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DIÁRIO DE IDEIAS EM ESTUDO PARA ARTIGOS, LIVROS, PROGRAMAS DE TVFILMES , ETC.

2003-07:

2003-08-17

MILIONÁRIOS CAPITALISTAS, COMUNISTAS E ISLÂMICOS

CAPITALISTAS: profetas da economia, orientam o trabalho e dinheiro seu e dos outros para a melhor satisfação de necessidades de quem pode pagar. COMUNISTAS: corrupção ou capitalismo. ISLÂMICOS: petróleo, posse hereditária ou pela força de bens comuns.

Da observação superficial das biografias dos maiores milionários como são apresentadas pelos meios de informação parecem-me estas as características básicas dos milionários dos diferentes regimes:

CAPITALISTAS, (Bill Gates, Agnelli, Ford, Berlusconi, ...): profetas da economia, orientaram o trabalho e dinheiro seu e dos outros para a melhor satisfação de necessidades de quem pode pagar. Foram profetas da industrialização, das novas tecnologias e da informação.

COMUNISTAS, (Roman Arkadevic Abramovic): corrupção ou capitalismo? Estudaram nas escolas das elites por contactos privilegiados que na cultura ocidental se chama corrupção. Apoderaram-se dos bens do Estado e as ilegalidades foram apagadas com apoio político aos vencedores. Quando perderam emigraram com os seus bens.

ISLÂMICOS, (Saddam): subiu ao poder matando adversários e usou o petróleo para enriquecer os que o ajudaram a apoderar-se do petróleo, terrorismo a quem o impediu de se apoderar de mais petróleo, (invasão do Kuwait). A sua riqueza, (posse pela força de bens comuns), utilizada para apoiar terrorismo, palácios luxuosos, 1.300 carros de luxo de um filho,... escandaliza menos do que a de Bill Gates, nascida de um inteligente orientação da economia, usada em grande parte na investigação que favorece todo o mundo e em obras de beneficência...

COMUNISMO, DESINFORMAÇÃO E CONTRA-DESINFORMAÇÃO

Um filme com base histórica sobre a estadia de Pablo Neruda em Itália fez-me recordar danos da desinformação e contra-desinformação de e sobre certo comunismo: por um lado o mito de que os comunistas são maus e comem crianças... por outro lado o outro mito de que os capitalistas são exploradores e devem ser destruídos ou prejudicados nos seus bens e pessoas.

Esta desinformação é responsável por preconceitos que estão na base de guerras prejudiciais para todos segundo o que me parece da observação do que se passou em Itália: milhares de vítimas de um terrorismo que quer impor as suas ideias, (erradas como se viu pelas consequências), à lei da bala.

É curioso como sendo Madre Teresa de Calcutá o principal mito da juventude italiana, poucos sabem que é albanesa. De facto hoje em Itália albanês tornou-se um nome depreciativo usado muito frequentemente para significar miserável, marginal, delinquente ou criminal como antes eram os marroquinos.

Isto faz-me recordar uma colega da Universidade de Lisboa de um partido comunista "marxista-leninista" que após o 25 de Abril de 1974 me falava de Albânia como sendo um paraíso terrestre. Curioso que um advogado italiano de 60 anos me confirmou que por essa altura também em Itália existiam essas ideias da Albânia como apogeu do comunismo.

2003-07-17

BERLUSCONI CONSERVADOR OU PROGRESSISTA?

INTELIGÊNCIA POLÍTICA, MASSAS E ELITES, POPULISMO E HEROÍSMO

Em viagem de combóio:

Um enfermeiro conversava com uma "inteligente" doutora sobre os males de Itália todos atribuídos a Berlusconi. Uma senhora idosa mais dois empregados dos caminhos de ferro juntaram-se ao coro. A dado momento resolvi fazer advogado do diabo e perguntei porque dizia que Berlusconi era conservador. Fui bombardeado de todos os lados com os lugares comuns da oposição a Berlusconi: entrou na política para salvar os seus interesses, só faz em serviço próprio e das suam empresas contra os pobres, fez leis para não ser julgado...

Será verdade? Ou está mais ocupado com a política do que com a campanha eleitoral ao contrário da oposição?

Não quis dar-me o e-mail com medo que lhe enviasse vírus. Não sei se pensou que de pessoas com opiniões políticas diferentes só pode vir mal?

Ao longo da conversa o enfermeiro fez várias vezes referência à inteligência da doutora. A doutora disse várias vezes que Berlusconi e Bush eram estúpidos e eu comecei a duvidar da inteligência da doutora. Dizem alguns psicólogos que existem 8 tipos de inteligência e que quem é inteligente numa coisa pode ser estúpido noutra. Penso que tanto se podem considerar mais ou menos tipos de inteligência, que há tipos de inteligência correlacionados positivamente e negativamente. Ou talvez seja mais correcto falar de capacidades humanas que podem ser mais ou menos desenvolvidas, umas que ajudam o desenvolvimento de algumas e permitem o atrofio de outras. Por outras palavras, um estudante de política que pratique um pouco de desporto pode ser-lhe útil na medida em que favorece a sua saúde e lhe proporciona o bom exercício das suas faculdades mentais. Mas se pratica muito desporto não pode ter tempo para desenvolver capacidades mentais mais necessárias a um político.

