e disse-lhe em plena aula a viva voz na frente dos outros alunos que faria o 69 com ela …"

Isto fez-me pensar nas analogias com o sistema judicial onde muitas vezes as vítimas de injustiças ao recorrerem ao sistema judicial tradicional acabam por ser vítimas de outra injustiça da dita "Justiça". (Cf.: por exemplo: http://members.xoom.it/jiimm/lb1br.htm : A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, O TRABALHO INÚTIL E ANTI-SOCIAL DA POLÍCIA, ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DOS SISTEMAS POLICIAL E JUDICIAL ).

Imaginei como seria se a "NOVA JUSTIÇA" entrasse nas escolas: o professor vítima de uma humilhação deveria ter direito a uma indemnização pelos danos morais e psicológicos. O tempo perdido para obter justiça seria pago como horas extraordinárias. Os pais, como principais responsáveis pela educação dos filhos, deveriam pagar as consequências. Caso se recusassem aumentariam os castigos ao filho: prestação de serviços de limpeza no intervalo das aulas, entrada em reformatórios, (com trabalhos), aos fins de semana e nas férias, etc. Enquanto a pessoa ofendida não fosse indemnizada ou perdoasse o aluno continuava em estado de castigo: obrigado à prestação de serviços e privado de alguns privilégios dos mais honestos e bem comportados.

Contaram-me astuciosas técnicas usadas por vigaristas perfeitamente identificáveis. Perguntei porque não recorriam à "Justiça". Seriam custos enormes para nada: no final os grandes vigaristas encontram sempre meios de não pagar: ou fazem vigarices em nome de uma firma que vai à falência ou têm os bens em nome de familiares ou amigos de confiança. Existem empresas especializadas nas cobranças difíceis que usam técnicas psicológicas: estudam o ambiente frequentado pelo vigarista e aparecem-lhe num momento em que ou paga ou ficará mal visto no meio que frequenta.

Mas afinal a função da dita "Justiça" não è de fazer verdadeira justiça? Não seria mais lógico e mais eficiente se o sistema judicial fizesse justiça em vez de castigar as vítimas com estúpidas e ineficientes burocracias?

Telefonei a um advogado por causa do "VIP DOS VIPS" que ainda não me pagou um serviço. Explicou-me o que já sabia: recorrendo à dita "Justiça" gasto à partida muito mais do que poderei vir a receber. A única solução será a de o persuadir a pagar. Mas eu já gastei muito mais energias, tempo e dinheiro para ser pago do que o serviço que fiz. Tentei persuadi-lo por bons modos a pagar-me e não consegui. Vou telefonar-lhe e passar às ameaças: o caso já está descrito na Internet e se no prazo de dez dias não tiver o dinheiro na minha conta escreverei ao Presidente da República, ao Ministro da Justiça, ao Procurador Geral da República e a muitas das altas personalidades que conheci nas suas festas. Depois entregarei o caso a um advogado e pedirei indemnização por todos os danos causados.

A ESPERTEZA DO VIGARISTA E UMA LUZ NA ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DA JUSTIÇA TRADICIONAL

No programa "Forum", (Itália, canal 4, 30.12.2000), apareceu o seguinte caso: um casal foi ao notário para fazer a separação judicial dos bens: uma casa comum e todos os bens da mulher foram doados ao marido. Um mês depois a mulher pediu 30 milhões de liras a uma amiga, investiu mal, perdeu tudo e não pagou porque não tinha meios. Sendo amiga da família e sabendo que tinham meios em comum pediu ao marido. Mas legalmente, para fazer a vigarice e não pagar, o marido não era responsável pelas dívidas da esposa e ela não tinha nada. O público deu naturalmente razão à senhora que pedia que o marido pagasse.

Enquanto esperava a decisão do juiz recordei o meu primeiro contacto com a "sabedoria" judiciária: numa aula de "ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DA NAÇÃO", o professor, um advogado com muito humor, explicou vários "truques" que geralmente se usam para enganar o sistema judicial. Recordo que na altura pensei para comigo se os responsáveis pela justiça não se sentiriam fantoches de fantochadas a que chamam "Justiça" ?! Ao longo de 30 anos vi, li e senti muitos desses casos em que cumprindo leis se cometem injustiças e fantochadas. Os velhos truques continuam a funcionar e os mais espertos vigaristas vão criando outros. Na maioria desses casos até um analfabeto que não conhecesse nenhuma lei, baseando-se apenas no seu bom senso de justiça, poderia fazer melhor justiça.

