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VIAGEM A PORTUGAL: DOIS FRACASSOS E MUITAS IDEIAS ...

ANUNCIEI  UMA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA COM ENTRADA LIVRE SOBRE "CRÍTICA DE UM SÉCULO E IDEIAS PARA UM SÉCULO MELHOR" COM APRESENTAÇÃO DE "JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR". CONVIDEI OS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÃO E PEDI DIVULGAÇÃO.  NÃO APARECEU NINGUÉM. NO DIA SEGUINTE VI MEIA PÁGINA DE UM JORNAL COM A FOTO DE UM GOVERNADOR CIVIL E BANALIDADES DE UM TÍPICO POLÍTICO COM TÍPICOS JORNALISTAS DAS TÍPICAS "DEMOCRACIAS" MODERNAS. SERÁ FALSA PRESUNÇÃO OU EU TENHO IDEIAS QUE MERECIAM MUITO MAIS SER DIVULGADAS DO QUE MUITO DO QUE SE PUBLICA? AQUI DEIXO ALGUNS TEXTOS PELA ORDEM EM QUE FORAM ESCRITOS EM PORTUGAL NUMA VIAGEM QUE CONSIDEREI DE DESPEDIDA E TENTEI DEIXAR O MEU MELHOR COMO ARTISTA E COMO INTELECTUAL:

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O LADRÃO, OS JUSTOS QUE PAGAM PELO PECADOR, "BATMAN" E O TRADICIONAL SISTEMA POLICIAL E JUDICIAL

A Associação Levi, recebeu uma quinta onde instalou uma comunidade de ex-toxicodependentes em fase de recuperação. Esta quinta situa-se numa zona de cultura rural com uma moralidade muito honesta e intolerante da falta de honestidade. Um indivíduo fugido desta comunidade após dois dias de internamento, procurando dinheiro para regressar à sua terra, fez dois roubos insignificantes: uma rebarbadora no valor de 15 contos e uma carteira com dois mil escudos. Foi o suficiente para surgir um movimento colectivo de várias freguesias da redondeza para porem toda a comunidade fora da região. Os objectos roubados são insignificantes mas para estas aldeias tranquilas conta o medo da insegurança. Ninguém fecha as portas dos carros, nem das casas e muitas ferramentas agrícolas são deixadas nos próprios campos. Até os ciganos aprenderam a respeitar as alfaias agrícolas porque os agricultores são muito generosos mas também muito intransigentes com os ladrões.

O primeiro roubado foi agredido e ameaçado com uma pequena navalha e chamou a polícia. Enquanto chegava a PSP da Guarda roubou uma carteira que estava dentro de um carro com a porta aberta. Estava dentro de um outro carro quando o dono apareceu. Desculpou-se que estava à espera dele para lhe pedir uma boleia. A polícia apanhou-o, identificou-o, mas não o prendeu porque com o tradicional sistema policial e judicial só o podiam prender se os dois roubados apresentassem queixa e entrassem nas estúpidas burocracias do tradicional sistema policial e judicial. Conhecem as injustiças da Justiça tradicional que neste género de casos castiga mais as vítimas do que os criminosos. No mesmo dia esse ladrão fez vários outros roubos na cidade da Guarda e voltou a ser apanhado pela polícia. Imagino que com o tradicional sistema policial e judicial passará a vida a roubar, entrar e sair das prisões, (tradicionais escolas de crime).

Um outro típico ladrão drogado foi apanhado pela população e amarrado por 3 dezenas de pessoas enquanto esperaram a chegada da polícia. Esta levou-o prezo mas o juiz soltou-o com grande indignação da população, (cf.: "Correio da Manhã", 03.11.99).

Com o tradicional sistema policial e judicial, cumprindo leis feitas noutros tempos, noutros lugares, por pessoas com uma cultura totalmente diferente, por vigaristas que se consideram inocentes porque todos fazem o mesmo, condenam uma dúzia de ex-toxicodependentes cheios de boa vontade a sofrerem as consequências do mau comportamento de um. Neste país, com o actual sistema policial e judicial, se as vítimas dos roubos apresentassem queixa, perderiam vários dias a caminho da polícia e dos tribunais para nada.

Com uma "NOVA JUSTIÇA", com um mínimo de bom senso, com uns conhecimentos rudimentares, até um analfabeto que tivesse uma honestidade superior à de alguns senhores que fazem leis poderia fazer melhor justiça e mais útil para um mundo melhor.

No dia 29.10.99 na RTP1 pelas 20.20 o Presidente da Assembleia da República Almeida Santos disse que achou muito estranho que se tenha considerada burla agravada a uma prática generalizado durante uma dezena de anos. Segundo percebi, isto vem na sequência do escândalo do deputado chamado "Batman" pelas suas viagens incríveis, pagas pelos mais honestos contribuintes, mas que ele não fez nem poderia ter feito. Se bem me recordo, (já passaram muitos anos como em todos os processos polémicos e não só), ele defendeu-se dizendo que todos faziam o mesmo. Exactamente como Craxi se defendeu perante Antonio Di Pietro numa audiência transmitida pela RAI: desde quando usava calções na escola sabia da prática generalizada de apoio ilegal aos partidos e de muita corrupção na política. "Toda a gente sabia. Só não sabia quem não queria saber"- disse Craxi agora em exílio para fugir à Justiça italiana.

Na Itália as vigarices de políticos e administradores públicos levaram o famoso Banco Ambrosiano à falência. Na América as vigarices dos deputados levaram um banco do Estado à falência. Em Portugal muitos emigrantes ficaram sem as suas economias num banco que faliu. Ouvi dizer que havia políticos pelo meio ... Só sei que um emigrante depois de viver alguns anos na miséria à espera do dinheiro que tinha depositado no referido banco, perdeu a cabeça e deu um tiro no director. Um morreu e outro foi para a cadeia. Duas desgraças a juntar a tantas outras que poderiam ser evitadas com uma nova Justiça mais prática, eficiente e justa.

Se é verdade que "todos faziam o mesmo" como disse "Batman" a propósito das viagens fantasma dos deputados, Portugal precisa de uma limpeza moral da política semelhante à operação "mãos limpas" em Itália. Num país em que os deputados sejam vigaristas só se podem esperar leis que protejam os vigaristas, sobretudo os grandes que conhecem bem as leis e vigarizam com as leis que eles próprios aprovaram. Em Portugal foi para a prisão um pobre que por desgraça não pôde dar cobertura a um cheque de 300 contos. Mas não paga o que deve nem vai para a prisão um "GRANDE ADVOGADO" que nem com 30 mil contos pagaria as suas vigarices e danos pelos seus crimes. Rouba um tostão e serás um ladrão. Rouba um milhão e serás um barão". Não quero dizer que se deve perdoar quem rouba o tostão nem que o pobre não deve pagar os 300 contos que deve. Mas a prisão tradicional é o meio mais irracional, injusto e estúpido de castigar um desgraçado que em dado momento não pode assumir os seus compromissos. Ao ir para a tradicional prisão, não só não paga como fica em piores condições de pagar. Vai viver à custa dos mais honestos contribuintes, aprender a cometer outros crimes e sairá em condições ideais para ser pior do que antes. Numa nova Justiça como eu a idealizo do roubo do tostão à grande vigarice tudo deveria ser castigado com bom senso e na proporção dos danos e das consequências. Assim dificilmente os grandes vigaristas ou menos honestos subiriam na política. As leis tenderiam a ser mais justas. O mundo seria melhor.

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DL991101 (DL= "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR" )

O GRANDE ADVOGADO E AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA TRADICIONAL

Falei mais uma vez com o meu advogado para saber se há alguma possibilidade de recuperar os milhares de contos que o "GRANDE ADVOGADO" me levou com vigarices e ameaças em estilo mafioso. Mais uma vez me fez saber que com esta Justiça tradicional eu estou sujeito a gastar muito mais dinheiro e não recuperar um tostão. Isto já me foi dito pelos dois Juízes que se ocuparam da questão: na audiência preliminar a juiz fez-me saber que eu gastava dinheiro com a Justiça e que em sua opinião eu acabaria por não receber um tostão. Depois, no julgamento, o juiz só o condenou por uma parte das suas vigarices, (outras não poderiam ser ali apresentadas porque aquele tribunal não era competente sobre o assunto), e desabafou que calculava que eu nunca veria aquele dinheiro.

Eu seguirei à letra as palavras do ex-ministro da Justiça Laborinho Lúcio: "LUTAR POR JUSTIÇA É UM DIREITO E UM DEVER DE CADA CIDADÃO". Se com a Justiça tradicional não posso obter justiça só tenho duas possibilidades: procurar outros meios ou modificar a Justiça. A minha luta vai no sentido de mostrar as injustiças e fantochadas do tradicional sistema e mostrar como até um analfabeto numa "NOVA JUSTIÇA" pode fazer melhor.     Recordo as palavras do Procurador Geral da República Cunha Rodrigues dizendo que as pessoas recorrem aos tribunais como quem vai aos supermercados. Uma pessoa deve-me mais do que três salários mínimos nacionais e devo conformar-me a ter andado a trabalhar para a mulata namorar com o meu telefone. Saberá disto e do que passei por me queixar de uma bicicleta que me roubaram?

Para saber mais:

http://members.xoom.it/jiimm =JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR.

http://members.xoom.it/jiimm/dl.htm = "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR".

http://members.xoom.it/jiimm/lb.htm = "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

http://members.xoom.it/jiimm/lg.htm = "O GRANDE ADVOGADO E A IMPOTÊNCIA DA JUSTIÇA".

http://members.xoom.it/jiimm/df.htm = "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflexões).

http://members.xoom.it/jiimm/lz.htm = "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade actual).

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LZCAF

(Extracto de: "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS", livro de ficção em preparação. Qualquer semelhança com factos reais pode ser coincidência).

 

CARTA ABERTA AOS FANTOCHES DESSA FANTOCHADA A QUE CHAMAM JUSTIÇA

ASSUNTO: CRIME PREMEDITADO EM DIRECTO

Hoje estarei na televisão e cometerei em directo o crime de ofensa ao bom nome da Justiça: direi a verdade nua e crua: a Justiça tradicional é injusta e fantoche. Injusta porque castiga as vítimas e os mais honestos cidadãos mais do que os vigaristas e criminosos; fantoche porque não faz justiça. Tenham a polícia preparada para mandar-me prender no final do programa. Poderei ser julgado pelas vossas leis. Mas a opinião pública julgará os Juízes sem juízo, essas leis, quem as fez e quem comete a injustiça de as fazer cumprir.

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 PELA INOVAÇÃO NA FUNÇÃO PÚBLICA E NA POLÍTICA

A função pública deve adaptar-se às novas tecnologias. Na Itália já há muitos serviços públicos que funcionam através da Internet. Uma grande evolução deve-se à assinatura electrónica: através de um código os computadores só decifram um documento através de um código secreto depositado pelo próprio. Isto permite a autentificação de documentos em substituição da tradicional assinatura, evita muitas deslocações, consequente poluição, bichas na função pública, perdas de tempo, etc.

Em Portugal a "Loja do Cidadão" parece-me ser um grande progresso ao serviço da população em geral. Mas devem surgir muitas mais para que não se espere tempos infinitos por uma simples informação. Imagino que nos próximos tempos muitos serviços públicos nacionais funcionarão via Internet. De facto poderão fazer-se serviços via Internet muito mais rapidamente e evitando grandes deslocações. Como nem toda a gente tem acesso à Internet poderão surgir na própria "Loja do Cidadão" ou espalhados por todo o país nos correios, nas Câmaras, Juntas de Freguesias, Escolas ou mesmo escritórios privados isolados, com serviços públicos via Internet, que evitem as bichas e as deslocações a muitas repartições públicas. Tenhamos em conta que há muita gente nas aldeias que precisa de um dia para se deslocar à cidade. Pode precisar de perder vários dias para obter uma informação ou um documento que via Internet poderia obter em poucos minutos.

Em Portugal cheguei a esperar 5 horas numa bicha para uma simples informação. Em Itália percorri mais de mil quilómetros para saber o telefone de um tradutor oficial inscrito no Tribunal de Milão. Com dois minutos de um funcionário público poderia ter estas informações pelo telefone. Este atraso de vida dos serviços públicos e estúpidas burocracias dos serviços judiciais têm graves consequências sociais: geram a ilegalidade com medo das burocracias, geram justiças paralelas que muitas vezes são mais justas e eficientes do que a Justiça oficial, mas estimulam o aumento da criminalidade.

Os serviços públicos devem servir realmente o público. Não se podem tolerar bichas intermináveis para quem quer comportar-se legalmente. Se um serviço funciona mal deve procurar-se se a causa está na admissão de incompetentes, na corrupção ou na falta de adaptação às novas necessidades. Depois deve surgir colaboração entre diferentes serviços com vista a uma maior eficiência. Os políticos devem criar leis e alterar as existentes para se adaptarem às novas tecnologias.