Berlusconi ganhou o primeiro dinheiro como artista, investiu-o dando trabalho a quem acreditou nos seu projectos, tornou-se o homem mais rico de Itália tendo começado do nada. Entrou na política e venceu as eleições. Duvido da inteligência de quem o chamar estúpido, sobretudo se é um desconhecido. Outros poderão duvidar da minha inteligência quando considero estúpidas as decisões de políticos importantes. Mas eu posso considerar estúpidas certas decisões políticas de um certo ponto de vista. Mas não recordo de considerar estúpido um político de primeiro plano. Se o fizesse seria lógico que duvidassem da minha inteligência.

Dizem que Berlusconi ganhou as eleições porque tinha muitos meios de informação. Mas esses meios de informação só tiveram influência porque foram criados no momento oportuno e orientados com eficiência: as suas televisões davam lucro enquanto as do Estado davam prejuízo. Se as suas televisões produziam melhores resultados com menos meios muitos pensaram confiar na sua inteligência ao serviço da política como tinha estado ao serviço das suas empresas.

Num dos primeiros discursos de Primeiro Ministro disse que um político nem sempre deve tomar as decisões mais populares porque muitas decisões impopulares num momento resultam úteis a longo prazo. Penso que esta grande verdade faz a diferença entre políticos populistas e heróis imortais. A chamada "descolonização exemplar" de Mário Soares foi populista: o comunismo estava de moda, a colonização era impopular, os soldados portugueses não queriam continuar a morrer pelos interesses de alguns. Todos os que viveram em Angola ou Moçambique dizem-me que mesmo a população indígena viva melhor com a colonização portuguesa do que depois e que o Governo Português entregou tudo aos comunistas sem esperar eleições nem proteger os portugueses abandonados aos ódios raciais. Eu hoje não tenho dúvidas de que uma descolonização menos populista, mais lenta, com mais estudos científicos de elites em vez dos slogans do MRPP teria evitado milhões de mortos e a destruição do que os portugueses tinham construído. O melhor exemplo da vitória da estupidez populista contra a inteligência das elites deu-se em Itália: muitas centrais de energia nuclear teriam beneficiado a vida de todo o povo italiano nos últimos 16 anos, beneficiado parte do mundo com menos poluição e produtos mais económicos no mercado. Um acidente numa central nuclear na Rússia criou uma onda de anti-nuclear em toda a Europa, especialmente em Itália, explorada pelos ignorantes partidos ambientalistas e pelas companhias petrolíferas. Em Novembro de 1987 fez-se um referendo em Itália obrigando a suspensão da produção de energia nuclear. Hoje os cientistas da EU apelam à produção da energia nuclear em substituição da produção petrolífera por produzir menos gás serra. Existem outras fontes de produção de energia com outras vantagens e outros inconvenientes. Mas até ao momento a estupidez de um referendo popular é evidente: poluiu-se mais, gastaram-se somas astronómicas com as centrais nucleares para nada, Itália tem a energia mais cara da Europa, importa por caro preço a energia produzida em centrais nucleares da Suíça e França que em caso de acidente atingiriam Itália. A energia afecta cada italiano pelo caro preço com que paga cada lâmpada acesa e afecta toda a economia na medida em que a torna menos competitiva no plano internacional: do turismo às fábricas nada se produz ou se faz sem energia e se os preços aumentam prejudicam os consumidores e produtores. Por isso a competitividade baixou em relação a dez nações. Itália quase parou por falta de energia e cada vez o risco é maior.

Numa recente "newsletter" do prémio Nobel Dario Fo dizia que uma das maiores vitórias populares tinha sido aquele referendo que fechou as centrais nucleares. Em minha opinião Dario Fo é muito inteligente como artista que tem êxito com ideias e sensibilidades muito populares em Itália mas esta é uma estupidez de populismo, de informação e de política.

O editorial de "PANORAMA", 2003-07-24, P.15, tem por título: "E ADESSO TORNIAMO AL NUCLEARE", (AGORA VOLTAMOS AO NUCLEAR). Uma das centrais nucleares, (de Caorso), continua em funcionamento mínimo porque os políticos ainda não decidiram o que fazer das escórias do desmantelamento. Com poucos custos poderia produzir a energia que faz falta a Itália. Outras centrais nucleares que ainda não foram desmanteladas poderiam ser actualizadas. Vencendo a oposição dos "verdes". Actualmente a energia eléctrica de origem nuclear é produzida em vários países: França, Alemanha, Inglaterra...

Certas culturas e certas religiões produzem tabus populares que nem sempre favorecem o interesse geral. Por vezes nasceram como resposta a um problema que depois deixou de existir, ou conveniência regional. Na civilização "Ocidental", (chamemos assim por ser originária da Europa mas incluindo EUA, Japão, etc.), quase todos admitimos comer carne de vaca, porco, cavalo, etc. Alguns recusam o coelho, quase todos recusam cães e gatos. Os árabes muçulmanos recusam o porco. Qual a razão de certos tabus populares? Com a globalização tenderão a desaparecer? Ou a divulgar-se? Não serão comportamentos tão irracionais como o de Itália ter as suas centrais nucleares fechadas e importar energia eléctrica produzida por centrais nucleares do outro lado da fronteira?

