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FILOSOFIA: VELHA E NOVA

Quando estudava Filosofia corria entre nós uma defenição "indecente" que ainda hoje considero a mais apropriada ao tipo de Filosofia que se aprendia: dizia-se que "a Filosoia é a encornação de ideias erradas". Precisamente o que era a velha Filosofia que eu estudei e precisamente o contrário daquilo que eu hoje penso que deve ser a "NOVA FILOSOFIA".
Recordo que tinha de decorar coisas incompreensíveis e absurdas como um tal "filósofo" Gorgias , (ou coisa parecida), que dizia que nada existe, e mesmo que existisse não o poderíamos conhecer...
Hoje produz-se por ano mais Filosofia do que guardamos de muitos séculos. Sob forma escrita, programas de televisão, filmes, músicas, audio-visuais e tantas expressões culturais e artísticas produzem-se formas de filosofar sobre a vida e a sociedade. O primeiro problema filosófico da sociedade actual é o da escolha. Porque razão a revista "Panorama", uma das principais de Itália, dá a última página a um famoso prisioneiro líder da "Luta Contínua" que naturalmente defende a sua filosofia de "direitos humanos" dos prezos. Num país em que muitos dos mais honestos cidadãos riscam de morrer ao recorrerem à assistência pública por os hospitais funcionarem mal e estarem mal apetrechados, existe um hospital para prezos que é dos melhores da Europa. Num momento em que numa pequena notícia interior de um jornal li como um médico e casado com uma médica, recuperado num hospital público onde ele próprio trabalhara, teria morrido se a esposa o não transferisse para um hospital privado, aparece um prisioneiro a queixar-se que na prisão não servem a horas os tranquilisantes.
Aqui se põem algumas das principais questões filosóficas da actualidade:
1- Quem tem o direito de difundir a sua filosofia, defender as suas prioridades ou da sua classe, publicitar as ideias que lhe interessam? Um milionário com riscos de ir para a prizão porque fez fortuna ajudado por um político no exílio para fugir à justiça, detendo uma grande parte dos meios de informação de um país, pode influenciar a opinião pública e transformar a sua filosofia em consenso quase geral.
2- Como espero mostrar no meu livro em preparação: "ITÁLIA E SEUS QUERIDOS CRIMINOSOS",(cf.:AAAST), a opinião pública italiana dos últimos anos apaixonou-se em defeza de criminosos de forma desproporcionada à defesa de honestos e inocentes vítimas da criminalidade. Porquê? Manobras dos poderes mafiosos que dominaram os meios de informação? Romantismo pelo herói criminoso? Catarse para a culpabilidade individual?
3- Será justo defender os direitos humanos dos criminosos à custa do sacrifício dos direitos humanos dos mais honestos contribuintes? Será justo que Itália tenha um dos melhores hospitais da Europa para prezos, e dos piores para os mais honestos contribuintes?
4- A NATO, com o pretexto de guerra justa e humanitária, causou enormes danos humanos, económicos e sociais. Foi justa ou injusta? Alguns horrores evitaram outros piores? A guerra é quase sempre a justiça do mais forte. Um mundo civilizado não encontrará meios de resolver os conflitos nacionais e internacionais sem recorrer à guerra e à destruição?

PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com ).

Para saber mais:

JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm :

LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflecções).

LZ= "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade contemporãnea).

AA= INDECE GERAL.