Na função pública e na política devem subir os que se revelam mais eficientes na inovação ao serviço da população. Se sobe por corrupção ou por grandes campanhas publicitárias com o dinheiro dos contribuintes é provável que não subam a responsáveis os mais competentes nem os melhores políticos.

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 "JUSTIÇA" (ENTRE ASPAS)

Entre aspas do programa "Quero Justiça" da TVI a 08.11.99, 21h.10:

"Infelizmente a nossa Justiça é assim, não presta" – Um senhor de uma habitação social da Câmara ao qual por causa de compor um cano de água no valor de 10.000$00 fizeram despesas de 270.000$00 que ele teve de pagar. Consultou um advogado mas com os tribunais pode gastar muito mais e não receber nada.

Há mais de 800 "sem tecto" em Lisboa, muitos em casas miseráveis, outros em situações dramáticas porque alguns casos demoram anos em tribunais.

Estou convencido de que uma melhor Justiça será o melhor, mais fácil e mais económico meio de contribuir para um mundo melhor. As injustiças ou impossibilidade de obter justiça legalmente geram "justiças" paralelas ou são recalcadas permanecendo no inconsciente como bombas prontas a explodir. Não duvido de que muitos crimes e muitas catástrofes se evitariam com uma melhor Justiça, imediata e eficiente.

DF991120

 DIÁRIO: FILOSOFANDO SOBRE TRABALHO

Trabalho quanto as minhas energias permitem, até no fim de semana. Apenas me permiti umas horas de visita a um amigo e mesmo estas foram de trabalho ou estudo: a sua casa é um museu de magia, transborda história da magia nas suas conversas e nos cantos da sua casa e a sua biblioteca contem livros raros autografados. Gosta mesmo de magia e investiu nela uma boa parte do que ganhou com a profissão de bancário e com os espectáculos. Eu só investi na magia para minha formação e gosto da magia essencialmente pelo que me proporciona como profissão. Com a magia ganho para ter meios e tempo disponível para o meu jornal JIIMM. Deitei-me à uma e a estas sete da manhã já passaram pela minha cabeça tantas ideias que tardaria horas a descrevê-las e semanas a pô-las em prática. Mas recordo um relatório de uma fábrica de carros americanos em que com excesso de trabalho se produzia menos do que com pausas forçadas: parece que os engenheiros que trabalhavam em excesso cometiam erros que depois atrasavam muito para os corrigirem.

Pergunto a mi próprio se não estarei a trabalhar em excesso e se não estarei sujeito a cometer erros que depois me custem muito mais a recuperar do que se levasse uma vida mais calma, com menos trabalho e mais sabor pela vida. Escrevo com tanto que já está escrito e que poucos lêem. Basta um erro no que escrevo para estar sujeito ao pedido de indemnizações fabulosas. A Justiça tradicional raramente funciona quando um pobre é vítima de um grande vigarista. Mas por vezes os poderosos têm meios extraordinários de fazer funcionar extraordinariamente a Justiça a ponto de se cometerem grandes injustiças em favor de quem menos precisa, de quem tem meios de pagar os melhores advogados. Contaram-me que um famoso advogado pediu dois mil contos só para analisar o processo mais dois mil no início caso aceitasse. E aceitou. Para estes talvez funcione bem, isto é, injustamente: dá a quem tem muitos milhares para pagar aos bons advogados.

O trabalho é geralmente uma fonte de satisfação, desenvolve as faculdades, contribui para a saúde física e mental. Mas há trabalhos frustrantes. Para mi o mais frustrante é ter de ir a uma repartição pública, à polícia ou a um tribunal, perder horas nas bichas e suportar a estupidez do funcionamento de certos serviços. Com tanta gente desempregada e a receber subsídio de desemprego não seria melhor darem trabalho e diminuírem as bichas e a perda de tempo de quem tem muito que fazer? O comunismo dá trabalho a quase todos, mesmo que seja a fazer em vários dias o que uma máquina faria em alguns minutos. Infelizmente aí as bichas nas repartições públicas são maiores. Mas ao menos há, ou havia, menos criminalidade. Uma das prioridades dos governos deveria ser dar trabalho a todos, mesmo que fosse em troca da satisfação das necessidades elementares. Aí esteve o êxito político de Hitler: começou por dar trabalho aos desempregados a construir estradas, fabricar carros, etc. Talvez depois o excesso de trabalho o tenha levado ao pior erro do século. Mas o erro não foi só seu: foi do seu povo que o aplaudiu e votou. Talvez o seu povo tenha trabalhado demasiado, tenha tido pouco tempo para a cultura e divertimento que muitas vezes humanizam as pessoas.

A falta de trabalho é mãe (e pai) de muitos vícios, de muita criminalidade. E uma das piores injustiças e estupidez da Justiça tradicional de certas culturas ditas "civilizadas" é a falta de trabalho nas prisões. A ociosidade prepara o corpo e a mente para a continuação na criminalidade quando saem das prisões. Mas isto é um longo discurso que está a ser desenvolvido na "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com ).

(Extracto de: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm ).

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CLUBE INTERNET DE JORNALISMO,(CIJ), ... OPINIÕES DE E PARA JORNALISTAS OU INTERESSADOS PELA INFORMAÇÃO.

Proponho aos jornalistas, (consagrados, amadores ou estudantes), uma troca de ideias sobre o que se publica. Dou o exemplo e quem quiser contribuir poderá enviar-me um "e-mail".

PRISÕES

A "Visão" deu capa e fez um grande investimento numa grande reportagem sobre as prisões. Porquê? A princípio pensei que estaria agora na moda em Portugal o interesse pelos "queridos criminosos" com muita piedade disfarçada de humanismo com os "desgraçadinhos". Isto foi moda em Itália, "santificaram" uma terrorista mas finalmente ouvi muita gente a dizer que não suportava mais ouvir falar dela (cf. : "JIIMM - JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR" (http://members.xoom.it/jiimm/aaast.htm ).

Afinal a reportagem estava muito objectiva e com poucos comentários ideológicos. Talvez seja conveniente a existência desse jornalismo puramente objectivo em publicações de nível nacional. No meu "JIIMM" sou nitidamente ideológico quer na escolha das informações que toco quer no seu tratamento. Ocupo-me em especial de tudo o que se pode melhorar com mudanças de comportamentos.

Sobre as prisões tenho a seguinte opinião:

Do que pude ver naquelas em que entrei para fazer espectáculos em Portugal e no estrangeiro, de tudo o que li, concluo que há muita gente fora das prisões em piores condições do que dentro. Há honestos cidadãos que trabalham 16 horas por dia e vivem pior do que muitos que estão nas prisões a viver dos seus impostos. Na Itália morrem muitos honestos cidadãos por falta de cuidados médicos em hospitais sem condições e uma prisão tem um dos melhores hospitais da Europa. O Estado Italiano gasta-se em media com a saúde de cada prezo o dobro do que gasta com os mais honestos contribuintes. Penso que se devia dar prioridade a quem com seu honesto trabalho paga esses meios.

As prisões tradicionais são injustas porque os mais honestos trabalham para os menos honestos. Parece-me evidente que os presos deviam trabalhar e contribuir para o próprio sustento. Numa dessas prisões tratada na "Visão", em Pinheiro da Cruz, comi uma óptima refeição confeccionada fora por uma empresa. Pensei que fosse só por ser festa mas não: até a preparação da comida é paga pelos mais honestos contribuintes enquanto os presos não fazem nada ou se divertem com a generosidade dos artistas e dos contribuintes. Não sei se a situação foi alterada, se o jornalista da "Visão" não teve conhecimento ou se acha isso tão banal que não merece ser contado. O trabalho seria justo e educativo.

As prisões tradicionais são autênticas escolas do crime e contrárias a algumas das funções que deveriam ter: reeducar e prevenir. Muitos que são condenados às prisões poderiam sofrer outros castigos mais educativos e socialmente úteis. Um pobre que teve uma desgraça e não pôde dar cobertura a um cheque de 300 contos foi para a prisão e aumentou a impossibilidade de pagar. No mesmo período um "Grande Advogado", (cf. : "JIIMM - JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR" (http://members.xoom.it/jiimm/ LG), com cheques por cobrir, vigarices e danos de muitos milhares de contos não foi para a prisão porque conhece bem as leis e os seus buracos. Ladrões drogados que precisam de roubar todos os dias para comprar droga, são presos pela polícia vezes sem conta e soltos pelos Juízes. Parece-me evidente que esses indivíduos não deveriam entrar livremente na sociedade enquanto não estivessem curados e reeducados com progressiva integração social. (Cf.: "JIIMM - JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR" (http://members.xoom.it/jiimm/lb.htm ).

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DP991123

TEXTO BÁSICO DE ANÚNCIO DA:

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE "CRÍTICA DE UM SÉCULO E IDEIAS PARA UM SÉCULO MELHOR"

COM APRESENTAÇÃO DE JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm . DIA 23.11.99 ÀS 17 H. NA "CASA DAS BEIRAS", (Av. Alm. Reis, N.º 256, 1º E.).

Promovida e orientada por  "PIRES PORTUGAL".

CONVIDADOS ESPECIAIS APRESENTARÃO AS SUAS IDEIAS SEGUINDO-SE DEBATE  SOBRE O TEMA.

"Quem esquece os erros do passado condena-se a revivê-los no futuro".

Convidam-se de um modo especial os intelectuais que se interessam por um mundo melhor, as personalidades com mais responsabilidade no presente, jovens que construirão o futuro e naturalmente os responsáveis pela informação.

Convidam-se de um modo geral todas as pessoas que se interessam por um mundo melhor para assistir ou intervir apresentando as suas ideias. (Entrada livre. Só se oferecem ideias).

ALGUMAS IDEIAS PESSOAIS COMO PONTO DE PARTIDA

Parece-me que uma das marcas principais deste século está na rápida evolução dos meios de informação e comunicação. Daí resulta uma rápida evolução dos costumes, das maneiras de pensar, da orientação política.

Esta evolução nem sempre foi acompanhada por mudanças políticas, especialmente pelo sistema policial e judicial: estes mantêm-se agarrados a processos tradicionais e leis antiquadas desenterradas do passado quando os bons advogados precisam delas.

A política tornou-se democrática, dependente do voto popular. Mas o voto popular passou a depender muitas vezes da publicidade e manipulação dos meios de informação. Para isso é preciso dinheiro. A corrupção, ladroagem e criminalidade tornaram-se muitas vezes os melhores meios de obter dinheiro, votos e poder político. Em certos países, partidos corruptos, apoiados pela criminalidade, chegaram ao poder, dominaram, infestaram as empresas públicas com gente corrupta, ineficiente, apenas "politicamente correcta". As empresas públicas transformaram-se em buracos de dinheiro público.

Como num espectáculo de magia, as pessoas pagaram para serem enganadas. Mas num espectáculo de magia as pessoas têm consciência de que o espectáculo é valido e divertido na medida em que forem bem "enganadas" ou iludidas. Na política pode ter pérfidas consequências quando as pessoas pagam de diferentes modos para serem enganadas e nem sequer imaginam os meandros que estão por detrás. Geralmente são os artistas, os espectáculos e os meios de informação que desmascaram esses meandros. Mas até a arte, os espectáculos e os meios de informação podem estar dependentes e manipulados por poderes políticos e económicos que deformam as democracias.

A votação popular colocou Hitler no poder. O apoio popular acompanhou Hitler e a Alemanha numa guerra catastrófica. Um dos poucos que se opôs foi Einstein, escreveu um manifesto contra a guerra, recolheu assinaturas, mas só 2 ou 3 assinaram. No final deste século penso que toda a gente concorda que a guerra de Hitler e da maioria do povo que o apoiou foi um dos piores erros deste século. Einstein ficará na História como um dos homens mais inteligentes. Isto leva-me a pensar que ou a opinião pública passa a ser esclarecida pelos mais inteligentes em vez de manipulada pelos mais fanáticos, ou se descobrem maneiras de colocar no poder os mais inteligentes em vez dos que têm melhores meios de manipular a opinião pública.   

Este século foi dominado em grande parte pela luta entre o capitalismo e comunismo. Nos últimos anos deste século os países capitalistas tornaram-se mais comunistas e vice-versa. Penso que o principal problema do comunismo está na falta de liberdade e de estímulo à eficiência. Por outro lado o capitalismo conduz a um excesso de consumo e de desigualdades que só serão possíveis com muita gente na miséria. Penso que o capitalismo e comunismo poderão aprender mutuamente com os erros e êxitos do passado. A grande lição que o capitalismo deve aprender do comunismo é o trabalho para todos.

Após a 2ª Guerra Mundial o Partido Comunista Italiano teve mais de 80% dos votos eleitorais. Grandes sacos de dólares passaram secretamente da Rússia para Itália e alimentaram uma máquina propagandístitica que entre outras aberrações "santificou" uma terrorista criminosa só porque lutara contra o imperialismo americano. Esta década a Itália foi talvez o país que mais sofreu com as invasões das misérias comunistas. O Partido Comunista Italiano envergonhou-se e até mudou de nome. Hoje talvez nenhum italiano com razoável inteligência pense que aqueles mais de 80% dos votos apontavam o melhor caminho para Itália.

