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EUA, ( USA ),

PAZ E GUERRA

A primeira informação política que recebi num seminário católico era profundamente pacifista. Absorvi essa cultura e tornei-me "mais papista do que o Papa": um pacifista radical que não compreendia como o mundo fosse governado por pessoas tão desumanas que não viam o que me parecia evidente: enquanto há gente a morrer de fome não se podem gastar somas astronómicas em armamentos. 

Corria a guerra no Vietname e todas as informações pacifistas eram contra os EUA. Aos horrores do Vietname juntavam-se os horrores das bombas atómicas para fazerem dos EUA os "maus das guerras".

Passaram dezenas de anos antes de receber informações sobre o verso da medalha: as bombas atómicas foram uma resposta a uma agressão que já tinha causado muitos milhares de mortos e poderia causar muitos mais se aquelas bombas não lhe pusessem fim; o Vietname foi um campo de batalha contra um comunismo que já tinha causado mais vítimas do que todas as guerras capitalistas e com piores resultados. A ex-URSS gastava uma percentagem da sua economia várias vezes maior à dos EUA em armamento e talvez isso tenha ajudado à queda económica. 

Ao ver a maior manifestação pacifista da história da Humanidade quando a maior democracia do mundo tentava desarmar um dos maiores ditadores e patrocinadores do terrorismo internacional tornei-me menos pacifista.

Fui acusado de ser a favor da guerra e perguntei a mi próprio onde escrevi tais coisas ou porque serei tão detestado por certos "pacifistas". 

Hoje, 2003-04-22, até a imprensa de esquerda italiana reconhece que os pacifistas se servirem desta guerra para manifestarem o seu anti-americanismo. Eu reconheci-o muito antes e afastei-me de tal pacifismo parcial. Certos pacifismos contribuem a dar o poder aos menos pacifistas. Muitos pacifistas quiseram transformar o Iraque num segundo Vietname. Até há pacifistas que querem armar mais a Europa e os terroristas para se oporem aos EUA. Espero que os EUA tenham uma ética muito superior e tal como venceram a URSS pela superioridade económica acabem por convencer em vez de vencer meio mundo que hoje está contra. Espero que exportem a sua economia, a sua eficiência, a sua democracia. Mas devem importar um estilo de vida menos consumiste, menos devorador do meio ambiente. Morrem milhares de pessoas por dia com fome, o mundo não pode manter o nível global de consumismo idêntico ao dos EUA.    

EUA, (USA),

 PRÓ E CONTRA 

2003-03-23 :  PACIFISMO, GUERRA, INFORMAÇÃO E NOVA ORDEM NO MUNDO :

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