Berlusconi foi o primeiro político que vi criticar este tabu e o sua informação a primeira que vi levantar voz contra certo populismo. E gente que se considera inteligente chamam-lhe "estúpido", "conservador".

EU, FALIDO ADVOGADO DO DIABO A FAVOR DE BERLUSCONI, OU PROFETA DE UM OUTRO JORNALISMO?

Durante uma semana senti-me mais uma vez só contra todos: todos condenaram Berlusconi pelo que disse na abertura da sua presidência, ninguém condenou Shultz e outros manifestantes no Parlamento Europeu. Só no dia 2003-07-14 no "CORRIERE DELLA SERA", P. 11 encontrei a primeira opinião escrita contra-corrente coincidente com o que eu pensei uma semana atrás: " O DIÁRIO EUA "THE NEW YORK TIMES" / BERLUSCONI ERROU MAS ACUSAS INACEITÁVEIS / OS LEADERS EUROPEUS QUE O CONDENARAM DEVERIAM FORÇAR ALGUNS FUNCIONÁRIOS A PEDIR-LHE DESCULPA". Depois deste título continua: (...) Foi exposto a um inaceitável fogo de fila no Parlamento europeu com uma grande faixa onde se lia: "Nenhum padrinho para Europa".

A última das minhas opiniões contra todos diz respeito à resposta de Berlusconi a Scultz.

Um intelectual disse-me que viu os comentários internacionais mais prestigiados em 4 línguas na Internet e todos eram contra Berlusconi, nem um o defendeu. Em Itália nem na sua imprensa encontrei uma única opinião a defendê-lo como me parece justo que seja defendido: a sua ofensa foi uma resposta a uma provocação ofensiva mais condenável. Quase todos são unânimes a condenar Berlusconi e a transformar o provocador em herói mesmo sem terem lido o que ele disse. Aí está o principal escândalo e a prova de que a imprensa, em especial a italiana, não corre o risco de ser monopolizada a favor de Berlusconi.

Só no dia 2003-07-13 às 19h.15 escutei pela primeira vez alguém com uma opinião idêntica à minha: "Berlusconi respondeu às ofensas de Schultz ... Quem não responderia pior se fosse ofendido como foi Berlusconi ..." disse no TG4 Emilio Fede, o mais fiel defensor de Berlusconi, muito metido em ridículo por essa sua fidelidade. Ao defender a opinião de Emilio Fede coloco-me em ridículo para a maioria da opinião pública italiana.

No dia 2003-07-14 o "CORRIERE DELLA SERA" trazia mais dois artigos sobre o caso, sempre com Schultz como herói ao qual davam uma fotografia, e Berlusconi como mau da fita ... com 36 eurodeputados liderados por Antonio Di Pietro a firmarem contra o controle da informação. Parece que esse controle da informação permite critica e é contraproducente.

Recordo Giuliano Ferrara, um ex-comunista convertido a Berlusconi, director do jornal "Libero", que disse a propósito do conflito de interesses na informação de Berlusconi: "muitas vezes existem influências ocultas piores do que aquelas que estão à luz do dia ..." Estou convencido que Berlusconi era mais perigoso para a corrupção e deformação da informação quando era empresário e amigo de Craxi do que agora.

O semanário "L`ESPRESSO", concorrente de "PANORAMA" de Berlusconi, era um dos meus semanários preferidos e hoje leio-o para conhecer o pior que se possa escrever contra Berlusconi. Vejamos por exemplo o Nº 29 de 2003-07-17: Até à página 13 só se escreve contra Berlusconi. Depois de uma página neutra recomeça quase tudo contra Berlusconi ou Governo, com títulos do género: "IL PIÙ BOCCIATO DAGLI EUROPEI" ... "L`IMMAGINE DELL`ITALIA SI È INDEBOLITA" ... Até à pagina 43. Segue contra EUA até p. 49. Depois de um artigo neutro da p. 53 à p.56 volta com uma entrevista a um político de esquerda ... Um dos semanários nacionais de maior tradição parece um panfleto contra Berlusconi: em 56 páginas só 5 são neutras, nenhuma favorável ao governo, sua política ou seus amigos.

Soube pelo noticiário de RAINEWS-24, (uma televisão do Estado "controlada por Berlusconi"), do dia 2003-08-01 às 7h o grande relevo dado pelo "Economist" a um duro ataque a Berlusconi: 28 perguntas do director em forma de acusa: "serve-se da política para os seus negócios e representa a parte pior da tradição de Itália". Passou uma meia hora e de novo o mesmo "... Muitos jornais italianos deram relevo ao que escreveu o Director do "Economist" ..."