Estes e outros temas serão apresentados e discutidos na conferência de imprensa, desenvolvidos e divulgados no:

JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm  .

PIRES PORTUGAL (E-mail: piresportugal@hotmail.com)

ANEXO: EVENTUAL DESENVOLVIMENTO

 Recordo um professor de OPAN, (Organização Política e Administrativa da Nação), que explicou com seu ar malandro de advogado a gozar com o sistema, como se faziam falências legais que eram autênticas vigarices. Passados quase trinta anos li nos jornais como uma empresa apanhou o dinheiro de muitos emigrantes, vendeu os bens a outra com outro nome mas que era formada pelos mesmos e deu falência deixando os emigrantes sem as economias de muitos anos de trabalho e sacrifícios.

Tudo evolui vertiginosamente. Mas no sistema judicial há vícios que originam grandes injustiças e se mantêm dezenas de anos intocáveis. Os grandes vigaristas aproveitam-se das novas tecnologias e adaptam-se às novas situações mas no sistema judicial tradicional continuam a usar meios antiquados, ineficientes e desadaptados da situação actual.

Vi um anúncio num jornal que pelo teor me recordou uma vigarice que vitimou vários colegas meus no final dos estudos: prometiam trabalho em casa com grandes lucros. Só tinham de enviar uma pequena quantia para despesas e garantia do equipamento que receberiam em sua casa. Vários colegas no final dos estudos ficaram sem as economias que tinham e sem emprego. Passados uns vinte anos respondi a um anúncio que me parecia uma vigarice idêntica. Mas era pior. Convidavam-me a enviar uns contos para receber o segredo de ganhar muito dinheiro em casa. Entretanto conheci pessoas que enviaram dinheiro e receberam o segredo: vigarizar outros com a mesma técnica: só tinham que meter anúncios nos jornais e enviar fotocópias de um texto a convencer de enviarem dinheiro...

Fui à polícia contar o caso e mostrar vários anúncios. Disseram-me que teria de ir à Av. Gomes Freire mas que escusava de ir lá pois adiantava pouco. Mas eu continuei a ver todos os dias anúncios daqueles nos jornais, pensei que devia fazer qualquer coisa para que a rede de vigaristas não continuasse a aumentar.

Como eu não tinha sido vigarizado não queriam aceitar a minha queixa em nome das vítimas. Tive que insistir muito para anotarem o caso. Passados anos fui chamado a prestar mais declarações sobre o caso. Entretanto continuaram a aumentar esses anúncios nos jornais, levei alguns para mostrar e acrescentei que já tinha conhecido mais vítimas que tinham recebido exactamente as mesmas fotocópias.

Passados anos recebi uma carta manuscrita com 8 artigos a justificarem o arquivamento do processo.

Durante vários anos há vigaristas a meter todos os dias anúncios nos jornais para apanharem o dinheiro das vítimas em troca de lhes ensinarem a fazer outras vigarices. O tradicional sistema policial e judicial perde tempo e faz-me perder tempo para justificar a sua impotência com 8 artigos legais. Sem tantas leis, com um mínimo de honestidade, inteligência e bom senso, até um analfabeto numa "NOVA JUSTIÇA" faria melhor em cinco minutos do que o tradicional sistema policial e judicial fez em cinco anos de inúteis e estúpidas burocracias.

Como vimos neste exemplo, no tradicional sistema policial e judicial quem tem ideais de justiça e valores humanitários acaba por ser castigado pelo sistema. A polícia do meu bairro não aceitou a minha colaboração, mandou-me para outra distante, perdi uma tarde a deslocar-me lá por ideais de justiça, fui mal recebido, chamaram-me lá outra vez para nada e escreveram-me uma carta com 8 artigos em vez de escreverem um simples postal aos vigaristas convidando-os a comparecer e darem explicações. Com o sistema tradicional talvez os vigaristas nem comparecessem. Mas ao menos talvez tivessem medo de continuar descaradamente com essas vigarices. Numa "NOVA JUSTIÇA" se os vigaristas não comparecessem a um simples chamamento e continuassem com as suas vigarices seriam condenados a indemnizar as vítimas e a sociedade com grandes multas ou prisão com trabalhos forçados.

Há um grande vigarista que anda há dez anos a viver com milhares de contos que me custaram muito a ganhar. Depois de ter sido alojado e alimentado por mi durante vários meses, tratado como um amigo e mais bem recebido na minha roullote do que pelos familiares nas luxuosas vivendas, com vigarices e ameaças mafiosas apanhou-me tudo o que tinha e desapareceu. Com a Justiça tradicional ele só foi condenado a pagar uma parte das vigarices e a 9 meses de prisão. Mas como além de ser um grande vigarista é também um "GRANDE ADVOGADO" e a Justiça tradicional aquilo que se sabe, nem me pagou nada nem foi para a prisão.

Na "NOVA JUSTIÇA" como eu a idealizo, bastaria uma única lei que se sobrepusesse a todas as outras, juizes de bom senso que até poderiam ser analfabetos mas mais honestos e com mais bom senso de Justiça do que o juiz que no Governo de Andreotti fez a carreira mais espectacular de toda a história judicial da "PÁTRIA DO DIREITO", para revolucionarem não só a Justiça como toda a sociedade. Bastaria decretar a honestidade e bom senso de justiça acima de qualquer lei. Quem por meios menos honestos tentasse servir-se das tradicionais leis para fazer vigarices pagaria as consequências.

Contra a tradicional "IRRESPONSABILIDADE" dos Juízes eu proponho um aumento da responsabilidade acompanhada de um aumento de poder, de liberdade e de regalias. Como explico no meu livro "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA" onde falo da inteligência das galinhas e da estupidez do tradicional sistema, um juiz deve fazer carreira pela sua honestidade, competência, inteligência e bom senso de justiça e não por rebuscar leis para julgar ao serviço do poder, seja ele mafioso, corrupto-democrático ou democrático. Na Itália, enquanto Andreotti esteve no poder, subiu em menos tempo a Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a pessoa com menos bom senso de justiça de que eu tive conhecimento não só em meios judiciais mas mesmo de normais cidadãos. Por faltar um selo num documento pôs em liberdade um grande criminoso implicado em dois sequestros de pessoas. Andreotti, depois de sete anos de processo com acusação de associação mafiosa foi absolvido. Mas a meu ver é moralmente responsável do poder que lhe veio da mafia, de não a ter combatido eficazmente e de ter governado com um sistema judicial impotente frente à mafia. Andreotti nega a sua interferência na subida desse juiz conhecido por "mata sentenças" por ter libertado milhares de mafiosos condenados nos outros tribunais e que por meios suspeitos eram depois canalizados para ele e absolvidos. Mas na verdade, como principal político, também era o principal responsável por tal situação.

Após a queda de Andreotti esse juiz foi "condenado" a seis anos de férias à custa dos mais honestos contribuintes. Foi suspenso das funções mas continuou a ganhar o mesmo ficando em casa. Aqui vemos como o tradicional sistema não só permite fazer melhor carreira a quem menos merece com dá prémios aos mais incompetentes.

Na "NOVA JUSTIÇA" como eu a idealizo, os mais honestos, inteligentes e com bom senso de Justiça subiriam nas estruturas policiais e judiciais, mas seriam responsabilizados e desceriam quando as suas decisões não se mostrassem à altura das responsabilidades. Numa tal estrutura judicial nem o juiz "mata sentenças" subiria a Presidente do Supremo Tribunal de Justiça nem passaria seis anos de férias à custa dos mais honestos contribuintes.

Este século foi chamado por Mário Soares o "SÉCULO DO POVO" o "SÉCULO DAS DEMOCRACIAS". Mas a verdadeira democracia foi muitas vezes corrompida por diversos esquemas. Vejamos alguns:

No Brasil chegou a Presidente um senhor com uma grande campanha publicitária anunciando luta contra a corrupção, paga com o dinheiro da futura corrupção. A melhor agência de publicidade do país sabia que a principal qualidade desejada num político seria a luta contra a corrupção. Um dos maiores milionários do país pagou uma luxuosa campanha publicitária para colocar no poder um amigo que naturalmente seria grato conduzindo a economia do país de modo a favorecer o amigo que o colocara no poder.

Em Itália, um grande vigarista, já popular por ser um "play-boy" da televisão, apareceu nas primeiras páginas dos jornais e dos noticiários televisivos por uma grande vigarice aos danos do Estado: durante vários anos recebeu salário do Estando comparecendo só raras vezes e apresentando centenas de atestados médicos duvidosos. Pouco depois fui surpreendido por ler nos jornais italianos que ele era um dos políticos mais solicitados por vários partidos. Anos depois encontrei-o todos os dias na televisão de Berlusconi a dar lições de moral. O seu tema preferido era pôr em ridículo Antonio Di Pietro, o juiz que se tornara a personalidade mais popular de Itália ao atacar a corrupção política de Itália, incluindo Berlusconi. Mais surpreendido fiquei ao ver que em certas regiões de Itália esse vigarista tinha mais preferências para o Parlamento Europeu do que Antonio Di Pietro.

Posso estar errado mas eu penso que um play-boy vigarista que sabe falar bem na televisão e está ao lado do poder de informação tem mais possibilidades de subir na política italiana do que um honesto juiz cuja competência ficou bem demonstrada ao realizar uma autêntica revolução judicial, política e moral da sociedade italiana ou mesmo europeia. De facto eu penso que pelas repercussões que teve em toda a Europa serviu de exemplo a muitos outros ataques aos poderes corruptos.

DP991124

Escrevi mais de 30 cartas, enviei dezenas de faxes e muitos telefonemas convidando para uma conferência com entrada livre sobre um tema que me parece importante: "CRÍTICA DE UM SÉCULO E IDEIAS PARA UM SÉCULO MELHOR" E APRESENTAÇÃO DE JIIMM ...

Não apareceu uma única pessoa.

Abri um jornal e vi meia página dedicada a um político que quer continuar no seu posto "por deleite e por prazer, o que espera se mantenha por muitos e venturosos anos ..."  Como se diz no subtítulo: "...os políticos e os jornalistas devem cimentar laços de parceria". Começa assim: "Motivado por um sentimento de puro cavalheirismo e alto sentimento de confraternização ... e imbuídos no mesmo sentimento de fraternal e são convívio, estiveram presentes jornalistas do ..." (5 jornais, 7 rádios e 3 televisões).

Pergunto a mi próprio se isto não é uma forma de corrupção da política e do jornalismo: Com o dinheiro dos mais honestos contribuintes, com o trabalho de funcionários pagos pelos mais honestos contribuintes, no hotel mais luxuoso da cidade, um político que quer continuar no poleiro chama os órgãos de informação para uma "mesa recheada das mais saborosas e apetitosas vitualhas, devidamente acompanhadas pelo capitoso néctar de Baco." Um político concorrente que usasse melhor os impostos dos mais honestos contribuintes seria provavelmente mais digno de fazer carreira na política. Um jornal que criticasse o mau uso do dinheiro dos contribuintes e fosse descobrir os eficientes políticos que se consagram de corpo e alma à sua missão social, estaria a fazer um melhor jornalismo e um serviço público melhor. Esses "laços de parceria" entre políticos e jornalistas não constituirão um perigo para a democracia e para o jornalismo? Acabamos por ser governados pelos políticos que melhor usam o dinheiro dos mais honestos contribuintes ou por aqueles que melhor açambarcaram recursos naturais, bens sociais e impostos para manobrarem ou corromperem os órgãos de informação e influenciarem o voto?

Vim a Portugal oferecer gratuitamente através da Internet milhares de horas de trabalho na esperança de dar o meu contributo para um mundo melhor. Foi-me cedido um espaço público para dar uma conferência mas depois foi-me recusado. Ofereci gratuitamente os meus textos aos órgãos de informação mas nem sequer foram consultados. Eu estou convencido que tenho mensagens mais importantes e mais úteis do que muitas que se publicam. Será falsa presunção?

DF991125

FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS, CORRUPÇÃO DA POLÍTICA E PROSTITUIÇÃO DA DEMOCRACIA

    O Presidente da República subiu pontos na minha consideração por ter respondido à minha carta e por estar a pressionar uma lei que proíbe às empresas de financiar os partidos. Não acredito que tenha lido a minha carta mas é possível que alguém que a leu e que tenha consultado JIIMM lhe tenha sugerido ...

    O financiamento dos partidos pode ser um meio de corrupção da política e prostituição da democracia: Grandes empresas podem manobrar cordelinhos e pagar luxuosas campanhas publicitárias para colocar no poder não os políticos mais honestos e competentes mas sim os mais corruptos e marionetes que passarão a vida ao serviço de quem lhes comprou a carreira. No meu livro "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS" há um senhor que poluiu meio mundo para que todos ficassem a saber que era "um homem de confiança". Constou publicamente que uma parte dessa poluição foi financiada  por uma empresa. Imaginem que chegava a Presidente da República das Bananas e o "Zé Justo" lhe perguntava se seria da confiança dos eleitores ou da empresa que tinha convencido os eleitores!?  

