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APRESENTAÇÃO DE a2000 (30-01-2000)

COMECEI O ANO 2000 MARCADO POR FRACASSOS DO ANO PASSADO, (A99), E DÚVIDAS SOBRE O MEU FUTURO E DO MEU JORNAL. POR VEZES SINTO-ME UM FALIDO E POR VEZES PENSO QUE SOU UM PROFETA DE UM MUNDO MELHOR. PENSO QUE TENHO NESTE MEU JORNAL AS IDEIAS BÁSICAS PARA UMA REVOLUÇÃO DA JUSTIÇA, DO JORNALISMO, DA POLÍTICA E DA SOCIEDADE .

O FRACASSO DA MINHA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA PARECE-ME HOJE UM SINTOMA DA SUPERFICIALIDADE E CORRUPÇÃO DO JORNALISMO: ALTIFALANTE DE MENTIRAS E MEIAS VERDADES QUE OS CLIENTES GOSTEM DE VER OUVIR E LER OU QUE OS CONTROLADORES DOS MEIOS DE INFORMAÇÃO TENHAM INTERESSE EM DIFUNDIR.

OS DIVERSOS ESCÂNDALOS POR QUASE TODA A EUROPA DE CORRUPÇÃO DE POLÍTICOS E PARTIDOS PARECEM PREVISTOS E PENSO QUE APRESENTEI MUITAS IDEIAS PARA OS EVITAR. MUITOS ESCÂNDALOS E A MAIORIA DAS DESGRAÇAS DOS NOTICIÁRIOS ITALIANOS SERIAM EVITADAS SE FOSSE LIDO E POSTO EM PRÁTICA O QUE EU ESCREVI NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS. AGORA DEIXAREI O QUE ESCREVO À DISPOSIÇÃO DA HUMANIDADE ESPERANDO QUE TENHAM ALGUM EFEITO NO FUTURO.

AGRADEÇO CRÍTICAS, SUGESTÕES E COLABORAÇÕES. PROPONHO A UNIÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA UM MUNDO MELHOR.

 

(TEXTOS POR CLASSIFICAR E CORRIGIR NA ORDEM EM QUE FORAM ESCRITOS A PARTIR  DO ANO 2000):

dp000106 = DIÁRIO PESSOAL, 2000, JANEIRO, 06.

REVOLUCIONÁRIO DOMESTICADO? DESCIDA À NORMALIDADE? OU ESCÂNDALO ADIADO?

    Ao longo do ano passado pensei muito a sério na hipótese de começar o milénio em greve de fome e recolhendo assinaturas num livro que teria na capa: ASSINATURAS PEDINDO AOS RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA QUE FAÇAM OUTRAS LEIS OU CAGUEM NAS LEIS MAS FAÇAM JUSTIÇA.

    No fim do milénio tive um bom contrato num simpático restaurante ... e acabei por me comportar muito normalmente, sobretudo em atenção a certas pessoas... Mas sinto que o escândalo foi adiado e a minha luta por justiça vai continuar...

    Recordo um jovem amigo dos meus tempos de estudante com o qual tive uma longa conversa sobre revolução política. Nessa altura era ele um fanático de esquerda com grandes ideais revolucionários. Hoje tem um bom emprego no Estado à direita. Falei-lhe dos ideais revolucionários e ele respondeu-me que em primeiro lugar estava a família.

    Eu hoje penso que sou um revolucionário pelas ideias que exponho neste meu jornal. Chego mesmo a acreditar que as minhas ideias acabarão por fazer uma revolução nos tradicionais sistemas policiais e judiciais, na política, no jornalismo e mesmo na Filosofia da sociedade. Ideias básicas:

    NOVA JUSTIÇA: JUÍZES COM JUÍZO, ADVOGADOS CONVERTIDOS DE GUERREIROS DA MAFIA EM COLABORADORES DE JUSTIÇA E BOM SENSO ACIMA DE QUALQUER LEI

    As injustiças e fantochadas dos tradicionais sistemas policiais e judiciais são cada vez maiores e tão evidentes que não percebo como os altos responsáveis não se sentem uns fantoches de uma fantochada a que chamam "Justiça". Ultimamente deu-se mais um passo para aumentar essa fantochada: os advogados fizeram greve e conseguiram a aprovação daquilo que eles chamam o "justo processo" e que eu considero mais uma burocracia para os maiores mafiosos e criminosos raramente serem condenados. Em resumo, chamam "justo processo" à passagem por 3 juizes independentes antes de serem julgados: um juiz faz investigações, outro com base nelas decide se irá a julgamento e um terceiro põe de parte as primeiras investigações e só dá valor ao que for confirmado em tribunal. Só quem não conhecer a realidade de Itália não vê a fantochada em que cai o sistema judicial. Recordo uma discussão na televisão em que uma personalidade disse que uma das piores desgraças que lhe poderia acontecer seria presenciar um crime mafioso e ser testemunha. Explicava como seria difícil decidir se diria a verdade em tribunal ou não: por um lado seria contra a sua maneira de ser temunhar falso, mas por outro lado teria medo das represálias contra ela e contra a família. De facto um dos "valores" mafiosos mais arraigados em Itália é a vingança contra quem testemunha contra a mafia. A um mataram 20 pessoas entre familiares e amigos para o castigarem por denunciar a mafia. Num processo foram assassinadas 8 testemunhas, algumas na própria noite antes de testemunharem. A família mais amiga que tinha em Itália chorou por ser testemunha de ameaças mafiosas que recebi do "GRANDE ADVOGADO", (cf.: LGA), disse-me em conversa telefónica que me tinha ameaçado de morte mas que não iria testemunhar isso em tribunal por amor da própria vida e da dos filhos. Acabou por cortar relações comigo com medo das vinganças mafiosas.

Neste clima actual em Itália é evidente que raramente as testemunhas dizem a verdade em tribunal. Até porque os grandes mafiosos mesmo depois de condenados continuam a gerir operações e ordenar mortes de dentro da prisão. Parece-me demasiado evidente que uma investigação policial ou judicial conduzida secretamente por pessoas honestas e competentes tem muito mais hipóteses de chegar à verdade no que nos teatros dos tribunais com testemunhas ensaiadas ou amedrontadas. 

    Alguns dos "boss" da mafia passam dezenas de anos a actuar secretamente, mas outros são bem conhecidos mesmo a nível nacional. E mesmo que toda a gente saiba o que são nenhum juiz os pode condenar porque dificilmente se podem encontrar provas e muito menos pessoas que vão ao tribunal testemunhar.

    A mafia é um grande negócio em Itália, talvez a maior fonte de riqueza dos advogados. É natural que sejam zelosos na defesa da sua fonte de riqueza. Na última década fizeram pelo menos duas greves que salvaram muitos mafiosos. Mas talvez    um dia o povo, sobretudo os mais honestos contribuintes, vejam com são uns escravos que trabalham para alimentar parasitas e seus defensores.  (Cf.: LB2AGI).

    Na Justiça tradicional em geral faz carreira o juiz com mais conhecimentos e que melhor sabe estar do lado do poder, seja ele económico, político ou mafioso. Numa NOVA JUSTIÇA, paralelamente com os tradicionais tribunais que para alguns casos ainda devem ser os melhores meios de fazer justiça, devem surgir tribunais de bom senso que resolvam imediatamente certos casos em que a Justiça tradicional se revela injusta e fantoche. Juízes com mais juízo, isto é, com melhor bom senso de justiça, mais honestos e eficientes, subirão na estrutura da NOVA JUSTIÇA e terão a primeira e última palavra. Para mi é evidente que muitos casos podem ser julgados melhor por um juiz com juízo, mesmo analfabeto, em poucos minutos, do que ao longo de anos nas estúpidas burocracias dos tradicionais sistemas.

    POLÍTICA: DOS AÇAMBARCADORES AOS MAIS HONESTOS E EFICIENTES

    Em Portugal chegou a Presidente da República o homem que enquanto presidente da Câmara de Lisboa encheu páginas inteiras de jornais a dizer que tinha composto uma rua. Açambarcou recursos naturais para se promover. Devo ter sido das poucas pessoas que se escandalizou. Tentei gritar ao escândalo mas cortaram-me a voz. Os meios de informação dependem da publicidade e não poderiam estar contra quem lhes pagou tanta publicidade.

    Vários escândalos de final de milénio revelaram rios de dinheiro canalizados para comprar carreiras políticas. As democracias não correrão o risco de levar ao poder os maiores açambarcadores e corruptos?

    JORNALISMO: DEONTOLOGIA E INTERESSES

   Coloquei centenas de páginas na Internet, o melhor de milhares que escrevi. Ofereci-as gratuitamente aos jornais.  Nem sequer foram consultadas. Paguei dez contos para me fazerem um mailing aos  meios de informação, propus uma conferência de imprensa mas não apareceu ninguém. Eu salientei que só se ofereciam ideias. Não duvido de que essas ideias eram mais importantes do que as que foram apresentadas num jantar oferecido aos jornalistas por um governador civil para dizer que que queria continuar na política e contava com os jornalistas. Aí estiveram muitos jornalistas e publicaram a sua foto com meia página de banalidades.

    Um político que em vez de usar o dinheiro dos contribuintes para jantares  no mais luxuoso hotel da cidade o usasse em actividades mais úteis aos contribuintes seria melhor político mas com menos possibilidades de se tornar conhecido e ser eleito.

