CAJ

CARTA ABERTA AO JUIZ QUE JULGARÁ O CASO DA NAMORADA AO TELEFONE COM O DINHEIRO DE QUEM TRABALHA

 LISBOA 9.3.99

 Ex. mo senhor Juiz

 Escrevo-lhe esta "carta aberta" que não terá nada de pessoal, não o conheço e não sei se o conhecerei. Dirige-se ao representante de um sistema judicial, aos políticos responsáveis por tal sistema e aos eleitores responsáveis por tais políticos. Esta "carta aberta" fará parte de outras divulgadas na "Internet" com a intenção de sensibilizar os responsáveis e irresponsáveis pelas injustiças e fantochadas do tradicional sistema. Chamo injustiça da Justiça sempre que o sistema castiga ainda mais a vítima de uma injustiça. Chamo-lhe fantochada sempre que poderia fazer justiça e não faz. Com estas "cartas abertas" e outras que se seguirão lutarei por uma nova Justiça com menos injustiças e menos fantochadas. Lutarei com os meus escritos por uma Justiça mais justa, em que os menos honestos, ladrões, vigaristas e criminosos indemnizem as vítimas pelos danos que lhes causam. Com tal Justiça mais justa não acredito que a pequena criminalidade continue a aumentar 20% ao ano. E depois da pequena criminalidade vem a grande. Os comportamentos premiados tendem a repetir-se e os castigados tendem a ser evitados. Se a Justiça castiga mais as vítimas das injustiças do que os próprios autores contribui para que a criminalidade aumente e a maioria dos cidadãos deixe de acreditar no sistema. Espero que este meu caso seja o começo de uma nova Justiça e com a sua divulgação contribua para um maior respeito da Justiça. Peço que a ré seja obrigada a pagar não só o que deve como todos os danos causados pelo não pagamento. Como se comprometeu por escrito peço que seja obrigada a pagar as despesas com o advogado.

O caso é simples e igual a muitos outros para os quais em geral não se recorre à Justiça porque só as despesas com o advogado e os trabalhos por que se passa costumam ser superiores ao que se pode receber. Isto contribui evidentemente para o aumento da criminalidade, para a falta de confiança na Justiça e para que surjam justiças paralelas como as mafias e os esquadrões da morte. Eu avanço pelo tradicional sistema enquanto luto por um novo. Espero que se transforme no protótipo de uma nova Justiça. Se assim não fôr pior para a Justiça tradicional.

Relato resumido:

A irmã da minha ex-convivente pediu-me para lhe alugar um quarto. Aceitou as condições nomeadamente o pagamento das chamadas telefónicas que fizesse. Fui para o estranjeiro e comprometeu-se a fazer-me os pagamentos no banco.

Quando voltei só de chamadas telefónicas na maioria para o seu namorado devia-me cerca de 80.000$00. Como o contador de chamadas tinha avariado e a facturação detalhada só foi possível até certos meses só assumiu a responsabilidade do pagamento de 46.000$00. Aceitei já com medo de nem esse receber. Disse-me que não tinha dinheiro para me pagar tudo o que me devia mas iria pagando quando pudesse. Deixou o quarto e assinou um compromisso de pagar um mínimo de 5.000$00 por mês mais 1% de juros do que devia.

Sabia que com a Justiça tradicional não precisaria de pagar. Veremos a evolução da Justiça.

PIRES PORTUGAL ( piresportugal@hotmail.com ).

Para saber mais:

JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm :

LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".

DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflecções).

LZ= "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em factos reais da sociedade contemporãnea).

AA= INDECE GERAL.