Mas há um outro aspecto que pode ainda ser pior: quando os políticos usam dinheiro público para fazerem campanhas promocionais próprias ou do partido. Os contribuintes podem estar a pagar impostos para serem enganados: se um político usa 100% do dinheiro dos contribuintes para bem da sociedade e outro usa só 50% e com os restantes 50% oferece jantares aos jornalistas, corrompe de forma sofisticada e faz grande publicidade do que fez ... é muito provável que tenha mais votos o mais corrupto e incompetente. É como se um indivíduo fosse às p... com o ordenado da mulher.

LB1BRC (LB= Texto para  livro em preparação: "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA")

A BICICLETA ROUBADA E A CONTINUAÇÃO DA INJUSTIÇA DA JUSTIÇA, ESTUPIDEZ E ATRASO DE VIDA

    A história judiciária trágico-estúpida da bicicleta roubada arrasta-se há vários anos. Pensava que tinha terminado quando me comunicaram que o ladrão foi condenado mas já não tinha a bicicleta. Enganei-me e parece que vou ter mais problemas por mais uns anos. Com isto o tradicional sistema policial e judicial dá uma lição aos mais honestos cidadãos: se forem vítimas de ladrões e criminosos é melhor não se meterem com a polícia e com a Justiça porque senão ainda lhes acontece pior.    

    No dia 25.11.99 a polícia encontrou-me em casa depois de várias tentativas enquanto eu andava pelo Japão e Itália. Tive que assinar a notificação para me apresentar em tribunal dentro de cerca de meio ano como testemunha. Fui ao Tribunal saber de que se tratava e explicar que não estarei em Portugal nessa data.  Já tive de me deslocar pelo menos 5 vezes e talvez a polícia já se tenha deslocado ainda mais vezes. Nesse dia só perdi uma hora e meia porque fui perto e de carro. Mas das outras vezes perdi várias horas, fiquei com meio dia estragado em deslocações e outro meio a escrever para descarregar a agressividade causada pela frustração de ver tanta estupidez e injustiça. Se fosse pago como alguns técnicos com menos formação do que eu já dava para comprar várias bicicletas como a que me roubaram. E para quê? Para repetir o pouco que sei e continuarem a escrever o nome do meu pai, da minha mãe e de tanta estupidez que nada interessa para o caso? Recordo que de uma vez estiveram meia hora para escrever coisas que já tinham sido escritas. Numa sociedade racional com uns segundos ao telefone evitavam-se  deslocações e enormes perdas de tempo. Mas os tribunais parece que ainda desconhecem os telefones. Como disse o popular apresentador da TV italiana Lubrano: "Quando entramos num tribunal parece que retrocedemos um século". Numa sociedade racional bastaria uma única palavra ao telefone para evitar as deslocações de um polícia a minha casa, uma deslocação minha a uma polícia para assinar um auto de notificação e mais uma deslocação a outra polícia. Tudo isto se evitaria se pegassem no telefone e me perguntassem: "É o Sr. ... ? Confirma o que declarou ...?" Bastaria eu dizer: "Confirmo" para substituir com uma palavra tanta estúpida burocracia. Mas mesmo isto seria evitado numa "NOVA JUSTIÇA". Numa sociedade racional e normal a maioria das pessoas e na maioria das vezes diz a verdade e basta dizer as coisas uma vez. Só uma pequena parte de marginais e vigaristas fogem à regra. A Justiça tradicional trata muitas vezes os mais honestos cidadãos como os marginais com os quais está habituada a lidar. Numa "NOVA JUSTIÇA" como eu a idealizo no futuro bastariam poucos minutos ao telefone: depois de dizer nome e eventualmente me identificar com um código como faz o Banco 7, apresentaria a minha queixa que ficaria gravada. Entretanto a polícia poderia consultar um computador e saber se faço parte da maioria dos mais honestos cidadãos, se sou marginal ou algum típico queixinhas sem motivo. Com algumas perguntas que julgasse oportuno o polícia poderia resolver logo a questão, arquivá-la, deixá-la para segundo plano ou dar-lhe prioridade de tratamento. Nesta situação eu só voltaria a ser disturbado se tivesse mentido, ocultado algo fundamental ou posterior esclarecimento com um mínimo de distúrbio. Mas nunca fazerem-me passar por este calvário em troca de denunciar uma bicicleta que me foi roubada durante meia hora a arrombarem o cadeado perante os olhares de muita gente a dois passos da polícia numa rua central de Lisboa. Com uma "NOVA JUSTIÇA" qualquer pessoa teria telefonado à polícia e o ladrão seria apanhado no acto. Com a Justiça tradicional ninguém quer colaborar porque as suas injustiças, ingratidões e tratamento dos mais honestos cidadãos como criminosos são demasiado conhecidas.  

     Este é um exemplo típico: em troca colaborar com o tradicional sistema, depois de tantos distúrbios, fui convocado para me apresentar em tribunal como testemunha. Naquela data estarei provavelmente em Itália. Mas poderei estar no Japão ou em qualquer parte do mundo. Se não me apresentar nem arranjar uma justificação "legal" poderei pagar no mínimo o valor de duas bicicletas mas poderei pagar o equivalente a uma dezena ou mais.

    Por me queixar de me terem roubado uma bicicleta o tradicional sistema policial e judicial condena-me a danos de várias bicicletas. Por outro lado os mais honestos contribuintes são condenados ao pagamento de dezenas ou centenas de bicicletas, (até o advogado de defesa vai ser pago pelos contribuintes), para um resultado insignificante: a bicicleta não é devolvida porque já foi vendida e não paga nada porque não tem dinheiro.  Não haverá pessoas com inteligência, bom senso e poder de mudar tanta injustiça e estupidez?

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JUSTICEIROS: CRIMINOSOS OU HERÓIS?

   Em Quebradas, no Cartaxo, uma aldeia com centenas de habitantes, António, um homem bom e amado pela população foi assassinado com um tiro nas costas por José Campos, um violento criminoso com perturbações mentais muito odiado. A polícia prendeu-o à tarde mas à noite já estava livre em casa. A população enfurecida foi a casa dele, matou-o e pendurou-o a uma oliveira. Passados 15 anos o Supremo Tribunal mandou abrir o processo e 15 arguidos estão agora no banco dos réus mas parece que os assassinos foram outros. Quantas vítimas inocentes se salvariam se os tribunais se ocupassem dos autênticos criminosos em vez de se ocuparem de justiceiros ocasionais que mataram um autêntico criminoso? Estes justiceiros serão criminosos ou heróis de um mundo melhor? Tudo depende dos pontos de vista: para os Juízes do Supremo que se consideram os únicos com direito a castigar os crimes são criminosos; para uma população que vê a ineficiência da Justiça e pensa que os crimes devem ser castigados, se aqueles que são pagos para fazerem justiça a não fazem, os voluntários que se arriscam à prisão para castigarem os crimes são certamente heróis. Não será mais criminoso o sistema judicial que já devia ter prendido há mais tempo aquele criminoso ou que ao menos após um assassínio o devia ter mantido prezo em vez de o soltar no próprio dia?

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DF991129

ESPECTÁCULOS, CULTURA, COMUNISMO, CAPITALISMO E JUSTIÇA

    Recordo quando fui actuar a um país comunista, (RDA), há mais de vinte anos e ouvi dizer que o preço dos bilhetes só pagava 10% dos custos do espectáculo apesar da lotação esgotada. Pensei que era uma injustiça que todo o povo pagasse 90% de um espectáculo que só uma minoria podia ver. Pensei que era mais justo o sistema capitalista em que quem via os espectáculos pagava-os. Agora actuei em Portugal num edifício público, recebendo uma percentagem dos bilhetes, tendo mesmo por cima a fazer-me concorrência espectáculos em condições semelhantes aos de um país comunista há mais de vinte anos. Quem quis ir aos meus espectáculos teve que pagar impostos para os cachés dos artistas que actuaram por cima, para toda a luxuosa publicidade que invadiu Lisboa, para todas as condições de um luxuoso espectáculo. Eu nem tive direito a um técnico de luzes e som, tive que fazer eu tudo pois se pagasse mesmo a um técnico amador nem ganhava para lhe pagar.

    À semelhança dos comunistas todos pagam para alguns espectáculos que poucos querem ou podem ver. Mas nos países comunistas todos os espectáculos eram subsidiados. Neste capitalismo com toques culturais em estilo comunista há uns espectáculos castigados com impostos que vão alimentar a concorrência. Se certos tipos de espectáculos anti-sociais fossem penalizados com impostos que servissem para outros mais sociais seria uma injustiça desculpável. Mas se sucedo o contrário?

    Fui várias vezes convidado a ir aos países comunistas, o ano passado fui seleccionado por uma delegação japonesa para representar Portugal na     maior manifestação de espectáculos de rua do Japão e fui tão bem recebido que voltei em menos de um ano. Só num dia, com o dinheiro que as pessoas espontaneamente ofereciam por gostarem do espectáculo, fiz mais de cem contos. Actuando em Portugal com insignificante publicidade em concorrência com as "Danças na Cidade" foi um fracasso de bilheteira. Alguém que viu o meu espectáculo e outro das "Danças na Cidade" disse-me: "Gostei mais do seu espectáculo. Não percebo deste tipo de danças". Senti a consolação de não ser eu o único. 

    Porque é que uns espectáculos do gosto da maioria da população são castigados com impostos para subsidiar outros geralmente ditos culturais e só ao gosto de algumas elites?

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A JUSTIÇA DOS PODEROSOS

    Li num jornal que após 14 anos de lutas judiciais a RTP pagou 74 mil contos de indemnização a João Rocha por um "sketch" do Herman. Será justo? Será possível que uma brincadeira para rir ofenda uma pessoa a tal ponto e tenha um tal preço? O riso dos portugueses deve tornar-se amarelo ao saberem que pagarão os prejuízos da RTP, incluindo uma tal soma por uma piada.

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CARJP2

CARTAS ABERTAS AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA EM PORTUGAL

2 - A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA E  BOM SENSO PARA UM MUNDO MELHOR

    Por ter apresentado queixa de uma bicicleta que me roubaram já fiz 6 deslocações e se não fizer mais uma de Itália a Portugal nem justificar com meios legais terei de pagar o equivalente entre duas e dez bicicletas. A polícia deve ter-se deslocado umas dezenas de vezes a minha casa ou longo de vários anos que se arrasta o caso para me encontrar pessoalmente, me  entregar um papel, receber a minha assinatura, para eu ir a outra polícia levantar outro papel e com ele ir a outra polícia dizer o nome do meu pai, da mãe ... repetir o que já disse e escrevi, pôr mais uma assinatura ... e depois de ir tantas vezes às diferentes polícias e de estar farto de repetir o pouco que sei ainda querem que me desloque de Itália a Portugal para dizer mais uma vez frente a um juiz que me roubaram uma bicicleta enquanto entrei num teatro, que dezenas de pessoas viram o ladrão estar cerca de meia hora para arrombar o cadeado, com uma esquadra de polícia a dois passos e só uma pessoa telefonou á polícia e só esta quis ser testemunha do que viu.

    Com uma "NOVA JUSTIÇA" num mundo melhor, uma das dezenas de pessoas que viram o ladrão ocupado meia hora para romper o cadeado teria telefonado à polícia ou teria ido pessoalmente, o ladrão seria apanhado e condenado imediatamente ao pagamento de várias bicicletas ou a ir para uma "CASA DE TRABALHO E EDUCAÇÃO", (em substituição das tradicionais escolas do crime). Com seu trabalho pagaria uma bicicleta para a pessoa que chamou a polícia, (evidentemente que o ladrão nunca, mas mesmo NUNCA, deveria saber quem o denunciou e chamou a polícia), uma bicicleta para o Estado para este pagar ao polícia que o prendeu e julgou, várias bicicletas para um fundo destinado a indemnizar as vítimas de outros roubos que provavelmente fez.

    Com um tal sistema simples e eficiente, sem papeladas com o nome do meu pai e da minha mãe que nunca percebi porque eram para ali chamados, sem tanta estúpida burocracia a castigar quem colabora com a Justiça, aplicando os princípios psicológicos mais elementares que todo o domador de circo conhece, juntando um pouco de bom senso teríamos um mundo melhor, com menos ladrões, vigaristas e criminosos.

    A Justiça está a ser mais injusta comigo e com os mais honestos contribuintes do que o próprio ladrão: exige-me o equivalente a várias bicicletas em troca de colaborar para castigarem o ladrão e evitar que ele continue a roubar e outros continuem a ser vítimas.  Isto contribui para que ninguém queira colaborar com a Polícia ou a Justiça. Dessa falta de colaboração resulta grande parte da falta de eficiência. Por outro lado a Justiça tradicional é injusta com os mais honestos contribuintes: os impostos dos mais honestos contribuintes pagam polícias para andarem caminha de minha casa à procura de me encontrarem para terem a minha assinatura num papel, pagam polícias para me receberem com um papel, entregar outro e assinar, pagam a outro para voltar a perguntar-me o nome do meu pai, da minha mãe, voltar a escrever o que já disse e já foi escrito, pagam a um juiz para ler o que já foi escrito várias vezes e voltar a perguntar-mo... , e pagam para um advogado que o irá defender. E tudo isto para quê? Para deixarem o ladrão em liberdade e continuar a roubar? Ou para o meterem nas tradicionais escolas do crime a viver à custa dos mais honestos contribuintes para ao sair continuar a fazer o mesmo?

