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CRIME PREMEDITADO, HEROISMO E BOM SENSO

    Desde que iniciei JIIMM e sobretudo quando se confirmou a conferência de imprensa, (A991104),, comecei uma luta interior de selecção entre o que posso e devo divulgar e o que devo guardar secretamente. Bossi, o fundador da "Lega Nord" que se tornou popular com a sua campanha para as eleições com o slogan: "Ladrões de Roma, acabou-se! - Lega Nord" teve uma frase infeliz num dos seus discursos contra um juiz dizendo que lhe endireitariam a espinha e foi condenado a pagar-lhe 50 mil contos. Isto apesar de Bossi se ter desculpado dizendo que não sabia que o dito juiz sofria da coluna e aquela expressão queria dizer que o meteriam no justo caminho pois estava a perseguir injustamente um político do seu partido.

    Aplicando-me este tipo de Justiça poderei ser condenado ao pagamento de multas incalcoláveis, ou mesmo à prisão perpétua por ofensa ao bom nome da Justiça. Recordo que em Portugal um indivíduo apanhou mais dois anos de prizão porque ao ouvir uma sentença condenatória que considerava injusta exclamou: "Já não há Justiça em Portugal". Se eu disser tudo o que penso da tradicional Justiça devo ser condenado a mais anos do que a famosa terrorista italiana cujo grupo matou 3 pessoas num assalto a um porta-valores, (TIST).

    Esta terrorista, Che Guevara, Napoleão, Hitler. Estaline e outros tristemente famosos criminosos contra a humanidade tornaram-se famosos pela coragem com que lutaram pelos seus ideais apesar de os objectivos serem não só ilegais e imorais como injustos e falidos: o grupo da terrorista matou inocentes no cumprimento do seu dever para roubar dinheiro de honestos cidadãos com que patrocinaria muito provavelmente a luta de clandestinos. Para os comunistas italianos é uma heroína que lutou contra o imperialismo americano. Depois Itália mandou os seus soldados a morrerem ao lado dos americanos para em troca receberem a sua querida terrorista. Che Guevara deu a vida e convidou outros idealistas a darem a vida para matarem sem resultado positivo alguns soldados em cumprimento do seu dever. Os objectivos parecem-me muito duvidosos: Em 1999 76% dos colombianos desejavam uma intervenção americana para pôr ordem na criminalidade e guerrilheiros da droga. Napoleão deixou Europa cheia de cadáveres de Lisboa a Moscovo, deixou a França mais pequena e nunca percebi porque razão o consideram um herói em vez de criminoso contra a humanidade. As mortes de Pinochet não são nada em comparação com as de Napoleão. De Hitler já se falou muito mas talvez falte salientar que os seus crimes não foram de um louco que hipnotizava as multidões mas de uma ideologia que lhe deu democraticamente o poder. Não sei se foi tão mau como os heróis do comunismo que mataram 80 milhões de pessoas para imporem uma ideologia cujos resultados não me parecem muito positivos.

    Mais moderados e com mais bom senso nos seus objectivos encontramos dois "condenados" cuja passagem pela prizão se tornou medalha de heroismo: Cunhal e Mário Soares.     

    Em geral são heróis as pesonagens que encarnam valores vincentes. Mas nem sempre. Muitos são considerados santos, heróis e mártires só depois da morte.

    Com a Justiça actual muitos dos meus escritos são considerados um crime contra o bom nome da Justiça. Espero que entretanto a Justiça descubra que eu sou só um espelho do bom nome perdido e recupere prestígio com eficiência e bom senso.

Para saber mais: DL, CARJP1, LB, LG.