    Estes jantares e as conferências de imprensa com oferta de luxuosos cocktails não serão uma forma sofisticada de corrupção da informação? Os meios de informação não estarão a ser muitas vezes marionetes de interesses que nem sempre são os interesses dos leitores e da população em geral? Ao fazerem publicidade a um político  que oferece jantares aos jornalistas não estarão a fazer concorrência desleal a outro que utiliza melhor os impostos dos contribuintes?

    Eu estou convencido que os meus textos, colocados gratuitamente à disposição da humanidade mas apenas consultados por meia dúzia de pessoas, teriam mais interesse do que muito do que se publica. Será falsa presunção da minha parte?

   

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DELÍRIO OU A REVOLUÇÃO DO MILÉNIO?

    A pequena notícia do arquivamento de 700.000 processos que estavam esquecidos e intocados em Roma desde 1989, (cf.: "Corriere della Sera", 07.01.2000, "Giustizia negata a 700 mil persone"),  vem juntar-se às toneladas de documentos arquivados e selados em Palermo no tempo de Andreotti para proteger mafia e políticos, ao ridículo de um julgamento em Portugal de um professor acusado de favorecer ou desfavorecer um aluno 14 anos antes com testemunhas a gaguejarem que não se recordavam de quase nada... Pensem recordar-se de uma única informação de 14 anos atrás que não tenha marcado de forma muito especial...? A isto vem juntar-se o caso de um amigo que depois de 26 anos a caminho dos tribunais do Norte ao Sul de Itália resolveu a questão entre advogados perdendo mas evitando de perder mais com a dita "Justiça".

    A guerra dos advogados italianos terminou com a aprovação do chamado "justo processo" que em minha opinião vai aumentar as fantochadas e injustiças da Justiça e deste dito "Estado de Direito" da "pátria do Direito", (Cf. LB2AGI). Os processos vão demorar muito mais, as provas só terão valor se apresentadas em tribunal ao terceiro juiz que se ocupa do processo, entretanto a mafia e advogados têm muito tempo para matar as testemunhas incómodas, domesticar outras e contratar o testemunho que convém à resolução do julgamento o mais favoravelmente possível à mafia. Passada a época de Antonio Di Pietro em que a coligação mafia-política esteve em perigo tudo parece encaminhar-se para a sua continuidade. Perdem os mais honestos contribuintes que com seus impostos devem alimentar essas estruturas burocratas e ineficientes, perdem as mais honestas vítimas dos menos honestos, da mafia e da criminalidade. Se um metro de auto-estrada custa em Itália o dobro da Alemanha apesar de a mão de obra ser mais barata, isto deve-se a essa coligação mafia-política que absorve muitas vezes os 60% do custo das obras públicas para alimentar corrupção e criminalidade.

    A NOVA JUSTIÇA que eu proponho vai no sentido oposto da evolução actual em Itália com o chamado "Ministro da Terrorista", (Cf.: AAAST), empenhado mais na transferência da sua terrorista de USA para Itália do que no combate à criminalidade. Ao contrário da Justiça tradicional em que tudo passa ao papel, muitas vezes nem é preciso escrever nada ou basta passar ao papel o nome e número de telefone ou endereço. Qualquer queixa pode ser apresentada pessoalmente, por telefone, carta ou e-mail. O juramento de dizer a verdade para os mais honestos cidadãos substitui as provas até indícios contrários. Quando duas pessoas dizem sob juramentos coisas contrárias o juiz deve continuar interrogatórios e fazer ou ordenar investigações para descobrir qual é o mais honesto e o que mais se aproxima da verdade. Há pessoas com especial intuição para descobrirem quem mente e quem diz a verdade. Essas pessoas, mesmo analfabetas, podem fazer melhor justiça do que os sábios Juízes nas estúpidas burocracias dos tradicionais tribunais. O pior dos julgamentos, imediato, feito por um analfabeto, sem testemunhas, numa NOVA JUSTIÇA tem grande probabilidade de ser melhor, mais justo ou menos injusto do que o julgamento com sábios Juízes, manipulados por sábios advogados, com falsas ou ensaiadas ou "domesticadas" testemunhas, 14 ou 26 anos mais tarde. O pior dos julgamentos feito por um analfabeto, em poucos minutos, sem escrever nada, limitando-se a ouvir as duas partes e a julgar tem grande probabilidade de ser melhor do que os 700.000 escritos e arquivados ou os milhões de casos de injustiças que nunca chegam a ser julgados.

Na Justiça tradicional os justos pagam pelos pecadores, as vítimas têm que pagar advogados e mesmo que ganhem as causas só em certos casos são indemnizadas. Numa NOVA JUSTIÇA tudo aquilo que existe por causa dos menos honestos deve tender a ser pago por eles com altas multas, as vítimas devem ser totalmente indemnizadas na medida do possível pelos causadores dos danos.      

   caag

CARTA ABERTA A ANTÓNIO GUTERRES, POLÍTICOS E ELEITORES

ASSUNTO: PARABÉNS E IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR

Itália, 07.01.2000.

    A "LOJA DO CIDADÃO" em Lisboa, embora pareça mais um simples edifício, economiza milhares de horas todos os dias a alguns dos mais honestos e eficientes portugueses. Digo mais honestos e eficientes porque só os marginais e os menos activos não precisam de recorrer aos serviços públicos. Critiquei quer publicamente, quer nos livros de reclamações, quer com cartas escritas o facto de os serviços públicos funcionarem tão mal que perdi 5 horas nas bichas para uma simples informação que numa sociedade evoluída pode ser dada em poucos segundos pelo telefone ou e-mail, por atravessar diversas vezes uma cidade porque para um simples pagamento se deve andar de uma ponta da cidade à oposta para comprar um impresso e um selo fiscal.

    A "LOJA DO CIDADÃO" permite fazer num dia em poucas horas aquilo que poucos anos atrás custaria dezenas de horas e vários meses, com muitas deslocações. Os benefícios sociais desta obra são incalculáveis. Por isso apresento publicamente os meus parabéns a António Guterres por ter pressionado a sua realização. Espero que isto sirva de estímulo para os políticos e partidos orientarem as suas energias para inventarem e concretizarem obras materiais ou estruturais que resultam em mais benefícios sociais com menos custos. Nessa linha apresento algumas sugestões:

    1. JUSTIÇA MAIS JUSTA E EFICIENTE. Para isso devem ser criados "tribunais de bom senso" ou dar aos polícias mais honestos e inteligentes a capacidade de julgarem imediatamente certos casos de injustiças que ao entrarem nas estúpidas burocracias dos tribunais tradicionais se transformam em maior castigo para as vítimas e impunidade para os culpados. (Cf.: ).

    2. INFORMAÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS VIA TELEFONE, CARTA E INTERNET. Até para pagar alguns impostos ainda se perdem várias horas e em certas regiões mesmo dias em deslocações para impressos, selos e entregas de papeladas com as respectivas longas esperas nas bichas. Tal como nasceu a "LOJA DO CIDADÃO" em Lisboa devem surgir outras pelo menos nas grandes cidades e proporcionar via Internet certos serviços públicos mesmo a pagamento que de outra forma custariam muito mais em deslocações. Os mais inteligentes e criativos poderão ocupar-se na investigação da adaptação das novas tecnologias aos serviços públicos. Os desempregados, em vez de receberem subsídios de desemprego sem fazerem nada, poderão ocupar-se naqueles serviços públicos em que se formam grandes bichas e roubam tempo aos produtivos.

    3. CAIXA DE IDEIAS E SUGESTÕES. Por vezes uma boa ideia pode ter grandes benefícios sociais. Por vezes uma sugestão ou alerta antecipada de um problema pode prevenir catástrofes sociais. Por isso eu sugiro a criação de um departamento público onde se recebam ideias e sugestões via telefone, carta, fax ou e-mail para serem seleccionadas e encaminhadas para quem as possa pôr em prática ou a quem possam servir. Isto poderá ser feito por voluntários com ideais sociais mas poderá também ser estimulado com prémios ou empregos para os melhores criativos e eficientes.

Os meios de informação, em vez de publicarem as fotografias e fazerem publicidade dos políticos corruptos que usam o dinheiro dos contribuintes para oferecerem jantares aos jornalistas, deveriam descobrir os humildes e eficientes políticos e as suas obras, desmascarar o mau uso do dinheiro público e sobretudo os casos de corrupção.

    Aos eleitores sugiro de estarem atentos ao que se faz e ao que se diz que se faz. Se um político em vez de compor duas ruas só compõe uma e gasta a outra metade do dinheiro a fazer publicidade à que fez ...

 

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AUTO CENSURA E DEONTOLOGIA NO JORNALISMO

    A última frase torna-me antipático perante a maioria dos portugueses que votaram no seu Presidente. A anterior torna-me antipático perante os jornalistas. De facto qualquer jornalista prefere ir a um luxuoso jantar oferecido por um político do que ir a uma conferência de imprensa em que um desconhecido anuncia que "só se oferecem ideias". De facto lá estiveram muitos jornalistas e nenhum se apresentou na minha conferência.

    Se quiser ter êxito tenho que elogiar mais as pessoas poderosas e criticar menos os populares. Com as minhas críticas estraguei possibilidades de trabalho em Portugal. Por mais que uma pessoa queira ser independente é difícil falar mal de quem nos convida para um luxuoso jantar. O político que com os impostos dos contribuintes oferece um luxuoso jantar aos jornalistas está a fazer uma concorrência desleal em confronto com outro que utiliza melhor o dinheiro público e por conseguinte teria mais mérito de publicidade e de votos. 