A solução passa por um mínimo de bom senso e uma "NOVA JUSTIÇA" com novas leis ou relativisar o valor das existentes. A polícia deveria ser instruída no sentido de se tornar útil aos cidadãos com respeito pelos mais honestos contribuintes que lhes pagam os ordenados. Em vez de andarem à caça da multa a quem não está a prejudicar os outros devem ocupar-se dos problemas que afectam mais os cidadãos e da maneira de os resolver.(Cf.: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm/CAP: CARTA ABERTA À POLÍCIA / ASSUNTO: AS LEIS E O BOM SENSO DE UTILIDADE PÚBLICA). Em vez da tradicional estupidificação dos polícias, ( à semelhança do que diz José Saramago a propósito do seu pai que sendo polícia só tinha que respeitar os superiores), devem ser dignificados e estimulados à eficiência criativa com prémios em vez de só castigados se não fazem o que mandam as leis e os seus superiores. Os polícias devem ter a liberdade de não cumprirem leis e de se sobreporem às leis desde que um evidente bom senso mostre claramente que isso só traz benefícios à sociedade e  contribui para uma melhor Justiça e para um mundo melhor. Naturalmente que essa liberdade deve ser acompanhada de responsabilidade e devem ser severamente castigados os abusos. Muitos casos que emperram os tribunais poderiam ser resolvidos muito melhor imediatamente por um polícia que até pode não conhecer as leis mas tem um mínimo de bom senso e um máximo de honestidade e boa vontade. As leis, muitas vezes feitas por vigaristas em lugares longínquos, num tempo distante, totalmente desadaptadas da situação actual e muito mais desadaptadas daquele caso concreto podem não ser melhores do que um mínimo de bom senso mesmo contrário às leis.  (Cf.: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm/LB1IG =A INTELIGÊNCIA DAS GALINHAS E A ESTUPIDEZ NOS SISTEMAS POLICIAIS E JUDICIAIS TRADICIONAIS).  

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DP991202 (DP = DIÁRIO PESSOAL, BANALIDADES QUE SÓ ME PODEM INTERESSAR UM DIA PARA ME RIR DE MI ... OU TALVEZ INTERESSEM PARA COMPLETAR OU COMPREENDER MELHOR O QUE ESCREVO)

    Passei um dia inteiro em casa. Até cozinhei o que já não fazia há mais de meio ano. Revi apontamentos e encontrei cartas que escrevi a anteriores ministros, Presidentes, etc., com dezenas de folhas de artigos publicados ou inéditos. Pessoalmente não vi resultados mas várias vezes tive a sensação de que a política se encaminhava no sentido do que eu escrevi. Agora li nos jornais declarações do Presidente da República no Parlamento que ou foram inspiradas numa carta que lhe escrevi semanas antes ou foi coincidência de ideias. De qualquer forma seguiram várias outras cartas para os principais responsáveis da Justiça em Portugal. Não creio que sejam lidas por eles mas talvez alguém as leia que lhes dê sugestões.

    Li duas entrevistas com José Saramago que me impressionaram pela sua personalidade e bondade. Muitos prémios são meios de premiar e estimular comportamentos, talvez mais do que ideologias. Num momento em que o comunismo parece agonizante foi premiado com o Prémio Nobel um ateu e comunista confesso.

    Gostaria de lhe fazer uma entrevista via E-mail. Talvez alguma editora dos seus livros me dê um jeito nesse sentido em troca de divulgação da sua obra.

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DP991204

VULCÃO DE EMOÇÕES, IDEIAS E ...  JUSTIÇA

    Sinto-me com um vulcão de emoções ideias e indignação contra tanta estupidez dos sistemas tradicionais. As ideias brotam e escapam-me umas a seguir às outras sem controle. Sentei-me, liguei o computador e escrevi aquilo que sinto serem tão    "palavra de Deus" como os textos inspirados da "Bíblia"    apesar de conter ... (três pontos) que substituem palavrões. Mas talvez esses palavrões sejam menos imorais do que certos relatos bíblicos de atrocidades piores do que as piores do Kosovo, Angola ou Uganda mas perfeitamente desculpáveis por um Deus muito generoso com o seu "povo eleito". Passemos aos factos que fizeram acordar este vulcão:

    Ontem à noite ia sair e o carro não dava sinal de bateria. Comecei a imaginar que neste fim de semana tinha um espectáculo longe de Lisboa e não ganhava para pagar um taxi. Tive um transtorno menor mas recordei o caso de uns marginais que romperam as rodas de milhares de carros num bairro de Lisboa. Imaginei as tragédias que devem ter causado a milhares de pessoas que se viram impossibilitadas de satisfazer os seus compromissos e por depararem com os carros com todas as rodas esfaqueadas. Recordo que conforme notícias divulgadas várias pessoas viram mas nenhuma fez nada nem chamou a polícia. Quem quiser compreender porque ninguém fez nada leia os meus escritos sobre     as bicicletas roubadas: "CARJP2: CARTAS ABERTAS AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA EM PORTUGAL / 2 - A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA E   BOM SENSO PARA UM MUNDO MELHOR", "LB1BR= A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, O TRABALHO INÚTIL E ANTI-SOCIAL DA POLÍCIA, ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DOS SISTEMAS POLICIAL E JUDICIAL".

    Hoje fui ver o carro à luz do dia e reparei logo que o tampão estava aberto. As portas estavam fechadas, nada estava estragado excepto o tampão que estava aberto. Abri e não tinha bateria. Tinha sido obra de especialista que não tinha estragado nada a não ser a fechadura do tampão.

    Comecei a pensar que se meto uma bateria nova me vai acontecer o mesmo. Senti a satisfação de em breve sair deste meio. Mas ainda faltam duas semanas e preciso do carro. Pensei então escrever o texto que segue, fotocopiá-lo e distribui-lo de noite pela rua:

    "MORTE AOS LADRÕES

    MIL CONTOS A QUEM MATAR QUALQUER LADRÃO APANHADO EM FLAGRANTE

    A Associação "FANÁTICOS DE UM MUNDO MELHOR", (FMM), dará um prémio de mil contos a quem matar qualquer ladrão apanhado em flagrante.

    Esta associação conta com a aderência de vários estabelecimentos e pessoas de bem que não suportam a ladroagem perante a ineficácia do tradicional sistema policial e judicial. Embora FMM seja ainda um grupo clandestino, tem já infiltrados no sistema judicial o "CLUBE DOS JUÍZES COM JUÍZO" empenhados numa renovação do sistema judicial que permita restabelecer a eficiência e a credibilidade do sistema Judicial. Os justiceiros que matarem qualquer ladrão não só não serão condenados como serão considerados heróis de um mundo melhor. Conseguimos mecanismos de encaminhar o julgamento de qualquer herói-justiceiro para um "JUIZ COM JUÍZO" que o absolverá. Os Juízes sem juízo serão pressionados a ter juízo para restabelecer a credibilidade do sistema Judicial. Os criativos da FMM estão já a preparar um programa de televisão chamado "TRIBUNAL DO BOM SENSO"  onde os Juízes sem juízo serão postos em ridículo e julgados pela opinião pública.

    Os FMM contam com o apoio de todas as pessoas de bem para a maior revolução moral, judicial e política de todos os tempos.

              FANÁTICOS DE UM MUNDO MELHOR".

    Entrei num café, contei o caso da bateria roubada e alguém disse:

"- Aposto que já sei quem foi!"

    "- O M..." - disseram todos os presentes ao mesmo tempo. E seguiu-se a conversa sobre ele:

    "Já há muito tempo que não passava por estes lados mas vi-o há dias aqui ..."

    "Uma vez foi ali à garagem ... com uma bateria a perguntar se lha queriam comprar. O ... pegou na bateria, viu que era uma que lhe tinham roubado dias antes de um carro e disse-lhe que se não desaparecia e voltava a roubar-lhe mais alguma bateria levava com ela nos cornos".

    Recordei então que uns dias antes eu o tinha encontrado. Trazia no bolso uma carta que eu lhe tinha escrito com uma declaração que eu lhe tinha pedido para assinar sobre o valor de um carro que ele reparara. Assinou e pediu-me dinheiro. Recusei e deixei-o a resmungar ameaças. Já lhe tinha dado 5 contos para aceitar ser testemunha do valor do carro e tinha prometido dar-lhe mais dez se recuperar em tribunal parte do valor de um carro que ficou destruído num acidente. Fiquei sem dúvidas de que foi ele. Até porque uns dias antes tinha posto no carro um cartaz meu bem à vista, esse tipo de roubos é inédito na zona, sendo ele mecânico, drogado e ladrão tudo me faz pensar que foi ele. Por curiosidade fui a outro café e perguntei:

    -" Roubaram-me a bateria do carro. Adivinhem quem foi?"

    _ "Foi o M..." - disseram duas pessoas ao mesmo tempo. E uma acrescentou:

    - "Só podia ser ele".

    Depois contaram-me que o viram aos pontapés no cano de escape do meu carro anterior para o estragar e para lho mandar compor. Seguiu-se um rosário de roubos e vigarices que ele fez.

    Na última vez que recorri aos seus serviços, tinha uma luz vermelha a piscar no carro. A luz deixou de piscar mas quando por acaso fui  a um mecânico de minha inteira confiança mostrou-me que tinham cortado um fio que dava aviso da falta de um líquido e que se não reparava aquilo arruinava o motor. Levou-me dinheiro por estragar mais. Contaram-me que fez a outros vigarices idênticas: deixava um tubo da gasolina torcido nos carros que reparava para depois voltar a reparar esses carros limitando-se e endireitar os tubos e dizer que tinham levado um novo.

    Fui à polícia mas logo me avisaram: "Se não tem provas não pode fazer nada. Pode apresentar queixa ... Pode ir para tribunal ...

    Recordei os trabalhos por que passei para nada por causa de uma bicicleta que me roubaram e em que até havia testemunhas. Perguntei se não podiam ir pesquisar a sua casa para ver se encontravam a bateria... Nada disso. Com a estupidez do tradicional sistema um polícia pago pelos mais honestos contribuintes deslocar-se-ia dezenas de vezes a minha casa até me encontrar para assinar um papel para eu ir meia dúzia de vezes à polícia dizer o nome do meu pai e da minha mãe, escreverem novamente aquilo de que me queixava, e passados anos convidarem-me a ir mais uma vez à polícia para assinar mais um papel e justificarem o arquivamento do processo com uma dezena de artigos. Entretanto encontraria o meu carro com as rodas todas furadas ou todo destruído, a casa assaltada, telhado partido etc.

    Estou convencido que se a polícia fosse hoje a casa do M... encontraria a minha bateria mais um arsenal de coisas roubadas. Estou convencido que se o polícia que veio a minha casa dezenas de vezes por causa da bicicleta roubada ocupasse o mesmo tempo a seguir M... e tantos típicos ladrões que toda a gente conhece menos a polícia e muito menos os Juízes, encontraria o equivalente a muitas bicicletas roubadas e podiam meter numa ""CASA DE TRABALHO E EDUCAÇÃO" muitos dos ladrões e criminosos que passam a vida a causar tragédias aos mais honestos cidadãos.       

    Passo a anotar ideias para mais uma das:

    CARTAS ABERTAS AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA EM PORTUGAL

    N.º 3, ASSUNTO: OS TÍPICOS DROGADOS LADRÕES E CRIMINOSOS E A TÍPICA ESTUPIDEZ NOS TRADICIONAIS SISTEMAS POLICIAIS E JUDICIAIS

    Contradizendo o Sr. Ministro da Justiça quando diz que sem meios humanos não se pode ter melhor Justiça, bastaria reduzir um pouco da estupidez dos sistemas tradicionais para melhorar dezenas ou centenas de vezes a Justiça. Bastaria um pouco menos de estupidificação dos meios humanos e um melhor aproveitamento dos recursos humanos existentes. Para isso bastaria os conhecimentos mais elementares de Psicologia que qualquer analfabeto domador de circo conhece por experiência com os animais: OS COMPORTAMENTOS PREMIADOS TENDEM A REPETIR-SE E OS CASTIGADOS TENDEM A SER EVITADOS. Não falarei de Portugal em concreto. O que já escrevi sobre Portugal e coloquei gratuitamente à disposição da Humanidade via Internet, aplicando-me as leis de Portugal como têm sido aplicadas tradicionalmente, condenar-me-iam a muitos anos de prisão. Mas tenho esperança de quando chegarem a ler o que me levaria à prisão, já tenham lido outras coisas que os envergonhem de continuar a aplicar as tradicionais leis da tradicional Justiça. Falarei de Itália que soará como uma fábula num país longínquo. Em Itália os polícias são considerados estúpidos. Existem mesmo anedotas ditas de polícias em que no cumulo da estupidez está sempre um polícia. Isso reflecte uma realidade autêntica: em geral os polícias em Itália são os mais estúpidos da sociedade. Porquê? Porque só os mais estúpidos se sujeitam à profissão com mais riscos, mais depreciada socialmente, com piores condições e mais mal paga de Itália. Um polícia, em Itália, ganha menos e vive em piores condições do que um mafioso confesso de dezenas de assassinos que se decide colaborar com  Justiça, conta umas verdades mais umas mentiras como meio de vingança. Isto contribui para que só os mais estúpidos se tornem polícias. Depois o sistema ainda os estupidifica mais: os que não se limitam a obedecer e a colaborar com a corrupção dos superiores são castigados. Um polícia que cumprindo a lei foi incómodo com um político foi castigado indirectamente sem precisarem de lhe dar qualquer explicação: pura e simplesmente foi transferido para um extremo de Itália onde sabiam que ele menos gostaria de estar, longe da família.

