APRESENTAÇÃO

Um "GRANDE ADVOGADO", traindo uma amizade que vinha dos tempos universitários, com vigarices que as leis tradicionais permitem, servindo-se de ameaças em estilo mafioso quer directas quer através de familiares e amigos, apanhou-me milhares de contos e deixou-me na miséria económica, moral e psicológica.

Foi condenado em Itália à prisão e ao pagamento de uma parte das vigarices mas fugiu para Portugal onde nada lhe acontece. Falei com um advogado que me mostrou um bloco de cheques e me disse: "Aqui estão sete mil contos de cheques sem cobertura. Para recuperar uma pequena parte deste dinheiro gasto mais e tenho problemas que não me compensam. Prefiro arrumar isto, esquecer e ganhar outro. Se continuas a tentar recuperar esse dinheiro judicialmente vais gastar mais dinheiro e sujeitas-te a não recuperar nada. Como amigo aconselho-te a esquecer isso".

Tentei esquecer. Acredito que para mi seria melhor se tivesse esquecido. Mas se todos fizerem o mesmo o mundo passa a ser determinado por vigaristas, ladrões e criminosos que em vez de trabalharem honestamente apanham o fruto do trabalho dos outros.

Isto passou-se em 1991 e em 1999 os altos responsáveis da Justiça em Portugal tentavam explicar por razões económicas o aumento da pequena criminalidade de 20% ao ano nos últimos 7 anos. Se dissesse publicamente o que pensei já estaria prezo por ofensa ao bom nome da Justiça. Muitos foram presos por menos. Não saberão que a impunidade e o prémio do crime convidam ao aumento da criminalidade?

O juiz Antonio Di Pietro fez uma revolução judicial, moral e social em Itália e tornou-se o homem mais popular do país. Se houvesse uma centena como ele talvez se fizesse uma revolução judicial, moral e social em todo o mundo. Talvez muitas guerras se evitassem e o mundo se transformasse para melhor. Penso que o sistema policial e judicial, com apoio dos órgãos de informação e da opinião pública, poderão ter um papel preponderante na construção de um mundo melhor. Os altos responsáveis da Justiça deveriam conhecer o principio básico do comportamento humano: os comportamentos premiados tendem a repetir-se e os castigados tendem a ser evitados. Se os ladrões, vigaristas e criminosos permanecerem premiados continuarão e serão um estímulo para outros. Se o "GRANDE ADVOGADO" não pagar o que deve será um estímulo para muitos inteligentes cidadãos se dedicarem à ladroagem, vigarice e criminalidade por compensar mais do que trabalhar honestamente. Por isso lutarei por justiça. Primeiro lutarei contra as injustiças da Justiça e fantochadas do tradicional sistema policial e judicial. Considero uma grande injustiça da Justiça quando castiga mais as vítimas dos ladrões vigaristas e criminosos do que os próprios autores. Considero fantoche um sistema que não consegue fazer justiça quando um grande vigarista é também um grande advogado. Mostrarei como com uma única lei que se sobreponha a todas as outras e com um mínimo de bom senso se pode fazer melhor justiça do que com tantas leis antiquadas e desadaptadas da evolução actual. Bastará decretar a honestidade e condenar os menos honestos a pagar as consequências dos seus actos. Depois aplicar um pouco da inteligência das galinhas: os mais honestos e que deram provas de julgar melhor terão mais poder de julgar. 

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