Pensei que devem existir milhares de notícias positivas sobre Berlusconi mas para a televisão de Estado, ("controlada por Berlusconi"), só interessa o pior contra o "patrão". Pensei que a opinião pública tem as suas modas e o êxito do jornalismo comercial está em descobrir essas modas e dar ao público o que ele quer. Nunca se falou tanto do "Economist" em Itália como quando escreveu contra Berlusconi.

Mas eu comecei a duvidar: Será verdade que "Berlusconi serve-se da política para os seus negócios e representa a parte pior da tradição de Itália"? Eu estou convencido que o jornalismo comercial procura sempre as informações mais populares e em geral nas democracias é popular ser contra os vencedores, os poderosos, os governantes. Só nas ditaduras a opinião é quase 100% a favor do poder como acontecia na Rússia comunista, no nazismo e com Saddam. Estou convencido que Berlusconi representa mais o melhor do que o pior de Itália. Estou convencido que se a "Forza Itália" desceu 8% nos últimos tempos foi sobretudo porque se empenhou muito mais com a política do que com a propaganda eleitoral, ao contrário da oposição que parece não ter outro objectivo do que destruir Berlusconi: foram ao Parlamento Europeu negociar com os estrangeiros o ataque a Berlusconi em plena abertura da Presidência italiana, levantam problemas judiciários de quase 20 nos atrás, quando dezenas de candidatos às eleições regionais eram assassinados pela mafia, quando foram assassinados muitos juizes que lutaram contra a mafia e fizeram carreira os amigos dos mafiosos como o tristemente famoso juiz Carnevale ...

No TG1 das 13h.30 falou-se de novo do ataque do "Economist" mas deu-se a palavra a Berlusconi para dizer que os seus advogados se ocupariam do assunto. O mínimo que se poderia exigir de uma televisão pública: depois de dar voz às acusas de um jornalista estrangeiro contra um Presidente do Concílio, dar voz ao próprio ou ao seu porta-voz. Isso não aconteceu com os outros noticiários de RAI3. Caricaturas e muitas informações dizem que Berlusconi controla 90% das televisões de Itália. Berlusconi diz que 80% da informação é critica e oposta ao seu Governo. Talvez a verdade esteja a meio ou talvez o seu "controle" seja mais imparcial do que o controle da esquerda dos meios de informação.

No TG5, (uma televisão de Berlusconi), só se falou genericamente do ataque do "Economist" e da sua resposta: os seus advogados encarregar-se-iam de o defender. Apareceu Rutelli com fortes acusas contra Berlusconi. Isto prova como o poder de Berlusconi é exercitado: a televisão do Estado apresenta só as acusas estrangeiras contra Berlusconi sem ninguém em sua defesa e a sua televisão dá a palavra ao seu principal opositor político para o criticar.

Até a esquerda italiana reconhece que o TG5 é melhor e mais imparcial do muitos noticiários das televisões de Estado e tem mais popularidade do que outros feitos com 3 vezes mais meios. Isto revela como a televisão de Berlusconi é mais eficiente do que a televisão do Estado, muito mais controlada no passado pela esquerda do que actualmente pela direita.

JUSTIÇA E HONESTIDADE

Escândalos de exames favorecidos ou falsificados, diplomas comprados e vigarices de vário género para se chegar a doutor podem acontecer em quase todos os países mas não tenho conhecimento de nenhum onde sejam mais frequentes do que em Itália e especialmente em Direito, nos futuros profissionais da Justiça.

A honestidade devia ser a principal característica de certas profissões, nomeadamente todas as relacionadas com a justiça.

MARGINAIS, MÁRTIRES, HERÓIS E FALIDOS:

1-DE HERÓI ANTI-MAFIA A MARGINAL,

2-DE VIP A POBRE,

3-ENTRE A MAIS ALTA E BAIXA SOCIEDADE

1-DE HERÓI ANTI-MAFIA A MARGINAL

Para completar o ordenado fazia o infiltrado da mafia. Um dia descobriram e tentaram matá-lo disparando-lhe quando passeava com a namorada num dia chuvoso. Empurrou a namorada para dentro de um negócio e lançou-se debaixo de um carro. Como entrava de seguida no segundo emprego de infiltrado tinha consigo a pistola e matou os dois que o queriam matar. Para mi foi um herói. Para o sistema judicial italiano passou a ser um desgraçado, uma vítima do sistema e da criminalidade: em vez de ser protegido e premiado passou a ser alvo da criminalidade, perdeu a namorada, teve de fugir para outros países e fazer vários trabalhos desde soldado da paz em zonas perigosas a vendedor. Aos 40 anos sente-se cansado de lutar, desempregado, dormindo na rua, único "limpo", (sem manchas penais), do grupo. Para mi é mais herói do que o marginal delinquente que morreu no G8 de Génova quando atirava com o extintor ao polícia ferido.

2-DE VIP A POBRE,

Aos 17 anos passava férias na Grécia, como um dos poucos vips dos regimes comunistas, (Polónia), que se podia permitir férias num regime capitalista. Aos 20 anos andava de Mercedes na Polónia, um "status symbol" que poucos se podiam permitir. O pai tinha duas pequenas fábricas de pele e metal com 20 empregados, pagava às autoridades e fiscais para o deixarem trabalhar ou fecharem os olhos...