    O primeiro passo para uma maior eficiência da polícia e da Justiça seria o justo prémio da eficiência e dos bons resultados. Se os polícias recebessem responsabilidades e prémios pelo bom desempenho da sua missão deixariam de ser estupidificados pela cega obediência aos superiores e poderiam tornar-se um fermento da evolução do sistema. Para muitos casos um julgamento imediato de um polícia com um mínimo de inteligência, honestidade e bom senso poderia ser melhor e mais justo do que um julgamento dez anos depois por sábios juízes aplicando sábias leis mas desadaptadas da situação concreta. Premiando e castigando continua a ser o melhor meio de moldar comportamentos, tanto para os animais como para os ladrões, polícias e juízes. Castigando delinquentes imediatamente, por mais desadaptado das leis que isso possa ser, tem grandes probabilidades de ser mais pedagógico e sobretudo menos injusto, do que a falta de castigo ou o castigo de inocentes.

    Em Portugal, os tradicionais sistemas policiais e judiciais,    muitas vezes castigam mais quem colabora com a Justiça do que os próprios criminosos. Daí resulta parte da falta de eficiência: toda a gente foge de entrar nas injustas e estúpidas burocracias dos tradicionais tribunais.

    Na maioria dos bairros das grandes cidades e mesmo de algumas vilas e aldeias vegetam os "TÍPICOS DROGADOS LADRÕES", (TDL). Por vezes toda a gente os conhece menos a Justiça. Ninguém se atreve a denunciá-los com medo das represálias por parte dos criminosos e do calvário do sistema judicial. Muita gente estaria disposta a denunciá-los e a colaborar com a Justiça se não se expusessem aos dois castigos. Imaginemos uma "NOVA  JUSTIÇA" em que o colaborador de Justiça era premiado com 10% dos benefícios sociais da sua colaboração, ou ao menos indemnizado pelos danos, ou ao menos não era tão estupidamente castigado pela Justiça nem exposto às represálias. Um simples polícia que até poderia ser analfabeto mas que tivesse um mínimo de inteligência, honestidade e bom senso, poderia fazer melhor Justiça do que no tradicional sistema dezenas de sumidades nos seus pedestais à espera que algumas vítimas ou algumas testemunhas  se vejam forçadas a testemunhar.

Por mais inteligentes que sejam as leis, por maior inteligência sabedoria e bom senso que tenha um juiz, dificilmente pode determinar no julgamento o tempo justo de detenção.    Até um analfabeto com razoável inteligência e prática nas prisões que acompanhe a evolução de um prezo pode saber melhor quando está em prováveis condições de entrar na sociedade em plena liberdade do que um sábio juiz no acto do julgamento ou o Presidente da República que amnistia um preso fugido da prisão.

DP991204

A BATERIA ROUBADA PELO TDL, A AUTO-ESTRADA QUE QUASE PAROU PELA FORÇA DO SENTIMENTALISMO E A PENA DE MORTE POR UMA F... NA DIANA

Passei o dia eufórico por me terem roubado a bateria do carro. Tudo o que fiz durante mais de dez horas esteve marcado por este facto. Recordo um amigo que me disse que viveu dois anos quase totalmente absorvido por um problema de luta por Justiça. Eu penso que a sua luta era mesquinha e sem sentido. Ele certamente pensará que a dele era um luta por uma causa justa e a minha insignificante. De um ponto de vista no meu caso está em questão uma quantia de 10 contos e no seu de alguns milhões de contos. De outro ponto de vista no meu caso estão em jogo milhões de casos de dez contos mais milhões de catástrofes que poderiam ser evitadas com uma "NOVA JUSTIÇA" e um pouco de bom senso . Trocando por miúdos do meu ponto de vista: 

O meu amigo tinha uma casa no campo muito tranquila e sossegada à qual estava muito afeiçoado por recordações de fazes da sua vida. Embora não tencionasse viver lá, a construção de uma auto-estrada a 100 metros, destruiria a tranquilidade daquele lugar de sonho. Lutou com todas as suas energias para impedir a construção da auto-estrada. Descobriu ilegalidades e escreveu cartas aos poderosos de Portugal e da Europa. Quase conseguiu impedir a continuação das obras porque havia uma lei internacional à qual Portugal deveria estar obrigado que previa um estudo ambiental prévio, etc. Legalmente até podia ter razão. Mas o bom senso e a utilidade social devem estar acima de qualquer lei. As leis feitas num momento histórico para responder a determinados problemas e em determinados contextos psicossociológicos podem deixar de ter valor algum tempo depois, num outro contexto, num outro lugar, ou em situações que legalmente podem ser as mesmas mas em que estão em jogo valores mais importantes. Não digo que as leis não tenham valor mas têm um valor relativo: estão, ou deviam estar, ao serviço do melhor bem social. Mas quando deixam de ser úteis ou não servem o fim para que foram criadas em determinados casos concretos devem ceder ao bom senso.

    Um rei que não gostava que lhe pusessem os cornos criou a pena máxima para o traidor à sua honra. Essa lei manteve-se durante séculos e um advogado chegou a defender que ainda não foi revogada e portanto se poderia aplicar ainda hoje. Imaginem o ridículo da pena de morte por uma f... na Diana!   

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    LZPD (Extracto do livro em preparação: "O Zé Justo no País das Bananas")

    PROSTITUIÇÃO DA DEONTOLOGIA OU O REVOLUCIONÁRIO PARANÓICO?

    O patrão da PTJ, (PETRÓLEOS TELEVISÕES E JORNAIS), teve uma reunião secreta com o PRB, (PRESIDENTE DA REPÚBLICA DAS BANANAS). Publicamente guerreavam-se honestamente como leais adversários mas secretamente sabiam que ambos tinham a República das Bananas para governar e era melhor colaborarem do que guerrearem-se. Nessa reunião entre eles planearam estrategicamente o que fariam e o que diriam em público. Naturalmente continuariam a guerrear-se publicamente mas com menos golpes baixos. Ambos eram poderosos: um tinha o dinheiro do petróleo para os investimentos nas televisões e jornais, outro tinha as televisões e jornais sob controle. Deste bi-pólio só escapava um jornaleco pobre em todos os sentidos: perdera os melhores jornalistas que tinham sido bem comprados pelos outros, boicotado na distribuição, acusado de falta de deontologia por parte dos meios de informação e das duas escolas de Jornalismo do bi-pólio, sem grandes receitas publicitárias, quase só ficara o director e este perdia o seu tempo a caminho dos tribunais.

    Vendo esgotados os meios de sobrevivência, antes de dar falência e fugir para o estrangeiro resolveu dar uma machadada na deontologia: prometeu publicidade gratuita a vários investigadores privados que lhe arranjassem roupa suja do bi-pólio. Um deles conseguiu pôr um micro na reunião secreta. Um dos pontos quentes dessa reunião estava na rebelião que estavam a provocar dois professores de deontologia das duas escolas de Jornalismo. Ficou acordado que o patrão do PTJ ofereceria um contrato irrecusável ao seu ilustre professor para ir para o Médio Oriente e o PRB ofereceria um posto diplomático na China ao outro professor.

O jornal saiu com o título: "PROSTITUIÇÃO DA DEONTOLOGIA E CORRUPÇÃO DA DEMOCRACIA".

    Quando o jornal começou a ser distribuído já o Director estava a milhas a dizer ao Zé Justo:

    -"Dinheiro é poder e corrompe tudo, até a Deontologia jornalística: as escolas de Jornalismo da República das Bananas não vêm os subtis meios psicológicos de prostituição da informação mas atacam violentamente o micro ilegal que salva a corrupção da democracia ..."

    O Zé Justo escutou-o de boca aberta sem saber se estava perante um missionário de uma nova deontologia jornalística ou um paranóico revolucionário.

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DP991204

    É meia noite. Passei o dia a digerir a revolta da bateria roubada e a escrever. Servirá para alguma coisa? Ou estarei a fazer o mesmo do amigo que queria parar a construção da auto-estrada para não disturbar a tranquilidade do seu paraíso?

DP991205

    Sinto-me preocupado, revoltado, com um problema igual a milhões de problemas que se resolveriam com um pouco de bom senso do sistema policial e judicial: um ladrão que toda a gente conhece e causa catástrofes em vez de trabalhar honestamente. Se o sistema premiasse quem colabora em vez de castigar como fazem os tradicionais sistemas policiais e judiciais, este ladrão já estaria reeducado e não andava a criar problemas e tragédias a tanta gente. Milhões de problemas e tragédias poderiam ser evitadas com uma "NOVA JUSTIÇA" e um mundo melhor.

  Amanhã seguirão mais umas cartas para o Ministro da Justiça e Provedor da Justiça esperando dar um contributo para a evolução dos sistemas e para um mundo melhor. (Cf.: DLAA).

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LZ2000

OVERDOSE DE INSOLÊNCIA MATA ZÉ JUSTO

(CARTA ABERTA AOS IRRESPONSÁVEIS DAS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA

Assunto: FAÇAM OUTRAS LEIS , OU CAGUEM NAS LEIS, MAS FAÇAM JUSTIÇA.)

Aos quarenta anos o Zé Justo ficou sem as suas economias. Um advogado que tinha sido seu amigo de universidade, que alojara alimentara por amizade durante um ano que teve dificuldades, no qual confiava a ponto de lhe entregar as chaves da sua casa, vigarizou-o legalmente de tal forma que a Justiça se declarou impotente para obter justiça. Durante dez anos gastou tudo o que ganhava para obter justiça, tentou modificar a Justiça mas encontrou a couraça da indiferença. Escreveu artigos que eram como ferroadas nos testículos dos responsáveis pelas injustiças se eles tivessem ... algum orgulho. Mas passavam ao lado pois os responsáveis eram sempre outros, muitos que já tinham morrido e deixado leis que podiam ser muito boas naquele tempo mas ficaram ultrapassadas com o aparecimento da televisão, telefone, fax e Internet.

Vegetou para sobreviver depois de ter sido um grande artista quando a sua personalidade transbordava o amor recebido e inspirava os diálogos do seu Pierrot e Columbina. Tinha sido o ventríloquo mais famoso nos seus tempos áureos e criava uma tal cumplicidade com o público que tanto era capaz de fazer aparecer lágrimas de tanto riso como de emoção. Agora transbordava ódio e só com máscaras poderia voltar a apresentar o seu Pierrot. Criou outra personagem o "Cunhas", criticou tudo e todos e fechou as melhores portas de trabalho.

Refugiou-se na solidão, despejou as suas lamentações no "Diário de um Falido" e tentou vendê-lo como quem vende a alma para viver. Mas o mundo já tinha demasiadas lamentações, ódios e vinganças. Nem a sua alma tinha valor.

Ouviu a Amália Rodrigues cantar: "Nasci para amar ... Amália sem amor não rima ... " e recordou quando actuou com ela no Estádio do Restelo para uma multidão entusiasmada. Também ele nascera com o mesmo fado para amar e transbordar amor mas agora só tinha ódio...

Recordou a escritora de êxito do momento dizer que só escrevia quando estava apaixonada. Ele era um apaixonado não correspondido, pagando talvez o preço de não ter correspondido à paixão certa no momento certo.

Todo o mundo se preparava para festejar o ano 2000 e o início de um novo século. Ele não estava para festas.

Num momento de desespero, como quem toma uma overdose mortal de insolência, revolta, ódio, justiça ou vingança, escreveu a tristemente ( ou felizmente? ) famosa "Carta aberta aos irresponsáveis das injustiças da Justiça". Gastou os últimos centavos a enviá-la por fax para um amigo que dirigia uma agência de notícias pedindo-lhe que a divulgasse juntamente com o seu projecto "Justiça ou Escândalo". No dia seguinte iniciaria a sua "peregrinação pela justiça" : com um cartaz dizendo: " FAÇAM OUTRAS LEIS OU CAGUEM NAS LEIS MAS FAÇAM JUSTIÇA" faria o percurso do Ministério da Justiça à Assembleia da República e bateria à porta de todos os jornais.