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FANTASIAS, CORAGEM OU LOUCURA...?

   Há dias que me sinto invadir por fantasias que não sei se são loucuras que ainda bem que permanecem só na minha cabeça ou se sou um cobarde que não tem a coragem de as pôr em prática. As injustiças de que fui vítima e o facto de o próprio tradicional sistema policial e judicial me impedir de lutar por Justiça canalizam a minha agressividade contra eles. Continuo com a ilusão de revolucionar esses tradicionais sistemas para os tornar menos injustos e mais úteis à sociedade.

    Segue um texto que me fez pensar ... e talvez faça pensar no futuro ... :

DS991021 (diário secreto, ano, mês, dia)

PARA UM DIA PENSAR E RECORDAR

Nos últimos 10 anos deu-se a minha decadência artística. As minhas tentativas de reacção terminaram em maiores quedas: apresentei-me a concursos depois de 15 prémios internacionais e só serviram para confirmar a minha queda.

Atribuo grande parte ao GA, ("GRANDE ADVOGADO"), mas dificilmente distingo onde começa a causa e termina a consequência.

Desse facto partiu uma luta por justiça com resultados desanimadores até ao presente: gastei dinheiro com a Justiça para nada, escrevi muito que só me deu despesas e trabalhos com poucos artigos publicados e todos gratuitos. A maior parte do meu tempo deste ano e o meu maior investimento foi para o meu jornal Internet "JIIMM". Tentei aproveitar o resto do meu prestígio como artista para o promover mas temo que já tenha provocado danos na minha defunta carreira artística. Pela Internet os meus textos estarão disponíveis gratuitamente a milhões de pessoas mas eu tenho que gastar uma fortuna para dizer que esses textos existem e uma maior para convencer as pessoas a consultá-los.

Consolo-me com a ideia de que estou a contribuir para um mundo melhor, para que outros não sofram com as injustiças o que eu sofri, para que haja menos parasitas a vier do trabalho dos outros. Mas ao gastar todas as minhas energias nesta luta por justiça corro o risco de não me restarem meios de sobrevivência e passar a ser também um parasita ou dar um tiro nos miolos ...

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CRIME SEM CASTIGO OU A FANTOCHADA DO "JUSTO PROCESSO"

        Tal como eu previ, (cf.: dp000106 e LB2AGI), com o chamado "justo processo" poucos dos maiores criminosos serão condenados. Uma albanesa de 26 anos apresentou-se à polícia cheia de nódoas negras acusando um albanês de quase a ter matado para a obrigar a prostituir-se para ele. Um ano depois ela não se apresenta ao julgamento, pode estar morta a mando do albanês ou desapareceu com medo e o albanês será absolvido plenamente segundo as normas do novo "justo processo". O público ministério Alfredo Robledo comenta: "È un caso da manuale. Le nuove norme rischiano di provocare danni incalcollabili soprattutto nei processi di criminalitá", (É um caso de manual. As novas normas riscam de provocar danos incalcoláveis sobretudo nos processos de criminalidade), cf.: "Corriere della Sera", 08.01.00, p.9.

    Numa NOVA JUSTIÇA os criminosos ou confessam toda a verdade ou será muito pior para eles: investigações e interrogatórios até saltar fora toda a verdade, castigos enormes para quem mentir, reeducação e reabilitação sob controle até à reabilitação e integração na sociedade. Totalmente ao contrário do que faz a Justiça tradicional pelo menos nalguns países: nem sequer castiga o arguido por mentir e dá-lhe o direito de não falar. Parece que os legisladores se empenham em decretar a fantochada do sistema. Na NOVA JUSTIÇA o acusado deve jurar dizer a verdade e multiplicar a condenação por cada mentira que diga. Os Juízes ou polícias com melhores aptidões para levarem os criminosos a confessarem a verdade subirão de posto e serão mais recompensados.       

   lb

MANDAMENTOS DA NOVA JUSTIÇA

    1. O perdão só pode existir depois do arrependimento e da indemnização das vítimas. Nem a morte concede perdão ou dá o direito de amnistia. O ladrão, vigarista ou criminoso nem com a morte será perdoado. Os herdeiros ou quem beneficiou com os seus crimes deve indemnizar as vítimas e a sociedade. As amnistias sem indemnização das vítimas poderão ser consideradas uma injustiça ou mesmo um crime social.

    2.  Os mais honestos cidadãos podem ser dispensados de apresentar provas e na discordância de afirmações poderá ser considerada a mais lógica, a mais convincente ou a palavra do mais honesto.

    3. As vítimas de injustiças ou que assim se consideram poderão sempre recorrer e continuar a pedir justiça desde que paguem os meios e não se transformem numa fonte de maiores injustiças ou corram esse risco.

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ILUMINADO, LOUCO, OU  FALIDO COMPENSADO COM SONHOS DE GRANDEZA?

    Ponho-me continuamente esta pergunta. Por um lado parece-me que basta um pouco de bom senso para ver que a Justiça actual é uma fantochada cada vez pior com leis de vigaristas, açambarcadores e poderosos, (mafiosos, económicos ou dos meios de informação), cumpridas ou não segundo o parecer de uns fantoches manietados por essas leis, manipulados por advogados ao serviço de poderosos, (mafiosos, económicos ou dos meios de informação), tudo montado numa estúpida máquina burocrática que só os poderosos fazem mover. As injustiças desta "Justiça" tradicional dos povos mais civilizados contribui para que os ricos sejam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

    O jornalismo parece-me muitas vezes a puta da democracia. Certos jornalistas e certo jornalismo faz-me lembrar as alternantes dos clubes nocturnos: mais o cliente paga bebidas mais deixam tocar e se paga  extras pode sair ou fazer amor no próprio local. As bebidas para as alternantes são como a publicidade dos políticos para com os jornalistas e a corrupção como os extras legais ou ilegais.

    Neste contexto surge a dita "democracia" ou governo do povo. Mas o povo menos crítico prefere votar num grande vigarista que sabe falar bem na televisão, do que num bom político que gagueja quando fala. Os jornalistas, não sendo putas da democracia, falariam pelo político gago, mostrariam a personalidade e o que fez o gago, mostrariam as vigarices do vigarista e o povo seria livre de votar no vigarista ou no bom político. Mas se os meios de informação pertencem a um político ou estão dependentes de uma democracia corrupta imaginemos qual a hipótese de um bom político em competição com um grande vigarista corrupto.

    Penso que estas e outras das minhas ideias poderiam contribuir para um mundo melhor passando sobretudo por uma melhor Justiça, melhor jornalismo e melhor política. Mas as minhas ideias nem dadas foram aceites em Portugal, (cf.: A99). Consolo-me com a ideia de que também Einstein no seu tempo só teve duas assinaturas no seu manifesto contra a guerra. Por razões psicológicas, económicas ou sociais em cada época se vivem valores e ideias que depois são consideradas estúpidas. O êxito do momento consiste em saber dar ao povo o que o povo quer. Hitler teve êxito em determinado momento por oferecer ao povo o que queria, talvez uma via de descarga da sua agressividade quer através do trabalho, quer através da guerra. Einstein opôs-se e foi desconsiderado, um falido. Eu considero-me um iluminado mas um falido do ponto de vista jornalístico. O êxito do jornalista está em ter as justas ideias  no momento justo. Eu penso que muitas vezes tive as ideias justas no momento falso: fui ecologista quando era moda ser comunista, fui para os países comunistas antes do seu desmoronamento e nos últimos dez anos tenho escrito muito sobre Justiça precisamente na direcção oposta à que se está a seguir em Itália com o seu chamado "justo processo". Como político ou faria uma revolução ou seria um falido. Como escritor hoje sou um falido. Amanhã ...?

 

ll (= Livros lidos ou lemos pelo leitor. )

"ESTETICA DEL ROTTAME" (CONSUMO DEL MITO E MITI DEL CONSUMO NELL`ARTE)    - AVE APPIANO,  MELTEMI ED., ROMA 1999.

    A arte talvez seja por um lado um reflexo da sociedade em cada momento histórico e por outro lado um motor da história: com as suas obras estimula a criatividade no sentido de adaptar as mentalidades, os objectos e mesmo o estilo de vida a uma certa convivencialidade. A arte de recuperação do lixo que se desenvolve por volta de 1960 torna-se popular no fim do século com animações de obras de arte feitas de lixo em telenovelas brasileiras, artistas italianos que decoram modelos com teclados dos computadores ou lhes cobrem os seios com CDs. Curiosamente vi um programa de televisão italiana com aquilo que eu pensara há muitos anos: em vez se fazerem trabalhos manuais nas escolas com coisas compradas muito se pode fazer com a reciclagem do lixo: um pacote de leite pode ser trabalhado e decorado para servir de cofre de objectos de escritório, com uns cartões pode fazer-se o cavalo de Tróia e com recortes podem fazer-se obras de arte e decorações.

    Van Gogh viveu na pobreza apesar do frenético trabalho de pintura. Muitos pobres da actualidade divertem-se a pintar muros e paredes. Os contribuintes de Milão, por ordem dos seus altos responsáveis gastam 30 biliões de liras para limpar esses muros. Eu prefiro ver essas pinturas nas paredes do que alguns caros quadros de museus. Os quadros de Van Gogh custam hoje fortunas enormes. Quem sabe se muitas dessas pinturas das paredes que Milão hoje limpa não valeriam fortunas amanhã?

