DFIN
IDEIAS PARA UMA NOVA FILOSOFIA E NOVOS VALORES PARA UM MUNDO MELHOR
Uma pequena região da ex-Jugoslávia está a ser motivo para uma guerra que parece poder
transformar-se numa guerra mundial. A guerra, a destruição, a morte de muitos inocentes
está a ser justificada pelos mais nobres ideais filosóficos, morais e religiosos: o
mundo ocidental está em luta humanitária para defender os direitos de uma etnia
minoritária que estava a ser vítima de massacres e de destruição étnica. Os F16
comprados por Cavaco Silva e Fernando Nogueira com os impostos do povo português estão
agora a servir pela primeira vez no Kosovo que a quase totalidade dos portugueses ouviu
agora pela primeira vez. Uns aviões que custaram fortunas que davam para modernizar o
sistema policial e judicial em Portugal para uma luta mais eficiente contra a
criminalidade, estão agora a servir para colabrar em actos que o Ocidente considera
humanitários e a Rússia e seus satélites consideram bárbaros e legalmente condenáveis
por ingerência num país soberano.Pergunto a mim próprio o que teria acontecido se as
autoridades tivessem dado mais dinheiro para obras humanitárias indiscutíveis em
Portugal em vez de modernizarem uma defesa que passa a ser ofensiva em actividades
humanitárias tão discutíveis.
A vingança, geralmente condenável pela moral cristã tradicional, toma na guerra o nome
de represália e passa a ser moralmente virtuosa ou heróica com um nobre fim a justificar
os meios:fazer parar os massacres de um povo. Mas enquanto as bombas destroiem o
ministério onde foram decicidos os massacres continuam as ofensivas no terreno contra o
Kosovo.
Pergunto a mim próprio se não haveria outros meios de evitar a continuação dos
massacres.Talvez com a criação de tribunais internacionais de bom senso que fizessem
justiça ou obrigassem os governos a fazer justiça aos crimes contra a humanidade. Uma
condenação de Pinochet e de outros responsáveis por actos menos humanos, no próprio
momento dos seus actos e não dezenas de anos depois, acompanhada por outras formas de
pressão internacional, talvez tivesse mais efeitos humanitários do que muitas bombas.
Talvez com menos meios pacíficos se pudesse fazer mais do que com guerras. Imaginemos que
em vez de se colocarem no Kosovo 6.000 soldados se colocavam alguns diplomatas, juízes de
paz e de bom senso, jornalistas, investigadores, voluntários humanitários apoiados pelos
vários paízes. Imaginemos que os responsáveis por massacres eram condenados a nível
quase mundial e impedidos de sair do seu país sob pena de prisão. Imaginemos que um
presidente poderia ser condenado internacionalmente e se apoiava com meios passivos um
adversário político mais humanitário, honesto e democrático.
Na Justiça e nos conflictos internacionais a lei do mais forte teve quase sempre a
última palavra. Mas para um mundo melhor é preciso dar poder aos melhores, aos mais
justos, mais honestos, mais sociais.
Recordo 3 assassinos para fazerem justiça. Interrogo-me se devem ser considerados
criminosos ou heróis. Não podem ser considerados heróis porque originariam uma série
de assassinatos para fazerem justiça. Mas também não deveriam ir para as prisões como
qualquer autêntico criminoso. Há uma adistancia abismal entre o indivíduo que diz a um
vigarista: "paga-me o que me deves ou mato-te" e depois o mata porque não lhe
pagou e o autêntico criminoso que mata um honesto cidadão para o roubar. Um honesto
emigrante passou a vida a trabalhadar duramente e a economizar com muitos sacrifícios.
Meteu o dinheiro no banco e ficou sem ele. Lutou por justiça com os meios legais mas em
vão. Depois de passar vários anos na miséria desesperado matou o director do banco onde
tinha depositado o seu dinheiro e que deu falência. Os vigaristas que levaram o banco à
falência e enriqueceram com o dinheiro de milhares de emigrantes são mais criminosos do
que o assassino desesperado. O tradicional sistema policial e judicial que não faz
justiça quando por detrás há poderosos milionários e políticos é mais criminoso do
que este assassino.
Na História tradicional os heróis são quase sempre os que mais matam. Napoleão é o
exemplo mais flagrante: ninguém matou mais inocentes por objecticvos mais baixos: roubar
e dominar os mais fracos. Causou mais mortes do que muitas catástrofes juntas e deixou a
França mais pequena do que ao tomar o poder. Apesar de tudo isso é considerado o
principal herói dessa História trdicional. Os assassinos que matam para fazerem justiça
teriam mais direito a ser heróis. Num mundo de honestos cidadãos que odiasse os ladrões
vigaristas e criminosos esses assassinos seriam heróis e os tradicionais heróis como
Napoleão, Hitler, Estaline, Lenine e tantos outros seriam os mais despresíveis
criminosos.
PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com ).
Para saber mais: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR http://members.xoom.it/jiimm :