Naquela noite mal dormiu. Sucediam-se os pesadelos de se ver nas primeiras páginas dos jornais como um vagabundo em greve por justiça, de falarem muito, de não falarem nada, de ser apedrejado, de morrer de forma estranha...

De manhã parecia ainda mais cansado e acordou com outro projecto: Estava disposto a iniciar o ano 2000 com uma greve de fome até obter justiça. Em vez do cartaz pediria assinaturas no livro em que se leria na capa: " OS ABAIXO ASSINADOS PEDEM AOS RESPONSÁVEIS E IRRESPONSÁVEIS DA JUSTIÇA QUE FAÇAM OUTRAS LEIS OU CAGUEM NAS LEIS MAS FAÇAM JUSTIÇA."

Depois de outra noite mal dormida já pensava mudar de estratégia: PROJECTO DA JUSTA CHANTAGEM POR JUSTA CAUSA. E começou por escrever:

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DAS BANANAS

ASSUNTO: JUSTA CHANTAGEM POR UMA JUSTA CAUSA

Com as leis actuais do seu "Estado de Direito" há um grande vigarista a viver no luxo com o dinheiro do meu trabalho e da minha pobreza. Faça outras leis ou mande cagar nas leis mas faça-me justiça. Se não obtiver justiça com as suas leis pior para as leis e pior para o seu prestígio. O meu último dinheiro será para publicar um libro sobre as injustiças que permite e irei vendê-lo em greve de fome à sua porta.

(Extracto de: "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS", livro de ficção em preparação. Qualquer semelhança com factos reais pode ser coincidência).

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DL991208

    Um amigo disse-me:

    -"Porque não fazes jornalismo só por prazer e te dedicas àquilo em que tu és bom?"

- Fui - corrigi - agora nem eu sei se sou bom.

    "Ninguém pode servir dois senhores" - disse Cristo. É quase impossível  ser-se bom num campo quando se vive emocionalmente num campo oposto. Sobretudo no espectáculo sempre pensei que o êxito depende sobretudo do transbordar de amor e felicidade. Os meus últimos dez anos estão profundamente marcados por revolta contra injustiças.  É isso que eu vivo emocionalmente e para aí se canalizam as minhas energias. Hoje penso que dos meus escritos partirá a segunda revolução moral da Europa e talvez até do mundo. A primeira deu-se com Antonio Di Pietro e as "Mãos Limpas" de Itália. Ficou a meio. Penso que Antonio Di Pietro cumpriu o princípio de Peter: subiu ao ponto de incompetência: foi o magistrado mais competente de que tenho conhecimento, tornou-se o homem mais popular de Itália superando vedetas da televisão, craques do futebol e estrelas do cinema. Depois tornou-se político numa democracia em que um grande vigarista o supera nas votações para o Parlamento. O vigarista falava todos os dias na televisão, punha Antonio Di Pietro em ridículo com razão ou sem ela. Por falar  bem na televisão e ser apoiado pelo maior poder económico e de comunicação do país levou mais votos. Neste "Século do Povo" nas  "democracias" muito legais com leis feitas por vigaristas é mais importante a publicidade ao pouco que se faz do o muito sem publicidade.  Antonio Di Pietro, por ser um honesto magistrado famoso pela luta contra a corrupção, não tem meios de fazer a mesma publicidade e comprar os meios de informação.       

    Ontem tinha uma mensagem do M... Em resposta à minha carta deve ter aparecido para me vender a bateria que me roubou. Hoje logo que saí à rua disseram-me que tinha estado aqui o M.  Parei no grupo que do M... passou aos comentários:

    - Roubou uma bateria ao ... e foi vendê-la ao ...      

    - Eu dava-lhe uma sova e partia-lhe um braço ...

    - Deviam fazer como no ... um país pequeno para os lados da China . Aí até por roubar galinhas são condenados à morte. E levam um tiro num estádio cheio de gente antes dos jogos. E a família tem que pagar a bala. Assim é que aprendem. Ali quase não há criminalidade. 

    Pensava que era a primeira vez que roubavam baterias aos carros mas afinal conheci já dois casos de baterias roubadas atribuídas ao M...

    Com a Polícia e Justiça tradicionais o M... continuará a roubar causando tragédias a uns e um estado de medo e revolta a outros. Como M... há milhares que causam milhões de tragédias ao longo de toda a vida. Muito se evitaria com uma "NOVA JUSTIÇA" e outra polícia.  Mudar este sistema policial e judicial talvez seja mais importante do que o meu êxito naquilo em que ao menos fui considerado bom pelos mais entendidos do momento e pelo público.

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DL991209

    A BICICLETA ROUBADA, AS RODAS DOS CARROS ESFAQUEADOS E OS TRADICIONAIS ...

    O "CORREIO DA MANHÃ" noticiou mais um caso de dezenas de carros com as rodas esfaqueadas. Só uma parte apresentou queixa. Mesmo que alguém tenha visto não chamou a polícia. Noutra rua em que fizeram muito pior houve quem viu e não chamou a polícia. Quem ler o meu caso do calvário por que estou a passar por apresentar queixa de me roubarem uma bicicleta compreende porque pouca gente está disposta a colaborar com o tradicional sistema policial e judicial. Em troca de me queixar de um ladrão que foi visto a roubar-me a bicicleta o sistema policial e judicial rouba-me dez vezes mais do que o ladrão. Como querem que alguém colabore? O Sr. Ministro da Justiça não conhecerá estes factos? E se os conhece não verá como é possível fazer melhor Justiça mesmo sem mais recursos humanos? Não será uma mentira o que disse e os jornais publicaram? O Procurador Geral da República terá a mínima ideia do calvário a que se sujeita quem apresenta uma queixa em Tribunal? E se tem como se atreve a dizer que as pessoas recorrem aos tribunais como quem vai ao supermercado?

    Se não me deslocar de Itália a Portugal como testemunha de não sei o quê, (só sei que me roubaram a bicicleta enquanto estava num teatro, alguém que viu e conhece o ladrão telefonou à polícia e depois acompanhou-me como testemunha para apresentar queixa), posso apanhar uma multa de 2 a 10 bicicletas. Os trabalhos que já passei se fossem pagos ao preço de mercado equivaleriam a várias bicicletas. Tenho quase a certeza que me castigaram mais a mi do que ao ladrão.

   

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CARJP4

   CARTAS ABERTAS AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA EM PORTUGAL

    N.º 4, ASSUNTO: APELO AO BOM SENSO DE JUSTIÇA

    Por ter apresentado queixa de me roubarem uma bicicleta já fui roubado em tempo o equivalente a várias bicicletas pelas burocracias do tradicional sistema policial e judicial. Se não fizer uma viagem de Itália a Portugal para estar no julgamento poderei ser condenado ao equivalente a várias bicicletas. Recordo um emigrante que por causa de um julgamento em Portugal andou mais quilómetros do que a dar a volta ao mundo. Se fizer a viagem de Itália a Portugal, como estúpido bom cidadão a colaborar com a Justiça, sujeito-me a que seja adiado e faça dezenas de viagens ou pague a multa e seja considerado mau cidadão que não colabora com a Justiça.

    Não estará o tradicional sistema policial e judicial a cometer uma maior injustiça comigo do que o ladrão que me roubou a bicicleta?

PIRES PORTUGAL

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LZ...

(Ideias em estudo para p livro de ficção: "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS").

    CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DAS BANANAS

Assunto: PEDIDO DE INTERVENÇÃO PARA ME SALVAR DA CONTINUADA INJUSTIÇA DA JUSTIÇA.

     Estando a ser vítima de uma continuada perseguição da Justiça à qual me queixei ... acabando por ser mais roubado pela Justiça do que pelos ladrões ... apelo ao seu bom senso ...

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DL991210

    PROGRESSO, EFICIÊNCIA E BOM SENSO CHEGARAM À PROVEDORIA DA JUSTIÇA

    Hoje, cerca das 18 horas, recebi um telefonema da Provedoria da Justiça. Em resposta a uma queixa que apresentei, disseram-me que não era da sua competência, aconselharam-me o que poderia fazer e disseram que arquivariam o caso. Aproveitei para lhe pôr mais algumas questões e gentilmente me disseram o que poderia fazer. Em poucos segundos várias questões ficaram esclarecidas.

    Foi a primeira vez que eu tive conhecimento de alguém do tradicional sistema policial e judicial que usasse o telefone para comunicar com os cidadãos. A 21 dias do ano 2000, o tradicional sistema policial e judicial parece desconhecer o meio mais económico, fácil, eficiente e corrente de comunicação. Ainda há dias recebi um polícia que me disse que já tinha vindo aqui muitas vezes à minha procura para me entregar uma notificação para me apresentar como testemunha por causa da bicicleta que me roubaram há uns 5 anos. Eu já perdi mais de dez horas, dezenas de pessoas pagas pelos mais honestos contribuintes perderam o seu tempo para uma condenação fictícia ou injusta: o ladrão não devolve a bicicleta porque já a não tem nem tem dinheiro para pagar nem o nosso "civilizado" sistema o obriga a trabalhar para pagar. Mesmo que seja condenado à prisão só contribui para aumentar ainda mais as injustiças da Justiça: vai viver à custa dos mais honestos contribuintes e sair pior para continuar na mesma. Ainda um destes dias vinha num jornal que um ladrão ao sair da cadeia roubou um carro. O que esperam destas tradicionais escolas do crime?

    Imaginemos que a polícia em vez de se sentar a escrever o nome do meu pai e da minha mãe ia procurar o ladrão logo que fiz a queixa e apontei várias pessoas que tinham visto e o conheciam. Imaginemos que a polícia o apanhava com ou sem a bicicleta. Imaginemos que o condenava logo a pagar dez bicicletas e se não tinha dinheiro ia trabalhar para o ganhar. Imaginemos que os colaboradores com a polícia eram premiados e salvaguardado o segredo da sua colaboração para evitar represálias. Em breve teríamos um mundo melhor.  

    Hoje estou plenamente convencido que os meus textos acabarão por estimular a maior revolução judicial, moral e política do próximo Século. Esperam que apareçam pessoas com inteligência, boa vontade e poder para revolucionar as injustiças e fantochadas tradicionais.

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DL991212

A BICICLETA ROUBADA, BOM SENSO E JUSTIÇA

    O caso da bicicleta roubada continua a tirar-me horas de sono. Aproveitei um simpático telefonema da Provedoria da Justiça para expor o caso de ser testemunha quando estarei em Itália e disseram-me para escrever ao juiz. Falei com um advogado que me disse para anular a queixa ou ... Se por acaso estiver doente e não melhorar no dia seguinte nem com atestado médico consigo evitar a multa: terei que ir ao tribunal de Milão para me darem o contacto de um tradutor oficial inscrito, (não dão o contacto por telefone e já uma vez fiz mais de mil quilómetros para uma informação que numa sociedade humana e racional me seria dada em poucos segundos pelo telefone), depois terei que ir ao consulado de Portugal para oficializar o atestado e a melhor das hipóteses por expresso chega antes do 5º dia. No final das contas talvez a multa fique mais barata.

    O tradicional sistema policial e judicial cada vez me parece mais injusto, desumano e com falta de bom senso. Vou escrever mais uma "carta aberta". Espero que como diz o ditado: "Água mole em pedra dura tanto dá até que fura". Talvez as minhas cartas acabem por ser lidas por alguém com humanismo e bom senso de justiça que faça uma revolução dos tradicionais sistemas.

CAJB

CARTA ABERTA AO JUIZ QUE JULGARÁ O CASO DA BICICLETA ROUBADA E AOS RESPONSÁVEIS DOS TRADICIONAIS SISTEMAS POLICIAIS E JUDICIAIS.

ASSUNTO: APELO AO BOM SENSO DE JUSTIÇA.

     Por me ter queixado de um ladrão me ter roubado uma bicicleta já fui "roubado" pelo tradicional sistema policial e judicial no equivalente a várias bicicletas. Os mais honestos contribuintes ainda perderam mais que eu e pagarão o equivalente a dezenas ou centenas de bicicletas. Não será isso uma maior injustiça do que a que fez o ladrão?

    Imagino que o ladrão foi o menos castigado: não devolveu a bicicleta e talvez nem  tenha comparecido a julgamento. Os mais honestos contribuintes pagam para os polícias se deslocarem a minha casa, para as diferentes despesas do processo, provavelmente para o advogado de defesa e na pior das hipóteses o ladrão passa uns tempos numa das tradicionais escolas de crime a que chamam prisões e quando sai em vez de roubar uma bicicleta rouba um carro como acontece muitas vezes.

    Vários polícias deslocaram-se dezenas de vezes a minha casa, eu desloquei-me quatro vezes a diferentes polícias e tudo isto poderia ser substituído por um simples telefonema e apenas duas palavras da minha parte: Bastava que me telefonassem, me perguntassem se era eu e se confirmava a queixa. Com duas palavras: "sou" e "confirmo" não substituiriam todas as deslocações e burocracias?