Num programa de televisão, com um juiz bem escolhido pelo seu bom senso, a vigarice não funcionou e o bom senso de justiça sobrepôs-se às leis: o juiz disse mais ou menos: "aquela doação e aquele acto de separação dos bens foi feita para preparar uma fraude. Valendo-me do direito de julgar equitativamente declaro a doação inválida e ou o marido paga a dívida ou serão sequestrados os bens doados". Quase se fez justiça. Digo "quase" porque a senhora que emprestou o dinheiro à amiga para lhe fazer um favor teve de esperar 3 anos e não foi indemnizada pelos juros, nem pelas despesas e pelos trabalhos de recorrer ao tribunal.

Imaginemos que este caso entrava na máquina judicial tradicional: a senhora que emprestou o dinheiro gastaria outro tanto com tribunais e advogados para depois não receber nada. Foi por estas e outras injustiças da "justiça" que apareceu a mafia. De facto muitas vezes faz melhor justiça.

Numa "NOVA JUSTIÇA" como eu a idealizo quem deve tem de pagar ou sofrer limitações à sua liberdade até pagar. Uma lei deve sobrepor-se a todas as leis: "OS MENOS HONESTOS, LADRÕES, VIGARISTAS E CRIMINOSOS DEVEM INDEMNIZAR AS VÍTIMAS E A SOCIEDADE PELOS DANOS CAUSADOS". A senhora que recebeu o empréstimo e depois diz que não tem dinheiro para pagar deve trabalhar horas extraordinários, fins de semana e férias até pagar o que deve, mais todas as despesas e danos causados por se recusar a pagar. Se o empréstimo foi feito numa base de amizade em que nem sequer lhe pediu juros, ao recusar-se a pagar muito provavelmente destruiu a amizade e causou danos morais e psicológicos à ex-amiga. Mesmo esses deveriam ser tidos em conta e poderia mesmo pedir indemnização por esses danos.

Se esta "NOVA JUSTIÇA" entrasse em funcionamento a nível universal provocaria a maior revolução de todos os tempos: as pessoas mais honestas e boas subiriam nas estruturas da política, da economia e do jornalismo contribuindo para uma nova filosofia de vida, para uma nova cultura, para uma melhor convivência entre todos os povos. Não sei se as pessoas nascem boas ou más mas sei que se podem tornar melhores ou piores. O melhor meio de modificar os comportamentos sempre foi o prémio e o castigo. Esses métodos funcionam melhor em certas culturas ou meios que certa "cultura civilizada" considera primitivos. Em certos meios rurais onde a "justiça" oficial tradicional só chega para causar danos, funcionam instintivamente os métodos de prémio e castigo que criam uma cultura de melhor convivência do que noutros meios ditos civilizados. As pessoas ajudam-se mutuamente e colaboram para premiar os bons e castigar os maus. Recordo a aldeia onde fui criado: ninguém fechava as portas à chave, os utensílios agrários eram deixados nos próprios campos, ninguém roubava. Se alguém roubasse teria toda a população contra.

Nestes meios há um tal espírito de colaboração contra a criminalidade e desconfiança da "justiça" oficial que os leva a fazer justiça por suas próprias mãos e a organizar equipas de voluntários contra a criminalidade. A "justiça" oficial, vendo roubar-lhes o privilégio de fazer justiça, acaba por ser mais dura com os "justiceiros" do que com os criminosos.

Com a universalização dos meios de informação e comunicação, (Internet e televisões via satelite ), devem surgir normas éticas ou morais universais que favoreçam uma melhor colaboração e convivência entre todos os povos. Por um lado devem surgir normas universais que se sobreponham às locais no que diz respeito a comportamentos com implicações universais; por outro deve existir respeito pelas culturas e suas normas morais internas; por último deve existir bom senso de justiça imediato que se sobreponha às leis para cada caso concreto.

PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com )

Para saber mais sobre Justiça:

CA= "CARTAS ABERTAS", ( geralmente dirigidas a personalidades ou instituições sem carácter pessoal mas em função do que representam).

DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflecções).

DL= "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR".

DP= "DIÁRIO PESSOAL", (emoções, sentimentos e reflecções pessoais).

LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

LG= "O GRANDE ADVOGADO E A IMPOTÊNCIA DA JUSTIÇA" (livro de 80 páginas brevemente aqui na Internet).

LI = "ITÁLIA E SEUS QUERIDOS CRIMINOSOS".

LZ= "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade actual).

PAVIE= PROJECTO: ASSOCIAÇÃO DE VÍTIMAS DE INJUSTIÇAS, (AVI), ESTATUTOS.

PJE= "PROJECTO JUSTIÇA OU ESCÂNDALO".

PJSF= PROJECTO: JUSTIÇA SEM FRONTEIRAS.

AA= ÍNDICE GERAL.