O pai morreu de enfarto aos 45 anos, a mãe morreu de desgosto, as fábricas fecharam e ele meteu-se num autocarro para trabalhar de qualquer forma em Itália. Mas o trabalho torna-se cada vez mais difícil sobretudo para quem não tem documentos em ordem.

3-ENTRE A MAIS ALTA E BAIXA SOCIEDADE

A irmã tem 3 hotéis de luxo, namora com a filha do dono de outro hotel de 3 estrelas mas ele dorme no jardim público. Não quer trabalhar. Passa o dia a beber, fumar, contar anedotas e conversar com os companheiros de "casa", (jardim público), de que parece o líder.

Estes 3 casos fazem-me pensar que todos estamos a um passo destas desgraças ou escolhas de vida. Recordo que nos regimes comunistas não vi gente a dormir na rua, poucos pedintes e alguns que comiam os restos dos restaurantes. Não sei se nos regimes comunistas havia menos misérias deste género ou eram metidas em prisões e manicómios.

Duas notícias destes dias tocaram-me o coração e a mente: uma mãe de 80 anos foi recolhida da estrada à porta de um dos 12 filhos: nenhum a quer ter em casa; Um jornal dedicava uma página inteira a Pierre Cardin, de filho de pobres emigrantes a milionário com muitas glórias e condecorações inclusive por vários acções humanitárias. Aparece numa fotografia com Fidel Castro, foi recebido pelo Papa, premiado na Rússia... Melhor que Robin Hood: ganha satisfazendo as necessidades dos ricos e dá aos pobres. Dá trabalho a 200.000 pessoas que sem a sua oportunidade poderiam estar piores.

Mas o mundo não estaria melhor se existisse uma mentalidade de prestigiar os que contribuem para um mundo melhor em vez de prestigiar os vencedores da sociedade de consumo? A moda é apresentada como uma forma de arte, imposta às massas pelos meios de informação para se consumir mais e deitar ao lixo muita coisa em bom estado mas que passou de moda. Estou convencido que se existisse uma mentalidade geral de desprezo pela moda e de apreço pela acção social muitos dos empregados na moda poderiam estar empregados a produzir bens indispensáveis para os pobres.

PSICOLOGIA DO CAPITALISMO, COMUNISMO, ANARQUISMO, EMPREZSAS PRIVADAS E PÚBLICAS.

O século passado mostrou a evolução do mundo capitalista superior à do comunista. As desigualdades premiando os mais competentes estimulam a eficiência.

O Teatro Nacional de Lisboa precisava de reduzir o pessoal e licenciou os que tinham mais de 65 anos e disse aos outros se queriam continuar ou terminar os contratos com determinada indemnização. Parece que só ficaram os mais incompetentes que não conseguiriam trabalho noutro lugar. No campo artístico a idade nem sempre conta. O mais famoso realizador de cinema no activo em Portugal conta 93 anos. Tanto se pagam somas astronómicas por coisas insignificantes como se deixam fugir grandes talentos no auge da eficiência porque não se paga o suficiente. Ao contrário da empresa privada que negoceia de acordo com a eficiência, as empresas públicas estabelecem esquemas rígidos e burocráticos desadaptados das situações concretas.

O anarquismo tradicional tanto critica a rigidez burocrática do comunismo como o liberalismo económico do capitalismo. Mas a desordem, criminalidade e lutas que sempre originou mostrou-se pior do que as piores ditaduras. Curioso como o adjectivo mais empregue para caracterizar o Afeganistão e Iraque depois das guerras foi o de "anarquia" como sinónimo de desordem, criminalidade, cada um faz o que quer ou pode... Nesse clima muitos recordaram que era melhor a ditadura anterior. Penso que um novo anarquismo pode permitir mudança e evolução aproveitando o melhor do comunismo e capitalismo sem os inconvenientes de certo anarquismo.

No dia 2003-08-07 às 7h.35 na RAI1 pediram ajuda a um voluntário para levar a passear o cão de uma senhora idosa. Se dissessem que há milhares de crianças a morrer de fome todos os dias, dessem imagens de voluntários e dessem um número verde para contribuir com a economia de alguns euros não seria melhor?

No canal 5, (privado de Berlusconi), fizeram várias campanhas de solidariedade em que com um simples telefonema se dava um euro em favor de uma causa. Imagino que estas acções, mostrando depois as obras feitas com o contributo dos telespectadores, é muito mais eficiente e satisfatório em termos de televisão do que aquele roubo de tempo a milhões de espectadores de toda Itália, (ou meio mundo se transmite por satélite), na esperança que um vizinho de casa esteja disponível para passear o cão.

Nestas pequenas coisas se nota a diferença entre eficiência da empresa privada e falta de eficiência da pública.