    Sendo evidente que passados vários anos o ladrão já não tem a bicicleta e que os tradicionais sistemas não obrigam os ladrões a trabalhar para indemnizar as vítimas, parece-me ridículo que me proponham a nomeação de um advogado que me custaria o equivalente a várias bicicletas.

    Para cúmulo das minhas desgraças fui chamado a testemunhar numa data em que me encontrarei em Itália. E ameaçam-me de multa se não comparecer. Eu nem sequer vi o ladrão a roubar-me a bicicleta. Várias pessoas disseram-me que viram e uma até me acompanhou à esquadra pois viu e conhece o ladrão. Aliás depois notei que ele era bem conhecido na zona por ser ladrão. Algumas pessoas apontaram-me um jovem dizendo que ele também tinha ajudado. Abordei-o e disse-me que o tinha ajudado a rebentar o cadeado porque lhe tinha dito que esquecera o código ou perdera a chave. Não sei mais nada, já disse isto várias vezes e escrevi-o em carta enviada. Querem que faça uma viagem desde Itália para voltar a dizer o mesmo? Será justo castigar-me desta maneira? Não seria menos injusto para comigo e para com os mais honestos contribuintes se em vez de tantas deslocações minhas e da polícia para tantas burocracias pegassem no telefone e me perguntassem se tenho mais informações a acrescentar à queixa que fiz? Não seria mais lógico que dissesse mais verdades ao telefone com um juiz ou polícia do que frente a um possível criminoso sujeitando-me assim a represálias? Os tradicionais sistemas policiais e judiciais não poderiam ser mais eficientes e mais justos, ou menos injustos, se acompanhassem os progressos tecnológicos, nomeadamente o uso do telefone, para não falar da Internet?

   

PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com ).

(P.S. : Esta carta insere-se numa campanha para um mundo melhor que passará por uma revolução radical dos tradicionais sistemas policiais e judiciais)

Para saber mais:

JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm :

LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflexões).

DL= "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR".

LZ= "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade actual).

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DFLJ

A "LOJA DO CIDADÃO", A PUBLICIDADE AOS PARTIDOS, UM JORNALISMO SOCIAL E O VOTO DOS ELEITORES

    Nunca tinha ficado tão bem impressionado com um serviço público como na minha passagem pela "Loja do Cidadão" em Lisboa. Lutei, com artigos publicados, reclamações e cartas escritas aos vários responsáveis pelos serviços públicos no sentido de modernizarem e tornarem funcionais muitas das estúpidas burocracias tradicionais. Talvez tenha dado o meu contributo para que milhões de pessoas não percam tanto tempo em bichas e deslocações. Recordo quando passei 5 horas numa bicha para uma informação, as vezes que tive que me deslocar, (perdendo tempo, poluindo e contribuindo para as bichas nas estradas), para tirar uma fotocópia, comprar um impresso, tirar fotografias, comprar um selo fiscal ... etc.

    Os partidos políticos, em vez de gastarem tanto dinheiro a poluir atmosfera e destruir florestas para sujar as cidade com papeladas, seriam mais úteis à sociedade se promovessem as pessoas mais competentes e denunciassem os incompetentes dentro e fora dos próprios partidos. O bem social resulta em grande parte das pessoas justas nos postos justos. Os maiores males da sociedade resultam talvez da corrupção e da colocação de incompetentes ou corruptos na função pública e nos postos de responsabilidade da vida social e política. Os partidos poderiam desempenhar um papel de fiscalização, crítica e prevenção de muitos males acompanhada de sugestões e ideias para melhorar concretamente a vida social. Sugiro aos partidos que criem uma "caixa do cidadão" ou "correio do cidadão" que possa funcionar por telefone, correio ou E-mail recolhendo críticas e sugestões. Essas ideias podem ser trabalhadas por peritos e criativos para apresentarem propostas, denunciarem os tachos dos incompetentes  e proporem pessoas que mostraram honestidade, competência e eficiência.

    Os meios de informação poderiam continuar e desenvolver esse trabalho de investigação ajudando os eleitores a votar os mais honestos e competentes. O pior mal das democracias, a meu ver, está na corrupção do jornalismo. Contaram-me como sendo pura verdade um caso que talvez seja protótipo de uma auto - censura que funciona mesmo inconscientemente: um poderio editorial levantou um escândalo de um poderio económico. Mas se o poderio económico tirasse a publicidade do poderio editorial este riscava mesmo a falência. A administração reuniu com a redacção e passaram a trabalhar no sentido de abafar o escândalo e defender o corrupto. A justa apreciação de quem merece pode ter tantas consequências favoráveis para a sociedade como a falta de denúncia do corrupto ou incompetente.

    Aos eleitores eu deixo esta minha opinião: desconfiem de quem faz muita publicidade eleitoral com gastos exorbitantes em futilidades e sobretudo em poluição com luxuosa publicidade. Geralmente são os contribuintes que pagam. Algumas vezes esse dinheiro é fruto de corrupção. Votem sobretudo nos partidos ou nas personalidades que melhor respondem às necessidades dos cidadãos.   

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DPFV  (DP= DIÁRIO PESSOAL)

FIM DA VIAGEM A PORTUGAL

    Por duas faltas a dois julgamentos como testemunha de um acidente em que me juntei a 3 acidentados, sem culpa de um carro descontrolado se atravessar à minha frente numa auto-estrada, risco de pagar mais do que o salário mínimo nacional. O que recordo de um acidente há 5 anos poderia ser dito ao telefone, por carta, E-mail ou videoconferência via Internet. No futuro ou fazem isso ou os responsáveis pelo atraso de vida e pelas injustiças da Justiça serão julgados pelo opinião pública e considerados uns fantoches da grande injustiça a que chamam Justiça. Já me desloquei várias vezes ao escritório dos advogados e muitas mais me teria deslocado se não tivesse a Internet e E-mail. Agora compreendo porque as companhias de Seguros podem ter luxuosos prédios, grandes lucros e gastar tanto em publicidade. Quando há acidentes recusam-se a pagar e só poucos estão dispostos a entrar no calvário dos tradicionais tribunais para ao fim de vários anos na melhor das hipóteses receber uma insignificância do real valor perdido. Só não compreendo porque o Procurador Geral da República disse num dos programas de televisão mais populares do ano que as pessoas recorrem aos tribunais como quem vai ao supermercado. Eu penso que é precisamente o contrário mas os meios de informação divulgam a opinião do PGR e não divulgam a minha. Ao prejuízo do acidente e de ter ficado sem carro junta-se o prejuízo da Justiça e se ganhar só recebo o valor que umas estranhas tabelas dão ao meu carro e que eu sei que nem com o dobro comprava outro igual. Mas estou sujeito a perder tudo.

    Isto vem juntar-se ao caso da bicicleta que me roubaram onde risco outra multa por não poder comparecer ao julgamento. Tenho a "carta aberta ..." mas ainda não sei se a enviarei. Temo que um maior calvário comece se alguns baluartes da velha Justiça decidirem atacar-me por ofensa ao bom nome da Justiça. Mas está viva na memória a condenação moral e popular de quem condenou Álvaro Cunhal, Mário Soares e Salmon R. Um processo contra mi traria para a opinião pública a condenação das injustiças e fantochadas dos tradicionais sistemas policiais e judiciais.

    Por vezes considero-me um revolucionário superior em quase tudo a Che Guevara: Penso que o meu ideal de Justiça é superior e menos discutível, mais viável, mais útil para um mundo melhor. Penso que os meus métodos são menos injustos: longe de mi querer causar a morte ou o prejuízo de inocentes. Só foi superior na coragem. Talvez me falte a coragem de iniciar o Novo Milénio em greve de fome e recolhendo assinaturas para pedir que façam outras leis ou caguem nas leis mas façam Justiça. 

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DP991223

JUSTIÇA

Depois de uma viagem de três dias, apesar da fadiga não consigo dormir enquanto não descarregar a minha agressividade causada pela frustração de não poder obter justiça. Sinto como que uma necessidade psicológica de escrever mais uma ...

CARTAS ABERTAS AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA EM PORTUGAL

N.5, ASSUNTO: A NAMORADA AO TELEFONE COM O DINHEIRO DE QUEM TRABALHA E O QUE TALVEZ NÃO SAIBAM OS MAIS ALTOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA

    Uma mulata comprometeu-se por escrito a pagar-me as despesas de telefone e outras que fez enquanto hóspede em minha casa. Telefonou muito ao seu namorado, ultrapassou as suas posses de momento disse-me que não podia pagar mas comprometeu-se a pagar uma pequena soma todos os meses. Assinou mesmo um compromisso de pagar todas as despesas legais e indemnização pelos danos causados se não pagasse e fosse necessário recorrer à Justiça.

    Passado quase um ano sem receber nada  fui falar com um advogado. Aconselhou-me a desistir. Mesmo que ganhasse o processo não ganhava para as despesas, a mulata dirá que não tem meios de pagar e ele não teria coragem de pedir-me que lhe pagasse os seus serviços vendo que não receberia nada.

    Recordo as palavras do Procurador Geral da República Cunha Rodrigues dizendo que as pessoas recorrem aos tribunais como quem vai aos supermercados. Uma pessoa deve-me mais do que três salários mínimos nacionais e devo conformar-me a ter andado a trabalhar para a mulata namorar com o meu telefone. Saberá disto e do que passei por me queixar de uma bicicleta que me roubaram?

    O Ministro da Justiça disse que sem mais recursos humanos não se pode fazer melhor Justiça. Concordo que com mais recursos humanos se pode fazer melhor Justiça e esta é tão importante que justifica mais recursos. Mas bastaria usar novos métodos para se fazer melhor Justiça. Bastariam algumas normas gerais e um pouco de bom senso acima de todos os tratados de Direito. Parece-me evidente que os menos honestos, ladrões, vigaristas e criminosos deveriam pagar as consequências dos seus actos. Mas actualmente as vítimas dos menos honestos, ladrões, vigaristas e criminosos que recorrem aos tradicionais sistemas policiais e judiciais correm grandes riscos de serem ainda mais vítimas dos sistemas. E isso é uma grande injustiça. Para poderem ser indemnizados precisam de advogados com custos que muitas vezes superam os possíveis resultados. Só os casos com fortunas em jogo se podem permitir de recorrer à justiça. Os pobres têm que suportar as injustiças ou fazer justiça por suas próprias mãos.

    Com outros métodos até um analfabeto com razoável inteligência e bom senso poderia fazer melhor Justiça  em poucos minutos do que os tradicionais sistemas policiais e judiciais com sábios polícias e juízes em muitos anos. Vejamos como:

    Eu telefonava a um juiz de bom senso e apresentava a minha queixa: a ... deve-me ... comprometeu-se a pagar ... e não pagou. Juro dizer a verdade e assumir as consequências de qualquer mentira. O juiz telefonava-lhe, convidava-a a jurar dizer a verdade e perguntava-lhe se era verdade ...

    Numa NOVA JUSTIÇA em que os menos honestos pagassem as consequências das suas mentiras e faltas de honestidade seria muito provável que ambos disséssemos a verdade e o caso se julgaria em poucos minutos pelo telefone, sem perdas de tempo em deslocações nem intermediários de advogados e injustas burocracias dos sábios tradicionais tribunais. Se alguém mentisse desencadearia investigações rigorosas da parte do Estado que seriam pagas por quem mentisse ou quem se mostrasse menos honesto. Seriam possíveis novas investigações e novos processos sempre que não corressem o risco de aumentar as injustiças da Justiça como acontece muitas vezes com os tradicionais sistemas policiais e judiciais.  

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AA = ÍNDICE GERAL

ESCRITOS POSTERIORES:

a2000-02 = TEXTOS DE FEVEREIRO 2000 NA ORDEM EM QUE FORAM ESCRITOS

a2000 = TEXTOS  ESCRITOS EM JANEIRO  DO ANO 2000.

ESCRITOS ANTERIORES:

CA= "CARTAS ABERTAS", ( geralmente dirigidas a personalidades ou instituições sem carácter pessoal mas em função do que representam).

DA = DIÁRIOS, APRESENTAÇÃO:

DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflexões).

DL= "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR".

DP= "DIÁRIO PESSOAL", (emoções, sentimentos e reflexões pessoais).

LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

LG= "O GRANDE ADVOGADO E A IMPOTÊNCIA DA JUSTIÇA" .

LI = "ITÁLIA E SEUS QUERIDOS CRIMINOSOS".

LJ= "JORNALISMO PARA AMADORES E PROFISSIONAIS".

LP="PUBLICIDADE: DEUSA E DEMÓNIO DA SOCIEDADE DE CONSUMO".

LZ= "O ZÉ JUSTO NA REPÚBLICA DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade actual).

PAVIE= PROJECTO: ASSOCIAÇÃO DE VÍTIMAS DE INJUSTIÇAS, (AVI), ESTATUTOS.

PJE= "PROJECTO JUSTIÇA OU ESCÂNDALO".

PJSF= PROJECTO: JUSTIÇA SEM FRONTEIRAS.

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