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USA, CAPITALISMO E COMUNISMO

A capa da revista "L'Espresso" de 9.7.99 salienta a derrota da esquerda nas eleições italianas e um dossier sobre as grandezas dos USA.
Nesse dossier apresenta-se a supremacia americana no mundo pela força militar, pela economia, pela arte do divertimento e pela ciência.
Prosperidade, passagem da era industrial à informática, unidade na diversidade, sonho americano de guiar o mundo para a paz, liberdade e bem-estar, Hollywood a fabricar divertimento para todo o mundo ... tudo isto mostra a eficiência dos USA.
Desde que o prémio Nobel foi instituído em 1899 foram para os USA mais de 50% dos prémis de matéria científica e 80% de economia. Um terço dos vencedores são estranjeiros que estudaram nos USA. Em 1998 9 dos 10 prémios foram para USA. Apenos o português José Saramago, por acaso com ideologia pro-comunista, não era "made in USA".
Isto leva-me a reflectir sobre capitalismo e comunismo, sobre a evolução da história do mundo, sobre guerras, conquistadores, heróis e valores humanos.
Esta década parece que marcou a queda do comunismo. Parece-me que o capitalismo mostrou melhores resultados do que o comunismo. Os USA, sem história nem antecedentes culturais, nascidos dos que fugiram às guerras religiosoas na Europa, com um sistema político inspirado nos ideais da Revolução Francesa, tornaram-se povo líder do Planeta.
Porque razão o mundo, em especial os italianos que sofrem a invasão da miséria do comunismo, cosideram Che Guevara um herói? O seu livro está nas montras de quase todas as livrarias e até nos supermercados.
Este dossier, embora reconheça os êxitos dos USA em vários campos, não deixa de a apresentar quase como o "lobo mau". Os títulos são sintomáticos: "UFFA, È SEMPRE AMERICA. FINANZA E MISSILI, FILM E COMPUTER / DOSSIER SULL'IMPERO DEL 2000. UM PIANETA, UN SOLO PADRONE. QUESTA AMERICA FA PAURA?"
É curioso como Itália recebe exuberante o regresso de uma terrorista da prizão dos USA enquanto as Brigadas Vermelhas continuam a fazer vítimas. Pelo menos 3 Presidentes italianos empenharam-se no transferimento da terrorista de uma prisão americana para uma italiana. Quantas vítimas do terrorismo não se teriam evitado se todos os esforços diplomáticos e políticos feitos para esta transferência fossem utilizados contra o crime e o terrorismo em Itália? (Cf.: LI: "ITÁLIA E SEUS QUERIDOS CRIMINOSOS". Este caso revela bem o confronto de duas filosofias: a América ofereceu à terrorista 25.000 dólares e a liberdade se denunciasse os outros terroristas que num assalto a um porta-valores mataram 3 pessoas. Fiel aos valores mafiosos da "omerta" a terrorista preferiu ser condenada a pagar 50.000 dolares de multa e a 25 anos de prizão. O povo italiano ou os seus representantes pagaram os 50.000 dólares de multa, gastaram uma fortuna para transferi-la numa prizão italiana e receberam-a como uma heroina enquanto os terroristas continuavam a matar inocentes. Nos USA até o seu Presidente pode ser condenado a uma multa enorme por uma mentira de saias. 

PIRES PORTUGAL (piresportugal@hotmail.com).

Para saber mais: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm :

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