SENSIBILIDADES DA ESQUERDA E DIREITA

Num bairro que já tinha sido tranquilo, muitos pedem mais repressão da criminalidade e pressionam a polícia para ser mais dura. Um polícia matou um ladrão que estava a roubar um carro e nasceu a guerra entre dezenas de delinquentes ou seus simpatizantes e a polícia terminando com feridos das duas partes, 4 carros da polícia estragados das pedradas, vários presos e armas apreendidas.

Um político de direita comentou os acontecimentos começando por dizer que é preciso reforçar a polícia como vem defendendo há  muitos anos. Um político de esquerda começou por lamentar o morto....

Recordei a grande sensibilidade da esquerda italiana pelo delinquente morto no G8 de Génova, pela terrorista Sílvia Baraldini que não se sentia bem numa prisão americana, pelos assassinos condenados à morte nos EUA.

Quantas vítimas inocentes se salvariam se houvesse a mesma sensibilidade com as vítimas do terrorismo e criminalidade como com certos terroristas e criminosos?

Detesto muitos políticos de esquerda por serem mais sensíveis com a sorte dos criminosos do que com as suas vítimas. Parece-me ser uma característica dos políticos comunistas e de esquerda. Só recordo uma excepção: Antonio Di Pietro.

Será  impressão minha ou muitos políticos de esquerda são mais sensíveis à sorte dos criminosos do que das suas vítimas? E se é verdade porquê?

2003-07-23

ARTE, CULTURA, ...

GENIALIDADE OU LOUCURA?

CORRUPÇÃO OU INCOMPETÊNCIA?

MASSAS OU ELITES?

CAPITALISMO OU COMUNISMO?

À entrada da famosa "Bienal de Venezia", (uma exposição de arte e cultura de dois em dois anos do género da "Expo 98" de Lisboa), uns troncos pintados com uns farrapos pendurados tanto podem ser considerados arte como espanta pássaros de uma vinha ou campo de milho. (1).

Eu paguei os €10 e entrei com aquela opinião no subconsciente: "arte ou porcarias? Cultura ou obras que poderiam ser feitas por pessoas do manicómio? Estamos perante obras dos melhores artistas da actualidade ou dos que melhor corromperam os responsáveis ou irresponsáveis pelos apoios à cultura?

Em minha opinião a arte e a cultura deviam divertir enquanto educam para um mundo melhor, agradar enquanto estimulam a inteligência e criatividade para uma melhor adaptação ao presente e futuro. Mas precisamente nesta exposição encontrei uma criação de um português que me parece precisamente o oposto: um salão com as 4 paredes cobertas de normais tubos de lâmpadas acesas. Apesar do Sol ardente fora não era um forno dentro. Seria uma demonstração do poder de algum novo aparelho de ar condicionado? Que mensagem estaria por detrás daquilo? Porque consideram aquilo arte ou cultura? Serei demasiado estúpido para apreciar aquilo ou outros demasiado espertos para se divertirem com o nosso dinheiro? Eu paguei para esta exposição de várias maneiras: entrada, impostos para o Estado italiano e provavelmente impostos para o Estado português para apoiar aquela obra. Concordaria com esse apoio se dele resultasse utilidade pessoal e social. Mas em Itália há problemas de falta de energia com recentes falhas gerais de enormes danos para muita gente, para a indústria e toda a economia. Um titulo de primeira página do jornal "La Stampa", de 2003-07-23, tinha as palavras de um ministro pedindo para economizarem energia. Os serviços públicos de cidades como Roma estiveram fechados para economizar energia e evitar mais uma falha geral de energia. Morrem muitas pessoas todos os dias devido à contaminação atmosférica e a principal causa da poluição está na produção de energia. Estimular o desperdício de energia daquela maneira parece-me oposto à cultura que se devia promover. Não seria melhor promover certa arte de desconhecidos populares com mais criatividade na adaptação e decoração com reciclagem de produtos em vez de poluírem?

Numa recente entrevista a Manuel Oliveira publicada num jornal italiano declarava-se um escravo dos produtores pelo que lhe pediam para fazer, nomeadamente regista de teatro aos 95 anos. Os elogios à "teatralidade do seu cinema" deixaram-me perplexo: do que vi do seu cinema mais me parecem postais ilustrados a acompanhar a leitura de livros. Recordo ver na televisão uma cena de vários minutos com vultos humanos longínquos a dialogarem sem mudar plano nem se ver nenhum grande plano das expressões. Nunca compreendi porque monopoliza tantos subsídios, tem tanta crítica positiva e tantos prémios sem nunca ter feito nada de popular. É um dos mais flagrantes exemplos da distância entre massas e elites.

O município de Milão gastou 15 milhões de euros para "limpar" a cidade dos "graffits" que alguns consideram uma forma de arte moderna e alguns psicólogos consideram de grande utilidade para estimular a inteligência e criatividade. Não sei o critério que certas elites utilizam para considerar arte certas coisas que encontro em museus e exposições de arte. Mas sei que muitos "graffits" me são mais agradáveis à vista e me parecem mais "arte". O mesmo município gastou uma fortuna para uma "obra de arte" de uma praça: uma agulha gigante como homenagem à moda. Alguns "no-global" protestaram e parece-me que se mostraram mais inteligentes do que quando destruíram Génova no G8 ou Nápoles no Global Fórum de aplicação das novas tecnologias à função pública. A moda é um dos vícios da sociedade de consumo que contribui para o desperdício, poluição e exibição da desigualdade social. Parece-me que deve ser permitida com altos impostos de luxo a favor dos pobres mas nunca ser estimulada com "obras de arte", (?), pagas de forma exagerada pelos contribuintes.