  As pinturas nas paredes, os grafits não serão fruto de uma necessidade psicológica que vai ao encontro de carências sociais? Em vez de limpar e reprimir essas expressões culturais não seria mais salutar estimulá-las e educá-las?

 

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O LIVRO MAIS REVOLUCIONÁRIO DO MILÉNIO

    Iniciou-se o ano judiciário da REPÚBLICA DAS BANANAS  e os supremos fantoches dessa fantochada a que chamam "justiça" apareceram na televisão a gritar ao alarme da impunidade que tinha chegado aos 93%, superada apenas pela Itália que em alguns sectores no ano 1999 chegou aos 94%. Se considerarmos que na REPÚBLICA DAS BANANAS  quem fizer uma queixa na polícia passa a andar caminho da polícia durante 4 anos para nada e que os advogados não aceitam causas com valor inferior a 10 salários mínimos, e que mesmo a vitória num processo é quase sempre uma derrota pelas despesas causadas, chegamos à triste conclusão de que a justiça quando chega a funcionar é um caso raro entre milhares de injustiças impunidas. Depois queixam-se de que os crimes aumentam. O ZÉ JUSTO gritou-lhes: "FANTOCHES! FANTOCHES! FANTOCHES DESSA FANTOCHADA A QUE CHAMA JUSTIÇA!"

    Mas eles não ouviram. Continuaram nas suas pomposas vestes de actores da Idade Média tão antiquados como as leis que deviam fazer cumprir. Sentiu-se como um farrapo se ficasse indiferente a tanta injustiça e fantochada. Gritou-lhes mais uma vez: "FANTOCHES!" Mas eles continuavam indiferentes. Tinha que fazer qualquer coisa. Ligou-se à Internet e procurou: "EDITORAS". Depois mandou a todas o mesmo e-mail:

    EX. MO SENHOR

    Estou a escrever a obra mais revolucionária deste milénio. Começará por revolucionar as fantochadas das ditas "justiças" tradicionais, passará à revolução do jornalismo, da arte, da cultura e da política. Naturalmente tudo isto passará por uma revolução moral, social e religiosa.

    Procuro editor com ideais sociais que colabore nesta revolução.    

 

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   JUSTIÇA À ITALIANA: MARIONETES DA MAFIA

    Ao longo da História dos povos é frequente encontrar a "Justiça" como marionete do poder. Em Itália, sendo a mafia um poder enorme com o qual tem que contar qualquer actividade desde a económica à política e cultural, é natural que a mafia tenha aí um papel importante.

    Os advogados, ocupados em grande parte a defender os mafiosos donde provém um enorme fluxo de dinheiro, não poderiam fazer outra coisa do que defender os interesses dos seus doadores de trabalho. E assim foi: com greves e comunicados pressionaram o chamado "justo processo", que torna difícil condenar os maiores mafiosos e criminosos. Os processos passam por 3 Juízes independentes: da investigação preliminar, do direito a proceder e do julgamento em tribunal. Depois de todas essas filtragens só as provas apresentadas em tribunal têm valor. Só quem conhecer a mentalidade italiana e o medo de ir a tribunal testemunhar contra a mafia compreende como será difícil arrastar alguma testemunha ao tribunal e muito pior encontrar alguma testemunha que acuse os grandes criminosos e mafiosos em pleno tribunal perante os olhares de quem mesmo da prisão pode ordenar as mortes que quiser.

    Os crimes denunciados aumentam cerca de 20% ao ano mas os que não são denunciados devem aumentar muito mais. De facto a descrença do sistema policial e judicial já é grande e aumenta cada vez mais. A própria polícia aconselha a não denunciarem roubos de valor inferior a dois mil contos. A impunidade atingiu os 94% em alguns sectores. Não chegou a ser grande escândalo o facto de no ano 2000 terem descoberto e arquivado uns 700.000 processos esquecidos e intocados desde 1989 em Roma. Um alto responsável disse que de facto muitos processos ficam esquecidos, outros são perdidos mas que a sorte dos outros que seguem o seu percurso normal não é muito diferente porque raramente se resolvem em tempo oportuno. De facto a Corte Europeia condenou o Ministro da Justiça, (também chamado "Ministro da Terrorista), 40 vezes num ano. O cognome de "Ministro da Terrorista" resultou do seu empenho na transferência de uma terrorista italiana de uma prisão dos USA par uma prisão italiana, (cf.: JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: http://members.xoom.it/jiimm /aaast.htm ).

    Os adjectivos do procurador geral Antonio La Torre na abertura do ano judicial (2000) são duros mas já bem conhecidos: "umiliante, desolante, mortificante, avvilente", (cf.: "La Repubblica, 13.01.2000, p.8). Sem o dizer mostra como o sistema judicial se transformou numa fantochada, na maior aberração da chamada "Pátria do Direito".

  Entretanto o Presidente Ciampi consola as viúvas das vítimas da mafia...

 

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A MINHA PRESUNÇÃO E O MEU CARO "ADVOGADO DO DIABO"

Continuo com a presunção de que os meus escritos darão um grande contributo para um mundo melhor. Chego mesmo a pensar que constituirão as bases de uma revolução na Justiça, jornalismo, política e filosofia.

Um amigo disse-me que se não foi ninguém à minha conferência foi porque consultaram o meu jornal na Internet e leram coisas estúpidas como por exemplo que os "grafits" são mais obras de arte do que as pinturas de Van Gogh. Eu não sou crítico de arte e penso que na arte é tudo muito subjectivo e psicológico. Eu só disse que me agradam mais certos "grafits" do que certas ditas obras de arte de Van Gogh. Picasso, Botero e outros que se vêem nos museus.

Van Gogh viveu na miséria e as suas obras não tinham grande valor no seu tempo. Não me admira que certos "grafits" , feitos por miseráveis da actualidade, possam ser um dia considerados obras de arte mesmo superiores aos consagrados actualmente. O que muito me custa a admitir é o facto de o município de Milão gastar 30 biliões de liras para "limpar" os muros municipais dos "grafits". Em minha opinião faria muito melhor se desse um bilião de liras como prémio aos que fizessem melhores "grafits" e gastasse os outros 29 biliões de liras para uma limpeza moral da cidade: corrupção na política e nas empresas públicas, prevenção da delinquência juvenil, reabilitação de delinquentes, promoção de arte educativa, etc.

Talvez os "grafits" tenham a sua função social. Talvez seja uma nova forma de arte que vá ao encontro de necessidades psicológicas de uma certa comada social. Talvez a sua repressão ou "limpeza" contribua só para originar outras formas menos inofensivas de descarga de agressividade e outras formas de expressão cultural.

Lb...

A FANTOCHADA DA JUSTIÇA NA PÁTRIA DO DIREITO

Tal como previ, a guerra dos advogados pelo chamado "justo processo" deu o seu contributo para favorecer a mafia. E tal como eu previ, só os pequenos mafiosos ficam nas prisões. Os grandes, os piores, com as novas normas que exigem provas em tribunal, dificilmente acabam por ser condenados e cumprir as penas. Dezenas de mafiosos, 11 "killers" da mafia condenados à prisão perpétua em primeiro grau, um réu confesso de 59 homicídios, um boss dos principais da mafia, foram postos em liberdade por decorrer o tempo de recurso em apelo. Os responsáveis da Justiça parecem marionetes que precisam dos advogados, (guerreiros da mafia), a dizer-lhes o que devem fazer. O ministro da Justiça esteve demasiado ocupado com a transferência da sua querida terrorista da América para Itália. Entretanto a mafia continua a adaptar-se às novas exigências para manter a sua prosperidade, a criminalidade continua em aumento de cerca de 20% ao ano e o povo italiano começou a deixar de se sensibilizar com qualquer criminosa condenada à morte na USA.

É um fenómeno que me impressiona: muitos italianos sensibilizaram-se mais por uma terrorista que estava em más condições numa prisão americana do que por 700 pessoas raptadas e 80 assassinadas em poucos anos. Essas centenas de pessoas raptadas sofreram talvez mais, estiveram em piores condições do que a terrorista e eram inocentes. Apesar disso não sensibilizaram tanto a opinião pública italiana nem fizeram correr tanta tinta. Os contribuintes pagaram uma fortuna para que a sua terrorista passasse os últimos anos de condenação numa prisão italiana como se isso fosse muito importante. Quantas vidas de honestos italianos se salvariam se tudo o que se fez pela terrorista se fizesse contra a criminalidade e em defesa dos inocentes?

Recordo o ditado: "rouba um tostão e serás um ladrão. Rouba um milhão e serás um barão". Em Itália um fogoso napolitano foi condenado a mais anos de prisão por dar um beijo não desejado do que um assassino confesso de 59 pessoas. E casos idênticos são aos milhares só com o que aparece nos meios de informação. Mas muita coisa permanece oculta. Nestas condições, com o chamado "justo processo", como conseguirão trazer a tribunal testemunhas contra os maiores assassinos e criminosos? Sabendo-se que o réu confesso de 59 homicídios está em liberdade quem terá coragem de ir a tribunal como testemunha contra um assassino? Se um dos principais chefes da mafia entra em liberdade pouco depois de ser condenado à prisão perpétua só porque recorreu e entretanto não houve tempo de o julgarem novamente, quem terá coragem de testemunhar em casos idênticos?

 

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RECORDAÇÕES, EMOÇÕES, ...

