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CASOS DA JUSTIÇA TRADICIONAL

Al Capone, o mais famoso gangster da história, no mais evoluído país do mundo, apenas sofre uma pequena condenação por fuga aos impostos. Mais recentemente no mesmo país, o homem que era já conhecido em todo o mundo como sendo chefe da mafia americana foi absolvido duas vezes, gozou com a Justiça e só num terceiro julgamento foi condenado porque foi traído pelo seu homem de confiança.

O maior ladrão do século vive no Brasil como uma vedeta gozando os rendimentos do trabalho dos outros.

Um dos maiores vigaristas do século foi apanhado  em hoteis de luxo a gozar as economias de muita gente, inclusive o fruto dos impostos dos contribuintes. Foi preso e passados dois meses aparecia na primeira página dos jornais a gozar férias de luxo. Não tinha dinheiro para pagar a quem devia mas podia pagar um dos mais caros advogados e voltar à sua luxuosa vida. Os mais pobres contribuintes que nem dinheiro têm para passar férias pagam com seus impostos para estes vigaristas viverem em hoteis de luxo, para a polícia que os vai prender, para quem faz estas leis e para os tribunais que lhes permite continuar a viver no luxo sem pagar o que devem.

Vários emigrantes portugueses já podiam ter dado várias voltas ao mundo com os kilómetros que percorreram a caminho dos tribunais e com o dinheiro que gastaram para obterem justiça. Alguns terminaram os últimos anos de vida na miséria por perderem todo o dinheiro depositado em bancos que grandes vigaristas levaram à falência, outros perderam a cabeça e mataram o director do banco que não lhes restituiu o dinheiro depositado, mas os principais responsáveis ficaram impunidos.

Reclamei na polícia por causa de uma bicicleta que me roubaram com testemunhas que tinham visto. O tempo que perdi para ir 4 vezes à polícia se fosse pago ao preço mais baixo do mercado, daria para pagar várias bicicletas. O ladrão foi condenado anos mais tarde mas como já não tinha a bicicleta nem meios para pagar fiquei não só com o prejuizo da bicicleta como das várias deslocaÇÕes à polícia para estúpidas e ineficientes burocracias. (Cf. lb1br e a99)

Um "grande advogado" e maior vigarista está a gozar milhares de contos que eu economizei ao longo de vários anos de trabalho. Depois de gastar muito para obter justiça ele foi condenado à prizão e ao pagamento de parte das vigarices. Mas como ele é um "grande advogado" que conhece bem as leis e fantochadas do tradicional sistema policial e judicial nem vai prezo nem paga o que me deve. Mas a minha luta vai continuar para obter justiça e estimular a criação de uma nova justiça onde mesmo os grandes advogados indemnizem as vítimas por todos os danos causados com as suas vigarices ou faltas de honestidade.

Considero uma grande injustiça da Justiça a forma como martiriza ainda mais as já martirizadas vítimas de ladrões vigaristas e criminosos para depois não lhes proporcionar justiça. Penso que qualquer analfabeto com razoável inteligência e bom senso poderia fazer melhor justiça do que aquela que se faz em certos casos com altas sumidades em Direito mas evidente falta de bom senso de justiça.

As pessoas que trabalham na polícia e na justiça são vítimas da estupidez do sistema. Não rebaixo a dignidade de ninguém. Antes pelo contrário, por um lado quero desculpar muitos dos seus actos mal vistos pela sociedade, por outro lado apresento algumas ideias para uma actuação mais eficiente, justa, lógica e consequentemente mais prestigiante e dignificante para todos os profissionais.
A primeira estupidez do sistema começa quando a polícia apanha em flagrante ou sem a mínima dúvida um ladrão vigarista ou criminoso e em vez de ter meios legais para chegar o mais ràpidamente possível ao fundo da verdade, depara-se com burocracias e leis de protecção dos criminosos. Não percebo como não acham ridículo que a polícia diga ao criminoso que tem o direito de não falar e de requerer um advogado. Os mais honestos cidadãos são obrigados a perder tempo em deslocações aos tribunais, são obrigados a dizer a verdade sob pena de prizão e se querem advogados têm que os pagar bem caros. Os criminosos têm advogados pagos pelos mais honestos contribuintes e têm o direito de dizer só as mentiras que o advogado lhe aconselha.
Parece-me lógico e evidente que o criminoso apanhado em flagrante ou sobre o qual a polícia não tem a mínima dúvida seja imediatamente obrigado a dizer toda a verdade sob pena de agravamento da condenação.
Vejamos um caso concreto: um criminoso daqueles em que não há a mínima dúvida, já condenado várias vezes, é apanhado com vários indícios de estar implicado em mais um rapto de uma pessoa. Imaginemos a seguinte cena: depois de a polícia ter provas de várias coisas interrogava-o dizendo-lhe: ou dizes a verdade ou serás condenado por tempo indeterminado. cada mentira aumentará a tua condenação. Começava o interrogatório e à primeira mentira passava para um centro de trabalho e reeducação. Depois continuava o interrogatório e sempre que dissesse alguma mentira teria agravamento da pena e das condições. Ou colaborava e denunciava os cúmplices ou poderia ser condenado a trabalhar nas piores condições durante toda a vida. Essa condenação, por mais cruel que fosse não seria nada que se compare com a crueldade da criminalidade contra vítimas inocentes. Por mais cruel que fosse essa condenação não me repugnaria tanto como os milhares de mortes que se poderiam evitar com um sistema policial e judial mais eficiente contra a criminalidade.
Com a justiça tradicional, um criminoso com largo cadastro, apanhado com dinheiro do resgate exigido pelo rapto de um jovem, no carro roubado que o transportou, com vários indícios de estar emplicado no caso, foi posto em liberdade após anulação de um julgamento por faltar um selo e expirar o tempo de prizão preventiva. Isto passou-se em Itália enquanto reinava Andreotti na política e o tristemente famoso juiz 'mata-sentenças" Carneval reinava na Justiça. Ambos desceram posteriormente ao banco dos réus. Mas demasiado tarde. Entretanto centenas de pessoas foram raptadas e dezeenas morreram, algumas mesmo depois de os familiares pagarem o resgate.
A televisão e as primeiras páginas dos jornais quase todos os dias apresentavam imagens dos crimes da mafia. Pergunto a mim mesmo quantas vidas de honestos e inocentes não se salvariam se essas imagens dos crimes da mafia fossem seguidas de condenações exemplares.
Talvez algumas condenações exemplares evitassem a morte de algumas das 80 vítimas de raptos nos últimos anos só em Itália. Talvez o sofrimento de alguns raptores evitasse muito mais sofrimento aos 700 raptados e às respectivass famílias.

 LB