Recordo um velho mau artista cubano que se apresentou num festival da Checoslováquia, pago pela cultura do Estado Cubano. Contou-me que tinha sido escolhido não por ser melhor de outros mas pelo seu bom comportamento político. Nos sistemas comunistas e nas democracias corruptas o esquema é idêntico: a arte e cultura em vez de serem um estímulo da criatividade para uma contínua adaptação às novas exigências sociais tornam-se um instrumento de mentalização à aceitação do sistema dominante que pode não ser o melhor.

Os teatros de crítica social como as revistas tradicionais de Lisboa deram lugar a teatros de mentalização a favor de quem tem na mão os subsídios à cultura. Como nos sistemas comunistas o dinheiro da cultura serve a premiar atitudes políticas e corromper a função da arte.

Num sistema capitalista liberal de concorrência sem intervenção do Estado a arte e cultura orientam-se mais para a satisfação da maioria em escalões dependente dos recursos: tv e rádio para quase todos, jornais, revistas, cinemas, teatros e espectáculos para a maioria média, certos festivais, congressos, espectáculos e exposições para elites.

Notas:

  1. Esses "troncos pintados com uns farrapos pendurados que tanto podem ser considerados arte como espanta pássaros de uma vinha ou campo de milho" são chamados: "Chiesa della Paura", (Igreja do mêdo) do artista de Berlim Christoph Schilingensiet. Querem significar a angústia do mundo moderno, a renovada religiosidade representada pela pureza das árvores ... Segundo a revista "Gente" de 2003-07-01, p. 82. Quantas pessoas adivinharão que o artista queria significar isso?

ARTE, CULTURA, MUSEUS, LIXO, RECORDAÇÔES, EMOÇÔES

Aquilo que para uns é arte, para outros é lixo. Aquilo que num momento histórico era divinizado, noutro foi queimado ou deitado ao lixo. Os talibãs destruíram estátuas antigas por considerá-las profanas. Quase todo o mundo protestou e um suíço propôs uma soma astronómica para a sua reconstrução.

Uma jovem foi condenada por fazer grafits nas paredes e ela defendeu-se que era arte. Pessoalmente gosto mais de alguns grafits do que de famosas "picassadas" dos museus, prefiro as suas cores ao cinzento de certos muros. A câmara de Milão gastou €15.000.000 com a limpeza dos "grafits" mas eu penso que seriam melhor empregar esse dinheiro na limpeza moral da cidade, numa arte educativa contra a corrupção e criminalidade.

Muitos grandes artistas morreram pobres porque no seu tempo as suas obras eram consideradas como lixo. A família de Fernando Pessoa envergonhava-se dele e só mais tarde foi reconhecido como um grande poeta, talvez o poeta português de mais prestígio internacional, pelo menos em Itália.

A arte, a cultura, as peças de museus estão muitas vezes associadas a emoções e recordações que convém recordar para que a história do passado sirva de lição para o futuro. E o que se passa a nível colectivo, passa-se de certa maneira a nível familiar ou individual: conservamos objectos que têm um significado ou guardam emoções e recordações par condicionar o futuro.

2003-07-16

FILOSOFIA, ARTE, COCA COLA E "NO-GLOBAL"

Um título do "Corriere Della Sera" 2003-07-14 diz: "LA FILOSOFIA: PRESIDENTE E BARBONE UNITI DELLA COCA COLA". "FILOSOFIA" é o título de um livro de Warhol onde elogia a grandeza da América por o consumidor mais rico beber a mesma "coca cola" do mais pobre.

Em Itália pode comer-se por €1 num McDonalds ou €100 num restaurante de luxo. Da Argentina recebi informações para um congresso com estes preços: "BIG MAC en MAC DONALD : U$S 1.50 Menú turístico en restaurant ( dos platos y postre, sin bebidas) U$S 7.50 Menú en restaurante de Puerto Madero (5 tenedores) sin bebidas:19 U$S".

Não se pode pretender o mesmo serviço a quem paga €1 de quem paga €100. Mas a grande contradição de certos "no-global" está em destruírem os símbolos americanos de igualdade entre ricos e pobres. Por um lado apregoam a justiça social e por outro querem que os contribuintes paguem para manter as diferenças entre uma melhor comida para ricos enquanto os pobres continuam sem o mínimo. O exemplo mais flagrante é o de Bové que pretende apoios à agricultura e produtos franceses a ponto de concorrerem em África com os africanos. A agricultura africana atrofia-se porque chegam produtos europeus subsidiados que fazem grande concorrência.

Os milhões que se manifestaram e continuam a manifestar contra a globalização, correm o risco de ser imortalizados como o "Velho do Restelo" que exprime a oposição aos Descobrimentos ou os que deitaram fogo aos tractores no início do século passado para protestarem contra a industrialização.