Recordo um amigo que na reforma sofre de pensar que matou inocentes na guerra: "Eu estava cheio daqueles ideias de patriotismo e de defesa da pátria, tinha que matar para me defender ... uma vez estávamos cercados e só eu matei dez pretos ... e hoje penso que eram inocentes que estavam a defender o que era deles ..."

Recordo a notícia interior de um pequeno jornal de Portugal em que um indivíduo se queixava de estar há 8 anos na prisão por um assassino que não tinha cometido. De facto o jornal apresentava a fotocópia de uma carta com assinatura reconhecida de quem se dizia o autor do assassino e acrescentava que aquele senhor condenado era inocente e não entrava nada com o assassino. Tudo parecia evidente: um inocente continuaria na prisão por um erro judiciário que nem sequer imagino como era possível. Se o caso é verdadeiro como não sensibilizou a opinião pública? Porque não apareceu nas primeiras páginas dos principais jornais? Perante estes casos os responsáveis não se sentirão uns fantoches de uma fantochada a que chamam "Justiça"? Como será possível condenar um inocente e deixá-lo continuar durante anos na prisão quando o autor confessa que foi ele a matar em legítima defesa e o condenado nem sequer lá estava?

Os responsáveis por tantas injustiças não sentirão remorsos como o meu amigo que matou inocentes?

Pobres inocentes passam anos ou morrem nas prisões e os grandes criminosos entram em liberdade. Sinto remorsos de viver indiferente a estas injustiças. Mesmo que esteja sujeito a estragar a minha vida ... (e aqui o meu heroísmo vacila ... prefiro não ser um Che Guevara ... não estragar a minha vida nem a dos que me são queridos ... nem de inocentes como os que matou Che Guevara ... ), continuarei a chamar fantoches aos responsáveis por essas fantochadas a que chamam "justiça".

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CARTA ABERTA AO "SINDACO" (PRESIDENTEDA CÂMARA) DE PALERMO

ASSUNTO: PARABÉNS PELA LUTA CONTRA A CRIMINALIDADE

Ao ler no "Corriere della Sera", (17.01.2000, p.15), que "Il sindaco Orlando vuole insignare il giovane universitario della medaglia d`argento" por ter afrontado dois delinquentes menores que roubavam uma senhora, apresento-lhe os meus parabéns pela ideia.

Contra a tradicional "omerta" tão típica da Sicília devem surgir novos valores de coragem contra a criminalidade e delinquência. Esses valores serão estimulados pelo prémio a quem os pratica e pelo castigo a quem pratica o oposto. Numa sociedade em que a Justiça dá liberdade aos maiores criminosos porque com os seus "justos processos" não consegue levar a tribunal testemunhas contra os maiores mafiosos, o facto de um "sindaco" dar uma medalha a um estudante que arriscou a vida afrontando delinquentes é como uma luz nas trevas, um estímulo a novos heróis para uma Itália melhor.

Permita-me de lhe sugerir mesmo a criação de um prémio com o seu nome ou o nome desse jovem destinado a premiar todos os anos quem der melhores provas de heroísmo na luta contra a delinquência e criminalidade.

Permita-me de lhe sugerir o estímulo de novos valores, com prémios e a divulgação de exemplos heróicos para uma Itália melhor. Nessa linha dou o meu contributo divulgando e estimulando actos positivos e criticando os negativos através do meu jornal via Internet: Aceito textos e informações para :

CRAXI: ELOGIO FÚNEBRE, ENTERRO DE "MÃOS LIMPAS", DESCULPEM A INTERRUPÇÃO, A CORRUPÇÃO SEGUE DENTRO DE MOMENTOS

Após a morte de Craxi a frase mais repetida foi a da filha na hora da morte: "Meu pai não morreu: mataram-no". Subentende-se que o matou a Justiça que lhe deu duas condenações definitivas por crimes que todos os partidos políticos cometiam: corrupção e financiamento ilícito dos partidos. Uns dizem que foi um bode expiatório, outros dizem que usou mais dinheiro para enriquecimento próprio, talvez tenha ido longe de mais ... talvez tenha confessado o que todos faziam ocultamente. Políticos choram publicamente e confessam os remorsos de terem feito tantos esforços para importarem uma terrorista, (cf.: http://members.xoom.it/jiimm/AAAST), e deixarem morrer no exílio um grande político.

Craxi confessou publicamente e repetiu várias vez as ilegalidades do seu partido mas defendeu-se dizendo que todos faziam o mesmo e isso é hoje admitido por todos os partidos. Alguns acusam o Partido Comunista de dupla e pior corrupção: da "tangentopolis" e da Rússia. Craxi disse mesmo em tribunal e perante as câmaras de televisão que tinha conhecimento dessas ilegalidades desde quando usava calções, (desde criança), que toda a gente sabia e só não sabia quem não queria saber. Isto dito ao juiz que lhe fez a pergunta: desde quando tinha conhecimento do financiamento ilegal dos partidos, é como dizer que só os juízes não conhecem a ilegalidade da política italiana.

A reabilitação de Craxi é o enterro de "mãos limpas". A grande corrupção política e mafiosa que atingiu o seu auge com Andreotti e Craxi no poder, decresceu enquanto estes estiveram a ser julgados mas já voltaram à política muitos suspeitos e provavelmente a corrupção vai retomar os níveis altos tradicionais.

 

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JORNALISMO, JUSTIÇA, VERDADE, PSICOLOGIA E PODER

Em Itália vi num noticiário da televisão Mário Soares a dizer que sempre considerou Craxi inocente. Das informações publicadas em Itália parece-me evidente que Craxi não era inocente. Aliás ele próprio reconheceu as ilegalidades do seu partido como as de todos os outros. A questão que se põe é se será justo condenar um político corrupto num país em que a corrupção política está generalizada. Segundo alguns, ele aproveitou-se pessoalmente dessa corrupção, segundo outros apenas foi mais longe e exagerou. Eu penso que ele representa o extremo a que chegou a corrupção política e foi o que mais aproveitou ao menos politicamente dessa corrupção, assim como com Andreotti no poder se chegou ao ponto mais alto da colaboração entre Justiça, mafia e política.

A carreira política de Craxi dependeu em grande parte da grande amizade e colaboração com Berlusconi. "O político favorecia o empreendedor e este favorecia o político" – publicou-se em Itália. Sendo duas das pessoas mais inteligentes e talvez mesmo das mais honestas num mundo de corrupção generalizada, talvez daí tenham resultado vantagens para o povo italiano que compensaram as desvantagens. Com um Partido Comunista a receber rios de dinheiro da Rússia, com uma televisão de Estado a baloiçar entre poderes económicos e políticos, com um partido no poder patrocinado pela mafia, a posição de Craxi-Berlusconi constituiu um meio termo de um momento da política italiana.

Quando morrer Andreotti voltará a aflorar o tema das suas relações com a mafia, o Papa dará a sua benção, mas a justiça e a verdade dependerá sempre de alguns factores psicológicos e sobretudo do poder.

Vi políticos do seu tempo a chorarem de comoção na televisão lamentando-se de que Itália fez um enorme esforço político e gastou rios de dinheiro para importar uma terrorista de uma prisão americana para uma italiana e deixou morrer no exílio um grande político. Não sei se essas lágrimas eram remorsos de só um pagar por algo generalizado.

Os meios de informação, mais do que transmitirem a verdade, transmitem as informações e sobretudo as emoções que o público quer sentir. O povo italiano não quer sentir que foi governado por um chefe da mafia e um corrupto. Quando Andreotti foi absolvido das suas ligações à mafia o povo italiano exaltou de alívio e os meios de informação amplificaram os seus defensores e a condenação da Justiça. Agora os meios de informação italianos, sobretudo os de Berlusconi, defendem Craxi, acusam a Justiça, aproveitam tudo o que de bom se diga sobre Craxi para tranquilizarem as suas consciências. A opinião de Mário Soares, mesmo que seja mentira, cai muito bem neste clima psicológico.

Talvez haja verdades que muitos italianos não querem sentir mas que poderiam ser mais úteis do que agradáveis mentiras: Andreotti teve poder com votos da mafia. Antes de começar o seu julgamento judicial devia ter sido julgado politicamente por não combater a mafia, permitir a sua influência política e sobretudo aquelas fantochadas dos grandes processos contra bandas mafiosas que terminavam com o assassino das testemunhas e a liberdade dos principais mafiosos. Ou não foi culpa sua nem tinha poder de intervenção?

Uma coisa me parece certa: com Andreotti e Craxi a serem julgados a corrupção e poder da mafia decresceram. Mas os poderes da mafia e corrupção descobrem sempre novas maneiras de existirem uns parasitas a viver no luxo com o trabalho dos mais honestos. Muitos suspeitos voltaram à política, os advogados parece que foram mobilizados pela mafia para lutarem pelo chamado "justo processo" em que dificilmente condenarão os maiores criminosos. Dezenas dos maiores mafiosos e criminosos entraram em liberdade, (um era réu confesso de 59 homicídios), e centenas estão prestes a entrar em liberdade sem julgamento.

Antonio Di Pietro que foi a personalidade mais popular de Itália no auge da sua luta contra a corrupção, tornou-se um político de segundo plano, continuamente posto em ridículo nas televisões de Berlusconi. Um grande vigarista que dá lições de moral política nas televisões de Berlusconi e o ataca continuamente conseguiu mais votos para o Parlamento Europeu nalgumas regiões. Um grande vigarista que saiba falar bem e ao qual concedam um programa diário na televisão tem mais possibilidades de obter votos e fazer carreira política do que um honesto juiz sem grandes facilidades oratórias, célebre por ter lutado contra a corrupção. Se a política depende essencialmente da publicidade e a corrupção é o principal meio de obter dinheiro para pagar a publicidade, acabam por ter mais poder político os mais corruptos.

