CARJP2

CARTAS ABERTAS AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA EM PORTUGAL

Nº 2 - ASSUNTO:  A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA E  BOM SENSO PARA UM MUNDO MELHOR

    Por ter apresentado queixa de uma bicicleta que me roubaram já fiz 6 deslocações e se não fizer mais uma de Itália a Portugal nem justificar com meios legais terei de pagar o equivalente entre duas e dez bicicletas. A polícia deve ter-se deslocado umas dezenas de vezes a minha casa ou longo de vários anos que se arrasta o caso para me encontrar pessoalmente, me  entregar um papel, receber a minha assinatura, para eu ir a outra polícia levantar outro papel e com ele ir a outra polícia dizer o nome do meu pai, da mãe ... repetir o que já disse e escrevi, pôr mais uma assinatura ... e depois de ir tantas vezes às diferentes polícias e de estar farto de repetir o pouco que sei ainda querem que me desloque de Itália a Portugal para dizer mais uma vez frente a um juiz que me roubaram uma bicicleta enquanto entrei num teatro, que dezenas de pessoas viram o ladrão estar cerca de meia hora para arrombar o cadeado, com uma esquadra de polícia a dois passos e só uma pessoa telefonou á polícia e só esta quis ser testemunha do que viu. (Cf.: LB1BR= A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, O TRABALHO INÚTIL E ANTI-SOCIAL DA POLÍCIA, ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DOS SISTEMAS POLICIAL E JUDICIAL).

    Com uma "NOVA JUSTIÇA" num mundo melhor, uma das dezenas de pessoas que viram o ladrão ocupado meia hora para romper o cadeado teria telefonado à polícia ou teria ido pessoalmente, (haviaa uma esquadra a poucos metros), o ladrão seria apanhado e condenado imediatamente ao pagamento de várias bicicletas ou a ir para uma "CASA DE TRABALHO E EDUCAÇÃO", (em substituição das tradicionais escolas do crime). Com seu trabalho pagaria uma bicicleta para a pessoa que chamou a polícia, (evidentemente que o ladrão nunca, mas mesmo NUNCA, deveria saber quem o denunciou e chamou a polícia), uma bicicleta para o Estado para este pagar ao polícia que o prendeu e julgou e várias bicicletas para um fundo destinado a indemnizar as vítimas de outros roubos que provavelmente fez.

    Com um tal sistema simples e eficiente, sem papeladas com o nome do meu pai e da minha mãe que nunca percebi porque eram para ali chamados, sem tanta estúpida burocracia a castigar quem colabora com a Justiça, aplicando os princípios psicológicos mais elementares que todo o domador de circo conhece, juntando um pouco de bom senso teríamos um mundo melhor, com menos ladrões, vigaristas e criminosos.

    A Justiça está a ser mais injusta comigo e com os mais honestos contribuintes do que o próprio ladrão: exige-me o equivalente a várias bicicletas em troca de colaborar para castigarem o ladrão, evitar que ele continue a roubar e que outros continuem a ser vítimas.  Isto contribui para que ninguém queira colaborar com a Polícia ou a Justiça. Dessa falta de colaboração resulta grande parte da falta de eficiência. Por outro lado a Justiça tradicional é injusta com os mais honestos contribuintes: os impostos dos mais honestos contribuintes pagam polícias para andarem caminha de minha casa à procura de me encontrarem para terem a minha assinatura num papel, pagam polícias para me receberem com um papel, entregar outro e assinar, pagam a outro para voltar a perguntar-me o nome do meu pai, da minha mãe, voltar a escrever o que já disse e já foi escrito, pagam a um juiz para ler o que já foi escrito várias vezes e voltar a perguntar-mo... , e pagam para um advogado que o irá defender. E tudo isto para quê? Para deixarem o ladrão em liberdade e continuar a roubar? Ou para o meterem nas tradicionais escolas do crime a viver à custa dos mais honestos contribuintes para ao sair continuar a fazer o mesmo?

A solução passa por um mínimo de bom senso e uma "NOVA JUSTIÇA" com novas leis ou relativisar o valor das existentes. A polícia deveria ser instruída no sentido de se tornar útil aos cidadãos com respeito pelos mais honestos contribuintes que lhes pagam os ordenados. Em vez de andarem à caça da multa a quem não está a prejudicar os outros devem ocupar-se dos problemas que afectam mais os cidadãos e da maneira de os resolver.(Cf.: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm/cap.htm :CAP: CARTA ABERTA À POLÍCIA / ASSUNTO: AS LEIS E O BOM SENSO DE UTILIDADE PÚBLICA). Em vez da tradicional estupidificação dos polícias, ( à semelhança do que diz José Saramago a propósito do seu pai que sendo polícia só tinha que respeitar os superiores), devem ser dignificados e estimulados à eficiência criativa com prémios em vez de só castigados se não fazem o que mandam as leis e os seus superiores. Os polícias devem ter a liberdade de não cumprirem leis e de se sobreporem às leis desde que um evidente bom senso mostre claramente que isso só traz benefícios à sociedade e  contribui para uma melhor Justiça e para um mundo melhor. Naturalmente que essa liberdade deve ser acompanhada de responsabilidade e devem ser severamente castigados os abusos. Muitos casos que emperram os tribunais poderiam ser resolvidos muito melhor imediatamente por um polícia que até pode não conhecer as leis mas tem um mínimo de bom senso e um máximo de honestidade e boa vontade. As leis, muitas vezes feitas por vigaristas em lugares longínquos, num tempo distante, totalmente desadaptadas da situação actual e muito mais desadaptadas daquele caso concreto podem não ser melhores do que um mínimo de bom senso mesmo contrário às leis.  (Cf.: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm/lb1ig.htm : LB1IG =A INTELIGÊNCIA DAS GALINHAS E A ESTUPIDEZ NOS SISTEMAS POLICIAIS E JUDICIAIS TRADICIONAIS).  

PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com )

Para saber mais:

JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm :

A99 = VIAGEM A PORTUGAL... (1999, 11-12). ( Mais ideias e contexto em que esta carta foi escrita).

LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflecções).

DL= "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR".

LZ= "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade actual).

AA= ÍNDICE GERAL.