"Para a definição de uma alternativa é preciso saber discutir, saber ouvir, saber respeitar as diferenças, como partida para aprender", e sobretudo não ver só uma parte ... pior ainda se só a dos falidos ...

A grande diferença do capitalismo e comunismo está na filosofia da eficiência contraposta à filosofia da igualdade. O capitalismo mostrou ser mais eficiente com o seu estímulo das hierarquias, das desigualdades da competição. Os falidos dessa competição destruíram Génova e manifestaram-se em todas as reuniões dos potentes com slogans de "darwinistas de merda". Os problemas do capitalismo causam orgasmo ideológico aos falidos do sistema: "é culpa do capitalismo ... destruir o capitalismo ..."

Penso que a luta de classes deve dar lugar à colaboração de classes, os fanatismos políticos, culturais e religiosos devem dar lugar à tolerância e compreensão dos diferentes pontos de vista que facilitam a convivência global e intolerância dos que certamente a impedem.

Emília Cerqueira escreveu muito bem, (2003-07-13):
"A sobrevivência de grande parte da espécie humana dependerá da sua capacidade de auto-organização, entreajuda, solidariedade, apoio-mútuo, ... respeito pelos outros seres sensíveis..."

Sempre existiram pessoas com todos esses sentimentos positivos como existiram outras com os opostos, tanto nos sistemas capitalistas como comunistas. Em geral as pessoas são fruto da educação que recebem ou dos traumatismos do crescimento. O capitalismo dá prioridade à eficiência sobre a igualdade. A desigualdade mais típica do capitalismo estimula a fazer parte dos melhores para ter mais benefícios. A igualdade mais típica dos regimes comunistas estimula a burocracia e falta de eficiência muito típica dos regimes comunistas e das empresas públicas. Viu-se isso na queda da Rússia em relação aos EUA, na China que multiplicou por 5 a sua riqueza nos últimos 25 anos quando se abriu ao capitalismo. Muitas empresas públicas que davam enormes prejuízos passaram a dar lucros e a produzir mais serviços quando foram nacionalizadas.

Essas vantagens económicas talvez tenham custos humanos: a carreira profissional pode sacrificar a família e a educação ou criação saudável dos filhos. Mas também pode acontecer que quem faz carreira ganha mais meios económicos de manter a família sem que o outro cônjuge trabalhe, "babysiter" para os filhos, etc.

"MISS", "VELINE", MAFIA...

 O escândalo do ridículo de €1.280.000 do dinheiro da EU para um curso de 97 meninas bonitas aprenderem como devem aparecer na TV  deu muito escândalo em Itália por vários dias em jornais, rádios e vários programas da TV. Devia dar escândalo na Europa que paga, nos mais honestos contribuintes que se deviam indignar pela forma como é utilizado o seu dinheiro.

De Portugal recebi ofensas no fórum www.azine.org por levantar o problema que em minha opinião é só uma parte visível de um conjunto mais grave: 100 milhões de € da EU, portanto dos nossos impostos, vão para uma das regiões mais mafiosas de Itália onde no passado foram enterrados rios de dinheiro para a mafia e obras que nunca serviram.

ESCREVI 2003:

HACKERS, ÉTICA E JUSTIÇA: HACKERS BONS E MAUS, ÉTICA GLOBAL E JUSTIÇA SEM FRONTEIRAS.

OGM: INCERTEZA CIENTÍFICA, ESTUPIDEZ POLÍTICA E INJUSTIÇA SOCIAL

BOVÉ, G8, McDONALDS... PROIBICIONISMO DE UM FÓRUM "LIBERTÁRIO"

"JUSTA CHANTAGEM POR UMA JUSTA CAUSA" (ficção: 2003-01 diário: 2003-05 ) 

DIÁRIO DE LUTAS

"CIVILIDADE" À ITALIANA, CRIMINALIDADE E JUSTIÇA, ELITES E POPULARES FRENTE AO COMERCIANTE QUE MATOU O LADRÃO

"OS INTOCÁVEIS" DA "JUSTIÇA" TRADICIONAL E "JUIZES COM JUÍZO" PARA UM FUTURO MELHOR

2003-02:

 Estúpidos "no-global", mafia, criminalidade e corrupção ...

EU, PROFETA, ARTISTA, JORNALISTA, INTELECTUAL OU VELHO FALIDO ...

PACIFISMO E GUERRA

BICICLETAS E CARROS ECOLÓGICOS?

HUMOR E POLÍTICA

SENSIBILIDADE CANIL

PACIFISMO À ITALIANA

PACIFISMO CONTRA A MAIS ANTIGA DEMOCRACIA E A FAVOR DO DITADOR MAIS GUERREIRO DOS ÚLTIMOS TEMPOS

GUERRAS E BATALHAS PACIFISTAS, MORAIS, IDEOLÓGICAS E RELIGIOSAS

PAZ E FICÇÃO

LEIS, TEMPO, LUGAR, POLÍTICA E JUSTIÇA