Para uma melhor democracia a publicidade sugestiva deveria dar lugar à publicidade informativa, ao bom que se fez e se propõe fazer, à denúncia da corrupção e do mau uso do dinheiro dos contribuintes e à investigação sobre a prioridade das necessidades e dos melhores meios de as satisfazer. Isto deveria ser continuado por meios de informação independentes. Mas os meios de informação independentes dificilmente têm meios de subsistência e de divulgação. Eu coloquei gratuitamente milhares de horas de trabalho à disposição da Humanidade via Internet com o meu "JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR": http://members.xoom.it/jiimm. Embora tenha gastado bastante tempo e dinheiro com a sua divulgação só tive 35 visitas em meio ano e a maioria foram consultas minhas. As pessoas em geral e os meios de informação em especial são bombardeados constantemente com mentiras publicitárias ou meias verdades com segundo interesse deixando pouco espaço para informações livres e independentes. É mais fácil que uma mentira de Mário Soares, agradável para a maioria dos italianos, especialmente para o detentor dos principais meios de informação, chegue a milhões do pessoas do que algumas verdades que poucos gostarão de ouvir...

Cajpe

CARTA ABERTA A JORNALISTAS, POLÍTICOS E ELEITORES.

ASSUNTO: DEIXEM OS MORTOS ENTERRAR OS SEUS MORTOS E SALVEM OS VIVOS

O enterro de Craxi e a cobertura jornalística que lhe foi dada em Itália levantou-me questões que me parecem fundamentais para um mundo melhor.

Após a morte de Craxi, uma grande parte da imprensa italiana, especialmente a que pertence ao seu grande amigo Berlusconi, orientou as suas antenas pelo mundo à procura de personalidades credíveis que ressuscitassem a memória do político condenado e enterrassem Antonio Di Pietro e os juizes das "mãos limpas" que o condenaram. Apanharam as imagens de Mário Soares a dizer que sempre pensou que estivesse inocente e essas imagens passaram nos telejornais italianos. Para os meios de informação interessados em ressuscitar a imagem do político condenado Mário Soares tornou-se um herói e uma pedra preciosa. "Corriere della Sera" entrevistou-o do Rio de Janeiro. A verdade é que nem o próprio Craxi negou as ilegalidades mas defendeu-se dizendo que todos faziam o mesmo. Outros afirmam que ele seria um ladrão mas ladrões maiores continuam a governar em Itália. A questão fundamental das democracias actuais e da italiana em especial está na dependência da publicidade e do controlo dos meios de informação e isto depender muitas vezes da corrupção. Corre-se o risco de que quem mais corrompe tenha mais poder político, económico e incluso amigos nos meios de informação que abafam certas verdades para realçarem outras menos verdades ou mesmo mentiras.

A frase mais salientada nos meios de informação de Itália foi a da filha: "Não morreu. Mataram-no". Admitindo que isso seja verdade pergunto a mi próprio quantos milhares de vidas de inocentes se salvariam se "matassem" da mesma forma mais cedo alguns políticos corruptos e mafiosos. Recordo que após a operação judicial das "mãos limpas", com Craxi e Andreotti sob processo judicial, a corrupção decresceu e as vítimas da mafia e criminalidade passaram para metade. Os que morreram com colapsos cardíacos ou que se suicidaram são uma insignificância quando comparados com as vítimas de uma política corrupta e mafiosa. Alguns jornais, embora admitindo a corrupção, fazem grandes elogios ao que se fez com corrupção, como se daí resultassem benefícios para todos: as obras faziam-se, custavam muito mais aos mais honestos contribuintes mas esse dinheiro ia para os partidos e para as mafias. Mas isso contribuía para que subissem na política os mais corruptos e com melhores ligações à criminalidade. As empresas públicas, em vez de serem geridas pelos mais honestos e eficientes, eram geridas pelos mais corruptos. Rios de dinheiro dos mais honestos contribuintes foram desperdiçados em corrupção ou canalizados para as lutas mafiosas. Quantas vítimas morreram em piores condições e mais inocentes do que Craxi?

Nenhuma revolução se fez sem vítimas, umas mais e outras menos inocentes. Um jornalismo independente e perspicaz, pode contribuir para uma evolução social que antecipe as revoluções. Um jornalismo dependente e de marionetes do poder pode anular as revoluções. A imprensa italiana dependente de Berluconi, (que continua com processos pendentes), tem todo o interesse em anular a grande revolução das "mãos limpas". Para isso pode pegar em futilidades que toquem o coração dos italianos e dar-lhes grande importância. O ex-presidente da Câmara de Milão, cunhado de Craxi, condenado e com processos pendentes, não recebeu o visto para ir ao enterro. Vários jornais deram ao assunto um espaço impressionante. Entretanto o ministro da Justiça, já conhecido com o cognome de "ministro da terrorista" pelo seu empenho na transferência de uma terrorista de uma prisão americana para uma italiana, mobilizou o seus meios para contornar as leis e a decisão dos juizes. Parece-me ridículo que um ministro se empenhe tanto com terroristas e condenados enquanto dezenas de mafiosos condenados em primeira instância à prisão perpétua entram em liberdade porque recorreram e entretanto expirou o tempo do julgamento seguinte. Só um era réu confesso de 59 homicídios. Outras centenas de mafiosos e grandes criminosos estão prestes a entrar em liberdade sem julgamento. Quantas mortes de inocentes se evitariam com uma Justiça mais eficiente? Mas apareceu nos meios de informação mais pelo seu empenho com a terrorista e com este condenado do que com a luta contra a criminalidade. O facto de um condenado não poder ir ao enterro de um símbolo da corrupção italiana parece ter mais importância do que a impunidade dos autores de dezenas de homicídios confirmados e centenas ou milhares por saber. As centenas de criminosos impunidos pela ineficiência do sistema judicial parecem ocupar menos o ministro da Justiça e os meios de informação do que as burocracias que impedem um ilustre condenado de ir ao enterro de um ilustríssimo símbolo de certa política e de certa cultura.

Parece-me curioso como certos jornalistas se empenharam tanto em descobrir os responsáveis por a RAI não transmitir em directo o funeral e os apontaram quase como criminosos. Se a corrupção funcionasse como nos tempos de Craxi e servisse o poder instalado era natural que transmitisse. Falta saber se os mais honestos contribuintes estariam de acordo em pagar as despesas enormes com a transmissão em directo do enterro de um símbolo internacional da corrupção italiana.

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Fui actuar a Viena. Passei quase 24 horas sem dormir. Tive a satisfação de ter tido muito êxito e de ter sido mais bem pago do que pedi. Este mundo é feito de pessoas boas e justas que reconhecem os méritos e actuam com justiça e outras que se armam em espertalhões e vivem do trabalho dos outros. É sobretudo nestas ocasiões de grandes sacrifícios que penso nos trabalhos que passei ao longo da minha vida para ganhar o que alguns parasitas me roubaram. O ga, (cf.:LGA), aparece sempre nestas ocasiões e desencadeia uma série de imagens e emoções que me perturbam. Qualquer crime contra estes criminosos parece-me um acto de heroísmo mais louvável do que os milhões de mortos na Rússia para se impor o comunismo. Mas as sociedades ditas civilizadas não vêm diferença entre heróis que lutam por um mundo melhor e criminosos que vivem do trabalho dos outros com a protecção do tradicional sistema policial e judicial. A Justiça tradicional nem faz nem deixa fazer justiça. Mas enquanto viver lutarei por uma NOVA JUSTIÇA que faça verdadeira justiça custe o que custar. Os menos honestos devem pagar as consequências dos seus actos. Só assim se constrói um mundo melhor.

Enviei vários "e-mails" com textos para vários jornais e o número de visitantes do meu jornal aumentou de 35 para 42. Penso que nenhum publicou nada. Só se publica o que mais pode interessar aos leitores, ou a alguém que pressiona a sua publicação e sobretudo se não corre risco de prejudicar poderosos. Os meus textos vão quase sempre contra a corrente. Por vezes tive a satisfação de ver a maioria a pensar como eu dez anos depois, (cf.: AAAST). A maioria do que eu escrevo vai contra certos poderes. Isso torna-se perigoso. Em Portugal, por uma simples piada dita na televisão, esta pagou 74 mil contos. O equivalente a vários andares ou uma luxuosa vivenda. Um ficou mais dois anos na prisão porque ao sentir-se injustamente condenado desabafou: "Já não há Justiça neste país". Aplicando estes critérios e outros semelhantes da tradicional Justiça eu posso ser condenado por ofensa ao bom nome da Justiça.

Eu estou convencido que escrevi um dos melhores comentários à morte de Craxi. Mas em Portugal poucos conhecem Craxi e os que o conhecem têm já a opinião formada como Mário Soares e a maioria dos seus simpatizantes. Uma falsa opinião dita por Mário Soares atinge milhões de pessoas. Eu posso ter a melhor e socialmente mais útil opinião para um mundo melhor, pago com o meu trabalho para colocá-la à disposição de todo o mundo, mas ninguém a lê, ou talvez só alguns daqueles a quem a mandei e talvez algum tenha exclamado: "este chato manda-me coisas que não me interessam..."

Pouco depois de eu ter enviado para agências noticiosas e jornais o texto "CRAXI: DEIXEM OS MORTOS ENTERRAR OS SEUS MORTOS E SALVEM OS VIVOS" vi num telejornal italiano a notícia de que uma banda de famosos raptores seria posta em liberdade por expirar o tempo de julgamento. Nos últimos anos foram raptadas em Itália cerca de mil pessoas, cerca de uma centena morreram, vários raptores foram apanhados e postos em liberdade por vários motivos, o mais ridículo porque faltou um selo fiscal num documento. E entretanto há um ministro da Justiça muito ocupado com a transferência de uma terrorista de uma prisão americana para uma italiana, muito preocupando porque um condenado não pode ir ao enterro de um condenado no exílio.

Dessas cerca de mil pessoas raptadas a grande maioria pagou resgates de fortunas enormes. Esse dinheiro, deixou de estimular a produção e o bem estar geral para aumentar a criminalidade, a insegurança e o descrédito das instituições. Não tenho a mínima dúvida de que se em vez desse "humanismo" e "legalidade" para com os raptores se usasse uma linha dura, oportuna e inteligente se evitaria a morte de dezenas de inocentes. Vários raptores foram apanhados, alguns cometeram outros raptos nos dias de licença prémio por bom comportamento, entregaram as vítimas aos cúmplices e voltaram à prisão. Não duvido de que um analfabeto com um mínimo de inteligência e honestidade superior à de muitos profissionais da Justiça italiana faria melhor justiça em 5 minutos do que estes tradicionais em 5 anos. Imaginemos como na NOVA JUSTIÇA até um juiz analfabeto faria melhor justiça em 5 minutos do que os sábios juizes da tradicional estupidez fazem em 5 anos: o juiz, (que até poderia ser analfabeto desde que tivesse honestidade e bom senso superior à do tristemente célebre juiz que no tempo de Andreotti subiu em pouco tempo a Presidente do Supremo Tribunal de Justiça), depois das investigações que comprovavam o envolvimento no rapto diria ao réu: "ou denuncias todos os cúmplices e colaboras com a Justiça ou morres na prisão, incomunicável com familiares, forçado a trabalhar ao menos tanto como os mais honestos cidadãos que te pagam a comida" . Gravava-se o que dissesse e passaria à detenção indeterminada, não como nas tradicionais prisões ou "escolas do crime", mas em centros de trabalho e reeducação. Daí só sairia se colaborasse e desse provas de estar recuperado. Todos os crimes graves, e mesmo alguns menos graves quando repetidos, devem ser imediatamente condenados por tempo indeterminado. As condições de um condenado nunca devem ser melhores do que as dos mais honestos cidadãos que com seu trabalho os alimentam. Pelo menos inicialmente devem ter condições piores do que as piores dos mais honestos cidadãos. Os que colaborassem e se mostrassem reeducados passariam a melhores condições até à liberdade condicional. Isto parece-me com grande probabilidade de ser melhor do que os tradicionais sistemas.

 

TANGENTOPOLIS, CRAXI, JORNALISMO, CORRUPÇÃO, MORAL E JUSTIÇA

No dia 25.01.2000, às 9 h., com a recordação ainda fresca da morte de Craxi, a RAI 3 tratou o tema de "tangentopolis" e de "Milão capital moral de Itália?". Faltou o grande convidado Antonio Di Pietro ficando em estúdio um advogado de "excelentes" da corrupção e criminalidade e Giulio Anselmo, actual director de "Espresso" e ex- director de "Panorama" e "Crriere della Sera".

A corrupção nos partidos sempre existiu e continua a existir talvez ainda em maior escala noutras cidades como Roma, Bolonha, Nápoles, Bari e Palermo. O escândalo só se deu em Milão por ser uma cidade mais orgulhosa da sua moralidade e por a corrupção ter chegado a limites insuportáveis com a prepotência de Craxi. A população colaborou e apoiou a magistratura permitindo assim uma revolução que não se deu noutras cidades piores.

Foi confirmada corrupção no valor de 150 biliões de liras mas muita ficou por confirmar. O custo das obras do metropolitano passou para metade depois que começou a "tangentopolis". Os homicídios e a criminalidade decresceram. Em 1994 metade dos milaneses consideravam a criminalidade e a insegurança o principal problema. Em 1997 só 10%.

Toda a gente sabia da corrupção. À pergunta a Giulio Anselmo porque não denunciaram antes este respondeu que os meios de informação sempre tiveram medo dos poderes. Craxi era todo poderoso a Milão.

O jornalismo e a Justiça poderiam ser os principais sustentáculos das democracias e da evolução moral da sociedade. Mas o jornalismo depende dos meios económicos e a Justiça depende dos poderes políticos. Quando os políticos são corruptos e mafiosos fazem leis que protegem ladrões, vigaristas e criminosos, ajudam a subir a presidentes do Supremo Tribunal os juizes que absolvem os grandes mafiosos, elegem para ministro da Justiça um servidor de terroristas e condenados, organizam tudo de maneira que os maiores criminosos possam sair das prisões sem sequer serem julgados. Cai-se assim num círculo vicioso em que os mais honestos acabam por ser vítimas do sistema: os jornalistas, polícias e juizes mais anti-mafia e corrupção foram assassinados. A "Tangentopolis" foi um momento heróico de um juiz e de uma cidade que o apoiou. Cidades piores não sofreram esse escândalo. A corrupção vai continuar em Milão e não foi interrompida noutras cidades.

O enterro de Craxi, em vez de ser o enterro de um símbolo da corrupção italiana, tornou-se o enterro de "mãos limpas", a ressurreição da corrupção italiana e a grande manifestação internacional de defesa da política corrupta.

Um jornalismo moral e independente poderia defender os interesses da maioria dos contribuintes e eleitores, desmascarando os corruptos, menos honestos e menos eficientes. Mas as democracias corruptas descobriram meios legais ou ilegais, morais ou imorais, de dominar, orientar e controlar os meios de informação. Um jornalista que desmascare certos poderes pode ser assassinado sem se descobrir quem foi como aconteceu no tempo de Andreotti, pode passar a vida a caminho dos tribunais ou não encontrar emprego. Pelo contrário, um grande vigarista que está do lado de um poderoso na economia, na política e nos meios de informação recebe um programa de televisão para defender as teorias do seu chefe e atacar os inimigos. A sua foto aparece nos jornais para salientar as suas palavras: "Craxi terá sido um ladrão como apurou a Magistratura mas maiores ladrões foram os que lhe roubaram a pátria, o posto, a vida ..." Por outras palavras responsabiliza Antonio Di Pietro e os juizes de "mãos limpas" e da "tangentopolis" pela sua morte e por todos os males que lhe vieram. Isto soa bem num funeral perante uma opinião pública favorável manobrada pelo imprensa do seu amigo Berlusconi. Mas fica por dizer outra verdade: quantas vidas, quantas desgraças e quantos foram roubados para favorecer alguns? As obras públicas custavam o dobro para alimentar corrupção e mafias. Todos os mais honestos contribuintes eram roubados em cerca de metade dos seus impostos que em vez de reverterem em benefícios gerais revertiam em benefícios de alguns.

Noutros países os métodos podem ser diferentes e legais mas de moralidade e utilidade pública duvidosa: Quando Sampaio era presidente da Câmara de Lisboa apareceram páginas inteiras nos jornais a fazer publicidade a uma rua que mandou compor. Se mandasse compor duas com o que se gastou em publicidade seria mais útil aos contribuintes, mas teria menores possibilidades de chegar a Presidente. Os jornais dependem da publicidade e não podem dizer mal de quem lhes dá o sustento. A política e as empresas manobram os meios de informação ao serviço de alguns mas que pode não ser o serviço da maioria. Eu continuo convencido que a divulgação do meu jornal, ("JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR": http://members.xoom.it/jiimm ), seria um grande contributo para uma reflexão e divulgação de ideias mais importantes do que muito do que se publica. Mas actualmente a pressão de diversos interesses sobre os meios de informação condiciona mesmo psicologicamente o que se divulga e por ele as maneiras de pensar. Escrevi aos órgãos de informação e dei uma conferência de imprensa par divulgar o fruto de muito trabalho que ofereço gratuitamente via Internet. Poderá dizer-se que não o divulgaram porque não presta ou não tem interesse. Mas na realidade nem o consultaram como pude ver pelo número de visitas. Não apareceu ninguém à minha conferência de imprensa. Mas muitos jornalistas das televisões, rádios e jornais estiveram num jantar oferecido aos jornalistas por um governador civil para dizer banalidades e exaltar o bom convívio com os meios de informação. A sua foto e as suas banalidades foram publicadas em meia página de um jornal. Tudo parece muito normal. Mas no fundo parece-me uma sofisticada corrupção muito imoral. Com o dinheiro dos contribuintes corrompe os meios de informação para lhe darem publicidade e fazerem promoção política. Imaginemos que este político está em concorrência com outro que utiliza melhor o seu tempo e o dinheiro dos contribuintes em melhoramentos em vez de auto-promoção. Não estarão os contribuintes a pagarem para serem enganados? Não estarão os meios de informação a favorecer os mais corruptos em vez de favorecer os mais competentes?

Teoricamente as democracias seriam o governo dos melhores representantes do povo. As leis seriam feitas segundo os representantes da vontade popular . A Justiça e a polícia velariam pelo respeito da vontade popular. Mas tudo o que é feito por seres humanos está sujeito a deturpações do bom funcionamento. Se os meios de informação, metade porque está nas mãos de Berlusconi, metade porque está dependente de poderes corruptos, tem interesse em fazer de Craxi um herói e de Antonio Di Pietro um criminoso, é natural que os mais normais consumidores dos meios de informação comecem a pensar que isso é verdade.

 

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IDEIAS E EMOÇÕES

Oliviero Toscani é o mais famoso fotógrafo de Itália pelas suas fotos "escandalosas" ao serviço da publicidade da Benetton. Cada uma das suas campanhas representa um fenómeno social importante de cada momento histórico. Considero-o um verdadeiro artista e para mim o verdadeiro artista é o que melhor capta as ideias e emoções do subconsciente colectivo, sobretudo as mais recalcadas e as exprime de forma artística, agradável, desagradável, chocante, emocional, cheia de sensibilidade. O primeiro escândalo parece-me que foi o beijo boca a boca entre um padre e uma freira, depois os albaneses que fugiam do "paraíso" comunista para chegarem a Itália sobrecarregando velhas embarcações que muitas vezes se afundaram, HIV, etc. A última campanha anunciada, ( RAI3 a 27.01.2000, 8h.), fotografa os condenados à morte dos "corredores da morte" das prisões americanas. À crítica de imoralidade por usar misérias humanas para vender roupas de luxo responde que imoral é a barbaridade medieval dos condenados à morte. Mas não permitirá mais barbaridades medievais o sistema judicial italiano que permite a liberdade e impunidade de grandes criminosos? É evidente que um sistema judicial eficiente que matasse algumas dezenas de criminosos salvaria a vida a milhares de inocentes. É evidente que o sofrimento das vítimas da criminalidade em Itália é muito superior aos dos condenados na América. Mas Olivero Toscani, o ministro da Justiça e muitos jornalistas e personalidades típicas de Itália sensibilizam-se mais com o sofrimento de uma sua terrorista numa prisão americana do que com as vítimas da sua própria criminalidade.

A pena de morte, como se processa actualmente na América, parece-me repugnante por condenar inocentes, (6% dos condenados à morte resultaram inocentes), e por não dar possibilidades de conversão e reparação dos males causados. Quase toda a gente da Europa dita civilizada é contrária à pena de morte e ao terrorismo. Se eu hoje defender a pena de morte serei mal visto pela maioria das pessoas da Europa. Mas poucos condenarão Herman por dizer que lamenta que Hitler não tenha morrido num dos atentados que lhe fizeram. De facto a morte de Hitler poderia ter salvado milhões de inocentes. Como hoje a morte de alguns criminosos salvaria a vida de milhares de inocentes. Nestes dias foram postos em liberdade sem castigo dezenas de criminosos, alguns com condenações á prisão perpétua, um réu confesso de 59 homicídios. Umas centenas de criminosos estão prestes a sair das prisões após condenações em primeiro grau. Os seus advogados recorreram, fizeram umas greves para enterter as burocracias judiciais e espirar o tempo de um segundo julgamento pelo que devem ser postos em liberdade. O sistema judicial condena à prisão um velho que dá um beijo numa jovem e dá liberdade a assassinos. Isto deve conduzir a "barbaridades medievais" piores do que a pena de morte na América.

Sou pela pena de morte sempre que a morte de um criminoso salve a vida de inocentes. Mas a pena de morte deve ser sempre condicional, isto é, após uma condenação á morte deve dar-se a possibilidade de conversão, comutação da pena em prisão perpétua ou mesmo liberdade após verdadeira conversão e reparação dos danos.

Ljjp

JORNALISMO: PRIMEIRA PÁGINA E MUNDO MELHOR

Um prestigiado jornal como "The Times" deu em entrevista de primeira página a palavra aos filhos de Craxi para justificarem a corrupção do pai: crescimento do partido, obras, avanços para a União Europeia... É natural que não digam quais os custos e as consequências sociais do que se fez e ficou por fazer: as obras do metropolitano de Milão passaram a custar metade quando alguns corruptos políticos que davam dinheiro ao partido de Craxi foram presos. Quer dizer que sem corrupção poderiam fazer-se o dobro das obras públicas ou as mesmas por metade do preço. A corrupção cria e alimenta corrupção: as empresas públicas em vez de serem geridas pelos mais honestos e eficientes políticos eram geridas pelos mais corruptos que davam mais ao partido. Assim se criou uma "ferrovia do Estado" e transportes públicos que eram poços de dinheiros públicos, uns correios que deviam ser dos piores do mundo e muitas outras empresas públicas sempre cheias de escândalos.

As notícias de primeira página têm grande influência no comportamento humano. O facto de um jornal dar a palavra aos filhos de Craxi para justificarem o pai e outros corruptos a serem indagados pela Justiça pode ser sintomático de uma opinião pública que deseja justificar a corrupção. Essa primeira página foi reproduzida com resumo e sem comentários negativos pelo "Corriere della Sera", (27.01.2000, p.4), o mesmo jornal que entrevistou Mário Soares depois de este aparecer nos telejornais de Itália a dizer que sempre considerara Craxi inocente. Eu estou convencido que Craxi não era inocente, que a corrupção é dos piores males de Itália e de muitas democracias. Penso que um jornalismo que faz apologia de mentiras ou de meias verdades poderá vender mais por ir ao encontro dos desejos de certas classes sociais mas não contribui para um mundo melhor.

 

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LOUCO PRESUNÇOSO OU PROFETA DE UM MUNDO MELHOR?

    Sempre que leio ou trato das injustiças de que fui vítima e que não posso obter justiça parece que toco numa ferida psíquica cuja dor me absorve todo o meu ser e me impede de me adaptar à realidade. Todas as minhas faculdades parecem bloqueadas no meu campo profissional e orientadas para lutar por justiça como se isso fosse uma missão social mais importante do que a de Che Guevara, Lenin, etc. Parece-me ver claramente como os sistemas tradicionais são estúpidos e como um mínimo de inteligência poderia melhorar o mundo. Convido os mais honestos e inteligentes responsáveis pelos meios de informação a lerem os meus textos e a pensarem se não tenho razão e se os meus textos não devem ser divulgados. Convido os mais honestos e inteligentes políticos, e responsáveis pela polícia e pela Justiça a lerem os meus textos e pensarem se não podem fazer alguma coisa contra as injustiças, fantochadas e estupidez do sistema em que estão inseridos. Sugiro alguns mais polémicos:

LB1BR= A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, O TRABALHO INÚTIL E ANTI-SOCIAL DA POLÍCIA, ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DOS SISTEMAS POLICIAL E JUDICIAL. (cf. continuação do caso 5 anos depois: A99 )

LB1IG=A INTELIGÊNCIA DAS GALINHAS E A ESTUPIDEZ NOS SISTEMAS POLICIAIS E JUDICIAIS TRADICIONAIS.

LB1JIR = JUSTIÇA À ITALIANA: ROUBA E PAGA 10%

LB1JJ= JUIZ COM JUÍZO PRECIZA-SE : DOIS ANOS, SETE ARTIGOS E MUITA BUROCRACIA, INEFICIÊNCIA E ESTUPIDEZ NO SISTEMA POLICIAL E JUDICIAL.

LB1LB= AS LEIS E O BOM SENSO DE JUSTIÇA.

LB1MI = MESQUINHEZ E INJUSTIÇA NUM PROCESSO PERFEITO.

lB1MP =  O MILIONÁRIO NA PRIZÃO E OS LADRÕES VIGARISTAS E CRIMINOSOS.

LB1NL= A NOVA LEI DOS CHEQUES, AS FANTOCHADAS DA JUSTIÇA, O TEATRO DO TRIBUNAL E O SUPREMO TRIBUNAL DA INJUSTIÇA

LB1TT= O TEATRO DO TRIBUNAL.

LB1EV= A ESPERTEZA DOS VIGARISTAS E A ESTUPIDEZ DAS LEIS E DO SISTEMA POLICIAL E JUDICIAL TRADICIONAIS.

LB2CO= COMO OBTER MAIS BENEFÍCIOOS SOCIAIS COM MENOS IMPOSTOS.

LB2EA= EFICIÊNCIA AMERRICANA E HEROISMO, OU INJUSTIÇA, OU ESTUPIDEZ À ITALIANA.

LB2NF = NOVA FILOSOFIA, NOVOS VALORES, PARA UMA NOVA JUSTIÇA PARA UM MUNDO MELHOR.

LB2PO=PRISÕES: DO ÓCIO AO TRABALHO, FORMAÇÃO E ACÇÃO SOCIAL.

LB2PR= PRISÕES, REINSERÇÃO SOCIAL E A INJUSTIÇA DAS LEIS IGUAIS PARA TODOS.

LB2TN= TODOS NASCEMOS DIFERENTES EM PEZO, MEDIDAS, DOTES FÍSICOS E MENTAIS, DIREITOS E CONDIÇÕES.

LB3GA= O "GRANDE ADVOGADO", AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, AS FANTOCHADAS NO TRADICIONAL SISTEMA JUDICIAL E COMO UM ANALFABETO PODERIA JULGAR MELHOR OU MENOS MAL EM 10 MINUTOS DO QUE TANTA SABEDORIA EM DEZ ANOS.

j = JIIMM: AGRADECIMENTOS PELA DIVULGAÇÃO E COMENTÁRIOS.

AA= ABREVIATURAS E ÍNDICE GERAL.